Os quatro ministros exonerados na segunda-feira pelo chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, falharam na forma como lideravam os seus pelouros e foram vítimas do descontentamento popular, segundo analistas ouvidos hoje em Maputo.
O Presidente moçambicano exonerou os ministros do Interior, José Pacheco, Agricultura, Soares Nhaca, Saúde, Ivo Garrido, e Indústria e Comércio, António Fernando.
No mesmo dia, Armando Guebuza nomeou Alberto Mondlane, para a pasta do Interior, José Pacheco, Agricultura, Alexandre Manguele, Saúde, e Armando Inroga, para a Indústria e Comércio.
Para o sociólogo João Colaço, “as mexidas no Governo mostram que o chefe de Estado compreendeu que as apostas nos pelouros atingidos falharam e impunha-se uma mudança de rumo”.
“A agricultura continua a não arrancar, apesar de ter o rótulo de base de desenvolvimento do país. Continua incapaz de produzir para alimentar a população, como se vê com a situação de fome cíclica que o país enfrenta”, observou João Colaço.
A Indústria e Comércio, referiu o sociólogo, também está a emperrar e o país não tem comercializado o que produz, como se vê pelos excedentes em algumas províncias, perante a carência noutras zonas do país.
O Presidente moçambicano exonerou os ministros do Interior, José Pacheco, Agricultura, Soares Nhaca, Saúde, Ivo Garrido, e Indústria e Comércio, António Fernando.
No mesmo dia, Armando Guebuza nomeou Alberto Mondlane, para a pasta do Interior, José Pacheco, Agricultura, Alexandre Manguele, Saúde, e Armando Inroga, para a Indústria e Comércio.
Para o sociólogo João Colaço, “as mexidas no Governo mostram que o chefe de Estado compreendeu que as apostas nos pelouros atingidos falharam e impunha-se uma mudança de rumo”.
“A agricultura continua a não arrancar, apesar de ter o rótulo de base de desenvolvimento do país. Continua incapaz de produzir para alimentar a população, como se vê com a situação de fome cíclica que o país enfrenta”, observou João Colaço.
A Indústria e Comércio, referiu o sociólogo, também está a emperrar e o país não tem comercializado o que produz, como se vê pelos excedentes em algumas províncias, perante a carência noutras zonas do país.
“Há graves ineficiências na Indústria e Comércio também. Mesmo o que se produz internamente é inacessível à maioria da população, até produtos manufaturados produzidos no país são vendidos a preços incomportáveis”, frisou João Colaço.
Para o sociólogo, que é também docente universitário, o ministro da Saúde, por sua vez, apesar de ter projectado a imagem de um dirigente preocupado com o setor, nunca conseguiu entender-se com os médicos e o pessoal do seu Ministério, bem como com os doadores.
“Houve muita fuga de médicos do Sistema Nacional de Saúde por incompatibilidades com o ministro. Também não tratava os doadores com diplomacia”, sublinhou.
Já o activista dos direitos humanos e jurista, Custódio Duma, também entende que os ministros exonerados “não estiveram à altura das suas responsabilidades e foram vítimas do descontentamento popular”, que gerou a violência dos dias 1 e 2 de Setembro.
“As reivindicações de Setembro visam directamente as áreas dos ministros substituídos. O preço dos alimentos tem a ver com a Agricultura e Indústria e Comércio. O país continua sem produzir o suficiente e sem escoar o pouco que produz”, fez notar Custódio Duma.
Sobre a pasta do Interior, o activista dos direitos humanos considera que a segurança pública se deteriorou e o país, sobretudo nas zonas rurais, está cada vez mais inseguro.
“Não temos uma confrontação aberta como a de uma guerra civil, mas reina um ambiente de medo por causa da criminalidade”, enfatizou Custódio Duma, na sua avaliação sobre o desempenho de José Pacheco, transferido para a Agricultura. NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 12.10.2010
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