Empresas de exploração mineira que operam na província do Niassa deverão ser alvo de acções judiciais devido à expropriação de terras de camponeses locais, a serem patrocinadas pelo Centro Cooperativo Sueco, uma organização não governamental da Suécia activa em Moçambique desde 1999.
Em entrevista ao Correio da manhã, o representante daquela instituição em Moçambique, Diamantino Nhampossa, disse que a medida surge pelo facto de nos últimos anos estarem a agravar-se casos de usurpação de áreas agrícolas e de habitação de camponeses do Niassa praticados por empresas de exploração mineira activas naquela província.
Para aquilo que Nhampossa chamou de “prestação de advocacia aos camponeses lesados”, a agremiação sueca vai alocar ao processo cerca de 400 mil dólares norteamericanos em Março de 2013, altura em que vai arrancar a acção de levantamento de acções judiciais contra expropriação de áreas de camponeses da província nor tenha do Niassa.
Crédito bancário
Entretanto, o Centro Cooperativo Sueco já gastou cerca de 90 milhões de dólares norte- americanos, entre 2004 e 2011, em acções de concessão de crédito bancário a perto de 100 associações de camponeses do Niassa e em trabalhos de capacitação dos membros daquelas associações em gestão de recursos naturais e mineiros.
Nhampossa realçou que a Suécia está já a estudar um novo pacote financeiro para os próximos cinco anos para as províncias do Niassa e Manica, depois de esta última região ter recebido cerca de 200 mil dólares para financiamento de vários projectos de desevolvimento local ao longo dos últimos 12 anos.
Nhampossa falava esta quarta-feira ao Cm à margem do seminário africano sobre finanças rurais que decorre na cidade de Maputo até amanhã, sexta-feira.
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