Contra o chumbo colectivo imposto pela UEM
Ontem o director da faculdade de Medicina teve acesso às cartas de pedido de autorização da marcha e de proteção dos médicos estagiários enviadas ao Conselho Municipal e Comandante da Polícia da Cidade e proferiu ameaças aos representantes dos médicos estagiários
Maputo (canalmoz) - O Conselho Municipal da cidade de Maputo, não autorizou o pedido de marcha pública dos médicos estagiários da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que pretendiam marchar contra o chumbo colectivo atribuído a todos pela direcçao da faculdade alegadamente por se terem solidarizado com os médicos que em Janeiro ultimo paralisaram as suas actividades em greve por melhorias de condiçoes de trabalho, mormente no que à componente salarial diz respeito.
Os médicos estagiários pretendiam marchar pelo quarteirão da Faculdade de Medicina e enviaram um pedido ao Conselho Municipal de Maputo que até às Zero hora de hoje ainda não havia respondido. Fonte interna dos médicos estagiários disse ao Canalmoz que ao comandante da Polícia da Cidade foi solicitada protecção e eles recusou-a alegando “indisponibilidade” da policia.
“O comandante ligou para nos informar que não vai poder dar protecção e não nos explicou os motivos” disse-nos um medico estagiário pouco depois da meia noite.
Lembre-se que o chumbo colectivo atribuído aos estudantes é uma decisão política do Governo do partido Frelimo que foi vergonhosamente cumprida pelo director da Faculdade de Medicina da UEM a fim de retaliar o facto de os médicos estagiarios se terem recusado a fazer parte do plano B do Governo, que seria usar os estagiários para boicotar a greve do Médicos.
A ideia do Governo era usar os médicos estagiários para impedir o sucesso das greve dos Médicos e ridicularizar a Associação Médica.
Os médicos estagiários não aderiram à agenda do Governo que visava a sua instrumentalização e acabaram por aderia solidários com os médicos.
O governo assinou um compromisso com a Associação de Médicos de Moçambique em como não retaliaria se parassem com a greve, mas acabou vingando-se através da direcção da Faculdade de Medicina da UEM. Todos os médicos estagiários foram reprovados. O Governo violaria assim o compromisso.
Se em Abril o Governo não satisfizer as reivindicações dos médicos e não cumprir com o que se comprometeu no Memorando de entendimento que permitiu pôr-se termo à greve dos Médicos, estes poderão voltar a entrar em greve.
Os médicos estão agora solidários com os protestos dos médicos estagiários.(Matias Guente)
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