A mão do Banco de Moçambique no mercado fez avançar o metical face ao dólar, euro e rand.
Deixou também cair a inflação, que bateu recorde em 2010. Mas a crise não acabou. O Conselho Consultivo do banco-mãe, que termina hoje, deverá definir o plano de ataque às dificuldades de mercado.
Em 2010, os preços seguiram uma trajectória de semáforos verdes, atingindo níveis que há muito o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) não registava. A inflação bateu 16,6%, acompanhada de uma depreciação do metical próxima de 19%. Era a maior subida de preços entre os 14 países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral - SADC.
O Banco de Moçambique, juntamente com o governo, viu-se pressionado a lançar a mão ao mercado, introduzindo medidas que reduzissem a corrosão do bolso dos consumidores. As taxas directoras, com efeitos nos juros de mercado, foram mexidas quatros vezes, para permitir que o mercado tivesse capacidade de compra e, por conseguinte, os preços caíssem. A intervenção das autoridades travou o aumento de preços, criou poupança e acalmou as populações. Esta quarta-feira, no discurso de abertura do XXXVI Conselho Consultivo do Banco de Moçambique, Ernesto Gove reivindicou ganhos e não poderia ser mais directo: “os resultados macroeconómicos de 2011 conferem credibilidade às medidas que o conjunto das autoridades adoptaram”. Os números, na verdade, dão razão ao governador: a inflação medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor da cidade de Maputo assumiu, desde Janeiro de 2011, uma tendência para a desaceleração, fixando-se em 5,46% no fecho de 2011. (OPaís)
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