A Liga dos Direitos Humanos exige a libertação de Jossias Matsena por a considerar “ilegal e atentar contra o estado de direito”
Maputo
(Canalmoz) - Os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE)
acabam de deter, mais uma vez, o porta-voz do Fórum dos Desmobilizados
de Guerra, Jossias Matsena. De seguida transportaram-no para o distrito
de Panda, na província de Inhambane, onde o mantêm encarcerado. A
informação é avançada pela Liga dos Direitos Humanos (LDH) em comunicado
de Imprensa.
A
Liga dos Direitos Humanos de Moçambique, liderada pela activista Alice
Mabota exige a libertação de Jossias Matsena, por considerar a sua
detenção “ilegal e atentar contra o estado de direito”.
Tal
como é do domínio público, não é pela primeira vez que Jossias Matsena é
detido em circunstâncias estranhas. No ano passado, o porta-voz dos
desmobilizados foi detido pelos SISE nas imediações da Embaixada dos
Estados Unidos da América, em Maputo, alegando que ele levava consigo um
documento que “incitava à desobediência”. Depois de muitas críticas da
opinião pública, sobretudo pela justificação evocada, o SISE viria a
colocar Matsena em liberdade.
No
dia 20 de Janeiro do corrente ano, o porta-voz do Fórum dos
Desmobilizados de guerra viria a ser novamente detido em Inhambane após a
sua organização ter anunciado manifestações na cidade de Maputo. Para
deter Matsena, a Polícia alegou um suposto mandado de captura emitido
pela Polícia de Investigação Criminal do distrito de Panda, em
Inhambane.
Restituído
à liberdade pelas autoridades da província de Inhambane, Jossias
Matsena veio a Maputo para as manifestações do Fórum foi detido mas logo
posto em liberdade.
Volta agora a ser vítima de mais uma detenção pelos agentes do SISE e encaminhado para Panda, na província de Inhambane.
A
activa Liga dos Direitos Humanos, em comunicado avança que o SISE não
permitiu que Matsena entrasse em contacto com parentes nem com os seus
advogados e classifica o método com “clara violação dos seus direitos
fundamentais”.
A
Liga exige a libertação imediata de Jossias Matsena por a sua detenção
estar “eivada de ilegalidades e constituir um atentado ao estado de
direito democrático”. (Redacção)
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