De volta à tua companhia, Nelson. Agradeço a tua recente missiva ao respeito da aquisição de autocarros pelo Presidente da República para depois os vender ao Estado. Fizeste um reparo pontual e que se impunha fazer sobre o assunto. Quo vadis, Guebuza!
Nelson, ainda que possamos acreditar que o nosso estado é de direito e por essa via governado segundo o regime que o postula, mas temo-lo como é; ou seja, atropelado pelas vicissitudes do momento dos agentes que o infiltram. O nosso estado está infiltrado e saqueado pelos mesmos agentes que se dizem ser o seu guardião, o seu garante e o que (não) fizeram e (des)fazem (por) (d)ele.
O simples facto de lá estar infiltrado sem guarda algum que os denuncie é preocupante e, pior que isso, os agentes não admitem conversa nem o pestanejar de olhos a ilharga com vista voltada ao estado.
Nosso governo é kamikaze, Nelson, porque encontrou um estado passivo (sempre o foi) que não se protege. Os agentes e os seus «protegés» o oneram, o fazem o que quiserem em nome do (maravilhoso) povo.
Não espanta nem ao menos incauto que os agentes venham “vender autocarros” ao Estado com o mesmo dinheiro que tiraram dele. É ético isto para um magistrado público apossar-se da pataca das nossas contribuições e fazer o que bem entende?
Fico-me por aqui por enquanto Nelson e lembrar-te que há mais coisas por falar desses kamikazes na próxima correspondência. Que tal se reflectirmos sobre o facto dos kamikazes e seus protegés teimarem com o despesismo das ditas presidências abertas e inclusivas? Espero. Um abraço de sempre.
Dedé Moquivalaka – 10.07.2011
Dedé meu camarada, numa altura e situação em que o estado moçambicano se confunde e demais com o governo, fico até sem saber quem infiltrou quem.
ResponderEliminarÉ, Estado-Governo, mas os camaradas a comandarem nos dois. Pernicioso, não? Onde anda a ética governativa da coisa pública. Onde está o estado de direito que porfiamos? Tuas são minhas dúvidas, Nelson!
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