Leila Trabelsi |
TÚNIS — O Banco Central da Tunísia (BCT) negou nesta segunda-feira (ontem) que a esposa do presidente derrubado Zine el Abidine Ben Ali, Leila, teria roubado 1,5 tonelada de ouro antes de fugir do país.
"As reservas de ouro do banco central da Tunísia não foram tocadas nos últimos dias", declarou à AFP uma fonte oficial da instituição.
"As reservas em moeda tampouco foram tocadas, o país tem regras muito estritas", acrescentou a fonte, afirmando que "o diretor do BCT não recebeu ninguém nos últimos dias, inclusive Leila (Trabelsi) ou o próprio Ben Ali".
O jornal francês Le Monde escreveu que a presidência francesa tinha suspeitas de que a família Ben Ali fugiu da Tunísia com 1,5 tonelada de ouro.
O Le Monde indica que a presidência "se baseia em diversos relatórios dos serviços secretos franceses" que "tentam compreender como terminou a sexta-feira 14 de janeiro, que viu a saída do presidente e de sua família e a queda do regime".
Nesta segunda-feira, o jornal afirmou em seu site que Leila Trabelsi, mulher do presidente, teria ido ao Banco da Tunísia para buscar lingotes de ouro.
O diretor teria se negado a abrir o cofre, mas Leila Trabelsi chamou o marido e ele terminou aceitando.
Leila pegou um voo para Dubai, segundo os franceses, antes de partir para Jidá, na Arábia Saudita. "Ao que parecem a mulher de Ben Ali partiu levando ouro", explicou um alto funcionário francês. "Uma tonelada e meia de ouro são 45 milhões de euros, segundo uma das fontes", escreveu o Le Monde.
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