MAPUTO, 18 JUL (AIM) – As primeiras carreiras de metro de superfície e autocarros eléctricos, ligando as cidades de Maputo, Matola e o distrito de Marracuene, Sul de Moçambique, poderão operar a partir dos finais 2013, caso o Governo valide o estudo de viabilidade apresentado Sábado ultimo, em Maputo, por uma firma italiana.
O estudo prevê a construção e operacionalização de uma rede de metros e autocarros eléctricos, bem como a instalação de um sistema ‘intermodal’ de transporte que incluirá autocarros, viaturas pessoais e parques de estacionamento nos pontos de tomada e/ou largada de cada um dos meios.
De acordo com o estudo que vinha sendo elaborado desde Março passado pela firma SALCEF, o sistema completar-se-á em 2026 mas, na primeira fase estará activa uma rede básica de metros e autocarros eléctricos ligando várias zonas dos municípios da Matola e Maputo, bem como o distrito de Marracuene.
Até 2026, toda a malha nestas três áreas estaria já operacional, sendo que, nessa fase, os utentes já passariam a dispor de parques de estacionamento, nos quais deixariam as suas viaturas particulares e tomar um metro e/ou eléctrico para qualquer ponto da Matola, Maputo e Marracuene, segundo escreve hoje o matutino “Noticias”.
O estudo foi elaborado com base nos projectos dos dois municípios e nos dados actuais e previsões de escoamento de carga e passageiros ao longo das linhas férreas existentes, considerando se que a pretensão é usar as mesmas infra-estruturas e construir outras apenas para reforçar e adequa-las ao novo cenário.
O Governo, na ocasião representado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, congratulou a apresentação e garantiu pronunciar-se sobre mais detalhes depois de sensivelmente uma semana.
O Executivo precisa de dizer se o estudo de viabilidade da SALCEF responde ou não às necessidades da Matola, Maputo e Marracuene, no que tange ao transporte de passageiros, para que as partes voltem à mesa para analisar todas as questões financeiras relativas a este projecto.
Para a primeira fase, a firma italiana estima que sejam necessários cerca de 955 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 40 por cento serão destinados a aquisição de material rolante, sistemas de gestão do tráfego e de segurança das operações, considerando que várias composições transitarão pelas mesmas linhas.
Os custos são apontados como baixos, comparativamente ao que seria necessário numa zona do país sem as actuais infra-estruturas ferroviárias existentes no raio da Matola, Maputo e Marracuene.
Das simulações feitas, até 2050 um utente que queira viajar para diversos pontos de Matola, Maputo e Marracuene pagaria apenas 50 meticais (cerca de Um dólar e Sete cêntimos) por um bilhete único.
(AIM)
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