O APROVEITAMENTO pedagógico baixou nos últimos dois anos no país, sobretudo a nível do ensino secundário geral, segundo o relatório sobre a matéria apresentado na última terça-feira ao Conselho de Ministros.
Maputo, Quinta-Feira, 12 de Maio de 2011Notícias
Enquanto isso, o Banco Mundial acaba de aprovar um crédito no valor de 71 milhões de dólares norte-americanos destinados a financiar a implementação do Plano Estratégico de Educação para o quinquénio 2011/2015, que dá particular enfoque às questões de aumento do acesso e melhoria da qualidade de ensino no país.
O relatório sobre os exames de 2010 indica que o aproveitamento médio registado em 2009 foi de 79 porcento contra 71 porcento de 2010, situação que, de acordo com o porta-voz do Governo, Victor Borges, é em parte explicada pela superlotação das turmas e pela falta de material de ensino-aprendizagem. Segundo Borges, a situação é particularmente grave a nível da 10ª e 12ª classes, uma vez que, apesar de integrado nesta estatística, o ensino primário ainda conseguiu cifras que ilustram alguma melhoria no período em análise.
Entretanto, o porta-voz da 16ª Sessão do Conselho de Ministros escusou-se a relacionar a baixa do aproveitamento com questões de qualidade de ensino, afirmando que o que se avaliou é o impacto dos resultados da presença dos alunos na escola e não exactamente a qualidade de ensino que, segundo ele, não se pode medir pela quantidade de alunos aprovados.
Sobre o crédito do Banco Mundial, um comunicado daquele organismo internacional dá conta de que os 71 milhões de dólares serão disponibilizados através da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), sendo que estes valores vão se juntar a um financiamento complementar de 90 milhões de dólares, do programa Educação para Todos (Education For All), igualmente administrado por aquela instituição financeira.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação, o programa Educação para Todos encontra-se actualmente na sua segunda fase de implementação (2011-2014).
O Ministério da Educação refere ainda que estes fundos serão usados especificamente em programas de formação de professores, produção e distribuição gratuita de livros para o ensino primário, apoio à reforma curricular na educação primária e secundária, intensificação do apoio directo às escolas e fornecimento de subsídios para os trabalhadores do subsistema de alfabetização e educação de adultos.
Por outro lado, este fundo será igualmente usado para financiar acções de prevenção e mitigação do HIV/SIDA e fortalecimento da gestão dos sistemas administrativos do sector de educação, através da consolidação das reformas nas áreas de gestão financeira e aquisições, bem como no planeamento, orçamentação e monitoria.
Na perspectiva do Governo, todas estas acções têm como finalidade aumentar ainda mais o acesso à educação e melhorar a qualidade do ensino no país.
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