A HIERARQUIA das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) , sofreu mexidas ontem, com a nomeação de três comandantes e promoção de sete oficiais superiores.
Maputo, Terça-Feira, 26 de Abril de 2011Notícias
Numa cerimónia dirigida pelo Presidente da República, Armando Guebuza, nas suas vestes de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, o major-general Júlio dos Santos Jane, tomou posse como comandante dos Serviços Cívicos de Moçambique; Lázaro Menete, que vinha desempenhando as funções de director das Operações das FADM, foi empossado como novo comandante da Marinha de Guerra, em substituição de Patrício Jotamo, exonerado das suas funções. Antes da tomada de posse, Lázaro Menete, que ostentava a patente brigadeiro, foi promovido a contra-almirante.
O mesmo aconteceu com Victor Muerequetule, patenteado a major-general, pouco antes de deixar o cargo de comandante da Escola de Formação de Sargentos General Alberto Joaquim Chipande, para assumir as de comandante da Academia Militar Samora Machel de Nampula.
Na mesma cerimónia, o capitão-do-mar e Marinha Guerra, Joaquim Mangaze, foi promovido a capitão comodoro. Os coronéis Fabião Manjate, Margarido Pinto, Pedro Banguine, Francisco Mataruca e Miguel Melice, foram promovidos a brigadeiros.
Na Comando da Academia Militar de Nampula, para além da saída do seu comandante, Júlio Jane, foi exonerado o seu vice, António Manuel Pondja. Outros dois exonerados foram Nazário Zandamela, do cargo de chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra, e Joaquim Manjate, do cargo de director de Reconhecimento das FADM.
Dirigindo-se às novas chefias militares, o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, Armando Guebuza, explicou que as nomeações coincidem com um ano especial, que é o Ano Samora Machel, figura que desempenhou um papel fundamental no crescimento e consolidação do Exército nacional, explicando, a-propósito, que a expectativa do povo é ver os oficiais agora promovidos a desempenharem com brilho e sentido patriótico as suas funções, como sempre foi característica das FADM. Para além de evocar valores nobres, Guebuza pediu as Forças Armadas para se empenharem ainda mais na formação dos jovens que entram para as fileiras militares.
“As FADM são o nosso espelho a nível internacional. Moçambique orgulha-se por ter FADM que pela sua firmeza e estratégia de trabalho serve de modelo para a comunidade internacional. Integrada nas missões da CPLP, as FADM transportam consigo o desejo que os outros países têm de estar em paz. Assim, as FADM constituem-se em instrumento importante nas missões externas e visibilidade nacional além-fronteiras” – explicou o Comandante-Chefe das FADM, acrescentando que as FADM devem estar preparadas para responder aos desafios impostos pela globalização e tudo fazer para assegurar a inviolabilidade territorial.
O QUE SÃO SERVIÇOS CÍVICOS DE MOCAMBIQUE?
Maputo, Terça-Feira, 26 de Abril de 2011Notícias
OS Serviços Cívicos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique entram em funções pela primeira vez e desde ontem contam com o seu primeiro comandante, Major-general Julião Jane. Esta direcção encarregar-se-á de velar pelos cidadãos que, por diversos motivos e mesmo demonstrando interesse, não conseguem uma vaga para o Serviço Militar. Assim, os jovens cumprirão actividades militares sem estar fardados.
Paulo Macaringue, chefe do Estado-Major General explicou à Imprensa que os Serviços Cívicos, uma unidade aprovada pela Assembleia da República, funcionará como um braço direito das FADM, ocupando os jovens que terão uma preparação militar.
“Eles serão enquadrados em acções de interesse público. Os jovens dos Serviços Cívicos estarão envolvidos em actividades de construção de infra-estruturas públicas, como escolas, estradas, edifícios governamentais, limpeza da urbe até mesmo participar em acções de reassentamento.
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