Maputo, 04 Jan (AIM) – Cidadãos residentes na cidade de Maputo denunciaram hoje casos de cobranças de subornos aos pais e encarregados de educação para conseguirem matricular as suas crianças nas escolas locais.
Em Moçambique, os alunos do ensino primário básico estão isentos ao pagamento de matrículas, mas os cidadãos são obrigados a pagar subornos para conseguir inscrever os seus filhos, violando o princípio de “ensino gratuito” neste nível de ensino.Pelo menos dois ouvintes denunciaram hoje casos de cobranças ilegais no espaço Café da Manhã do Jornal da Manhã, um dos programas informativos da Rádio Moçambique, emissora pública nacional.
“Para ter acesso só a entrada da escola é preciso pagar 200 meticais ao guarda. Isso está a acontecer e ainda hoje poderá verificar isso na Escola Primária Completa Estrela do Oriente (arredores na cidade de Maputo)”, disse um denunciante, falando na condição de anonimato, que lamenta a falta de atenção a estes problemas, apesar das reclamações dos cidadãos.
Um outro cidadão, identificado apenas pelo único nome de Armando, disse que situações similares acontecem na Escola Primária do Romão, onde para alguém fazer a matricula é obrigado a pagar uma série de subornos, começando pelo guarda da instituição.
“Antes de ontem (véspera do arranque das matriculas) havia milhares de pessoas a concorrer para apenas 150 a 200 vagas. Para você entrar no recinto da escola é preciso subornar o guarda, o professor, este e aquele fulano e esse problema é do conhecimento da Direcção da escola”, disse Armando.
O processo de matrículas iniciou Terça-feira última em todo o país, mas algumas escolas primárias da cidade de Maputo esgotaram as suas vagas logo nas primeiras horas do dia, particularmente as do ensino primário do primeiro grau.
Para conseguirem inscrever os seus filhos, alguns pais e encarregados de educação passaram a noite de Segunda-feira última nas filas e ao relento como forma de assegurar uma posição privilegiada para ter acesso as escassas vagas oferecidas pelas escolas.
Contudo, o Ministério da Educação (MINED) refere que as vagas não esgotaram em todas escolas da cidade, mas sim em algumas escolas muito preferidas pelos encarregados de educação, como os casos das localizadas na zona cimento de Maputo.
O processo das matrículas termina no próximo dia 10 de Janeiro corrente. Durante este período, o MINED prevê matricular 1,1 milhão de novos ingressos para a primeira classe. Para a sexta, oitava e décima primeiras classes poderão ser inscritos 427.181, 169.354 e 50.654 alunos respectivamente.
Entretanto, as vagas disponíveis na sexta, oitava e décima primeira classes poderão não chegar para todos os alunos graduados nas classes inferiores.
Para esses casos, o MINED encoraja os alunos a também apostarem nos programas de ensino a distância, que são equivalentes ao ensino presencial, bem como ao ensino técnico profissional, que ainda possuem vagas para a formação de alunos.
(AIM)
MM/SG
(AIM)
Em Moçambique, os alunos do ensino primário básico estão isentos ao pagamento de matrículas, mas os cidadãos são obrigados a pagar subornos para conseguir inscrever os seus filhos, violando o princípio de “ensino gratuito” neste nível de ensino.Pelo menos dois ouvintes denunciaram hoje casos de cobranças ilegais no espaço Café da Manhã do Jornal da Manhã, um dos programas informativos da Rádio Moçambique, emissora pública nacional.
“Para ter acesso só a entrada da escola é preciso pagar 200 meticais ao guarda. Isso está a acontecer e ainda hoje poderá verificar isso na Escola Primária Completa Estrela do Oriente (arredores na cidade de Maputo)”, disse um denunciante, falando na condição de anonimato, que lamenta a falta de atenção a estes problemas, apesar das reclamações dos cidadãos.
Um outro cidadão, identificado apenas pelo único nome de Armando, disse que situações similares acontecem na Escola Primária do Romão, onde para alguém fazer a matricula é obrigado a pagar uma série de subornos, começando pelo guarda da instituição.
“Antes de ontem (véspera do arranque das matriculas) havia milhares de pessoas a concorrer para apenas 150 a 200 vagas. Para você entrar no recinto da escola é preciso subornar o guarda, o professor, este e aquele fulano e esse problema é do conhecimento da Direcção da escola”, disse Armando.
O processo de matrículas iniciou Terça-feira última em todo o país, mas algumas escolas primárias da cidade de Maputo esgotaram as suas vagas logo nas primeiras horas do dia, particularmente as do ensino primário do primeiro grau.
Para conseguirem inscrever os seus filhos, alguns pais e encarregados de educação passaram a noite de Segunda-feira última nas filas e ao relento como forma de assegurar uma posição privilegiada para ter acesso as escassas vagas oferecidas pelas escolas.
Contudo, o Ministério da Educação (MINED) refere que as vagas não esgotaram em todas escolas da cidade, mas sim em algumas escolas muito preferidas pelos encarregados de educação, como os casos das localizadas na zona cimento de Maputo.
O processo das matrículas termina no próximo dia 10 de Janeiro corrente. Durante este período, o MINED prevê matricular 1,1 milhão de novos ingressos para a primeira classe. Para a sexta, oitava e décima primeiras classes poderão ser inscritos 427.181, 169.354 e 50.654 alunos respectivamente.
Entretanto, as vagas disponíveis na sexta, oitava e décima primeira classes poderão não chegar para todos os alunos graduados nas classes inferiores.
Para esses casos, o MINED encoraja os alunos a também apostarem nos programas de ensino a distância, que são equivalentes ao ensino presencial, bem como ao ensino técnico profissional, que ainda possuem vagas para a formação de alunos.
(AIM)
MM/SG
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