A Comissão dos
Desmobilizados de Guerra , que diz representar 150 mil ex-militares dos 16 anos
de guerra civil moçambicana, ameaçou esta quinta-feira, dia 28 de Março,
convocar uma "greve geral com intervenção mais contundente" se o
Governo rejeitar "um diálogo constructivo".
Em declarações à Lusa em Maputo, o relator da Comissão dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Agostinho Múrias, disse que a hipótese de "uma greve geral à escala nacional" resulta da recusa do Ministério dos Combatentes em aceitar que o grupo se reúna com a Comissão Interministerial criada pelo executivo para tratar das preocupações dos desmobilizados, visando a discussão de uma proposta de aumento de pensão.
"Há necessidade imperiosa de nós continuarmos com um diálogo constructivo com o Ministério dos Combatentes, com Governo e com a sociedade civil, em geral, porque esse mesmo estatuto do combatente é contestado", afirmou o relator da Comissão dos Desmobilizados.
Em declarações à Lusa em Maputo, o relator da Comissão dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Agostinho Múrias, disse que a hipótese de "uma greve geral à escala nacional" resulta da recusa do Ministério dos Combatentes em aceitar que o grupo se reúna com a Comissão Interministerial criada pelo executivo para tratar das preocupações dos desmobilizados, visando a discussão de uma proposta de aumento de pensão.
"Há necessidade imperiosa de nós continuarmos com um diálogo constructivo com o Ministério dos Combatentes, com Governo e com a sociedade civil, em geral, porque esse mesmo estatuto do combatente é contestado", afirmou o relator da Comissão dos Desmobilizados.
Segundo
Agostinho Múrias, os ex-militares propuseram uma pensão mínima equivalente a
dois salários mínimos, mas o Governo determinou o pagamento de uma pensão
mínima de 600 meticais.
"Estamos a falar de um senhor, uma senhora viúva, que necessita de alimentar a sua família e resolver outras necessidades. Seiscentos meticais não é uma pensão adequada para aquele que sacrificou a sua vida por este país", sublinhou Agostinho Múrias, ex-analista dos Serviços de Informação do Ministério da Defesa.
Comparando os efeitos da "greve geral à escala nacional", que a Comissão dos Desmobilizados poderá realizar, com os constantes confrontos entre o Fórum dos Desmobilizados de Guerra, um dos grupos filiados na comissão, e os serviços de defesa e segurança, Agostinho Múrias previu "uma intervenção mais contundente".
"Aquilo (que o Fórum dos Desmobilizados de Guerra faz) é uma actividade mínima, que não está na escala dos militares, porque os militares têm acções mais contundentes. A opinião geral é de haver uma intervenção mais contundente, porque ir ali e cantar não tem nenhuma viabilidade", frisou Agostinho Múrias.
O relator da Comissão dos Desmobilizados referia-se aos motins promovidos semanalmente pelo Fórum dos Desmobilizados de Guerra nas imediações do gabinete do primeiro-ministro e que já foram alvo de cargas policiais.
Lusa – 28.03.2013
"Estamos a falar de um senhor, uma senhora viúva, que necessita de alimentar a sua família e resolver outras necessidades. Seiscentos meticais não é uma pensão adequada para aquele que sacrificou a sua vida por este país", sublinhou Agostinho Múrias, ex-analista dos Serviços de Informação do Ministério da Defesa.
Comparando os efeitos da "greve geral à escala nacional", que a Comissão dos Desmobilizados poderá realizar, com os constantes confrontos entre o Fórum dos Desmobilizados de Guerra, um dos grupos filiados na comissão, e os serviços de defesa e segurança, Agostinho Múrias previu "uma intervenção mais contundente".
"Aquilo (que o Fórum dos Desmobilizados de Guerra faz) é uma actividade mínima, que não está na escala dos militares, porque os militares têm acções mais contundentes. A opinião geral é de haver uma intervenção mais contundente, porque ir ali e cantar não tem nenhuma viabilidade", frisou Agostinho Múrias.
O relator da Comissão dos Desmobilizados referia-se aos motins promovidos semanalmente pelo Fórum dos Desmobilizados de Guerra nas imediações do gabinete do primeiro-ministro e que já foram alvo de cargas policiais.
Lusa – 28.03.2013
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