NOVOS furos para a prospecção e pesquisa de petróleo na bacia sedimentar do Rovuma serão abertos dentro dos próximos meses, no quadro das operações que estão a ser levadas a cabo pela companhia italiana Eni, há alguns anos.
Maputo, Terça-Feira, 26 de Abril de 2011
NotíciasDescrita como uma das mais importantes operações de pesquisa de hidrocarbonetos naquela região, a mesma prevê a abertura, numa fase inicial, de pelo menos dois furos.
Arsénio Mabote, presidente do Instituto Nacional de Petróleos, não quantificou os montantes a serem envolvidos nesta operação, contudo admitiu que, dependo dos resultados, mais poços podem vir a ser abertos no local para efeitos de avaliação.
À semelhança da bacia sedimentar de Moçambique, Rovuma é uma das bacias mais activas em termos de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos, concentrando, por isso, companhias especializadas de renome.
Dentre essas várias companhias está a Anadarko Mozambique Exploration, que nos últimos anos concentrou na região investimentos globais estimados em cerca de 270 milhões de dólares norte-americanos para a abertura de seis furos, alguns dos quais resultaram na primeira descoberta de quantidades consideráveis de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma.
A companhia, sedeada no Texas, está agora empenhada na avaliação dos resultados obtidos com vista à determinação das quantidades reais de hidrocarbonetos existente na zona sob sua concessão com vista a entrar-se na fase seguinte do processo que passa pela negociação dos contratos de exploração com o Governo moçambicano.
Entendidos na matéria consideram, entretanto, que a zona do Rovuma é das poucas ainda pesquisadas em Moçambique, porém, os trabalhos sísmicos até aqui realizados e a descoberta de gás pala Anadarko animam muitas das companhias presentes.
Os dados disponíveis indicam que, para além Eni, muitas outras concessionárias de outros blocos naquela região estão a se preparar para a abertura de furos, o que poderá confirmar ou não a existência de petróleo naquela área.
Em Moçambique reina muita expectativa em relação a uma possível descoberta de petróleo, por se considerar que uma eventual descoberta e sua exploração iria de certa forma baixar os encargos financeiros resultantes da importação de combustíveis líquidos, os quais ascendem actualmente os 500 milhões de dólares norte-americanos por ano.
O presidente do Instituto Nacional de Petróleos especificou que a Eni, uma multinacional petrolífera presente em mais de 70 países, vai iniciar as perfurações em Agosto.
Para além da descoberta de petróleo, os trabalhos realizados pelas companhias permite um melhor conhecimento do tipo de sistema petrolífero que eventualmente esteja a ocorrer nas bacias sedimentares que Moçambique possui.
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