“Daviz Simango é o candidato da esperança, o candidato batalhador, o candidato da juventude, que percorre todo o país a pé e de carro, enquanto os outros andam a sobrevoar os problemas do povo, gastando em aluguer de helicópteros, avultadas somas de dinheiro, que tanta falta fazem ao povo moçambicano" – Francisco Campira, representante dos 26 partidos “A Renamo não vê problema em um partido da oposição apoiar o outro da oposição, pois isto fortifica a democracia, numa altura que se tenta asfixia-la, numa tentativa de retorno ao sistema de partido único O mau e perigoso é formar supostos partidos da para combater a verdadeira oposição” – refere Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo
Maputo (Canalmoz) – Um grupo de 26 partidos e coligações políticas, excluídos parcial ou totalmente da corrida eleitoral de 28 de Outubro próximo pela CNE, convocou ontem a imprensa para anunciar, de forma aberta, o seu apoio incondicional ao candidato presidencial, engenheiro Daviz Mbepo Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Na conferência de imprensa, o representante dos partidos excluídos, que também é presidente do PASOMO, Francisco Campira, disse que o apoio a Daviz Simango não se estende ao seu partido MDM, pois cada presidente ficará na direcção das actividades dos seus partidos, mas pelo conteúdo do seu manifesto, e o carácter do líder do MDM, estes partidos políticos decidiram dar-lhe apoio incondicional. Campira disse que a decisão tomada por aquele grupo de partidos extra-parlamentares, tem em vista manifestar a sua recusa em ver este País multipartidário a ser empurrado para um sistema monopartidário, que outrora foi liderado pela Frelimo, segundo ele “de muito triste memória, ainda bem fresca”. Mais de 3 milhões apoiam Daviz Com essa aliança ao candidato do MDM, “serão mobilizados para apoiar Daviz Simango, mais de 40 mil candidatos que anteriormente estavam inscritos na CNE, e três milhões de membros”, segundo estimativas destes partidos. No dia 28 do corrente mês, sensivelmente daqui a duas semanas, realizam-se simultaneamente as 3 eleições: Presidenciais, Legislativas e Provinciais. Às presidenciais concorrem 3 candidatos: Daviz Simango, presidente do MDM e actual presidente do Município da Beira, a segunda maior cidade do País; Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, e o actual chefe de Estado e presidente da Frelimo, Armando Guebuza.
Ontem (dia 14-10-2009) declararam apoio a Daviz Simango, o mais jovem candidato, os seguintes partidos: CDU, PARENA, PAREDE, PASOMO, PACODE, PASDI, PSDM, PARTONAMO, PUMILD, PUPI, MPD, PANAOC, PRDS, SOL, UNAMO, PANADE, Coligação UD, UMI, FL, PCD, UM, PAZs, PRD, UDF, PRD, e PEMO. É uma decisão consciente Questionado se a sua decisão teria a ver com o facto de três dos partidos que se pressupunha serem da oposição já terem anunciado apoiar, também de forma incondicional, o presidente da Frelimo, Armando Guebuza, Campira respondeu nos seguintes termos: “a nossa decisão não é influenciada pela mudança de alguns partidos em apoio a Guebuza. É uma decisão consciente e não fomos influenciados por ninguém.” Porquê aposta em Daviz?
De acordo com Campira, o apoio a Daviz Simango surge “após uma análise profunda ao actual cenário político democrático do País caracterizado pela hegemonia, intolerância e exclusão políticas protagonizadas pelos dois maiores partidos nacionais”, a Frelimo e a Renamo. “Decidimos que a nossa melhor resposta e contribuição para a continuação da democracia multipartidária em Moçambique é apoiarmos de forma aberta e incondicional, a candidatura presidencial do engenheiro Daviz Mbepo Simango”. As razões apontadas para apoio a candidatura de Simango foram muitas. Destaca-se, segundo anunciou aquele grupo de partidos, o facto de, entre os três candidatos a presidência da República, “ser apenas Daviz Simango que inspira esperança para a juventude, que garante um Moçambique verdadeiramente inclusivo, um Moçambique para todos e não para alguns, como acontece hoje em dia”. Renamo encara apoio a Daviz com naturalidade Procuramos ouvir o maior partido da oposição, sobre o que tem a dizer sobre o apoio ao candidato do MDM. Fernando Mazanga, porta-voz deste partido, congratulou-se com a decisão deste partidos, que até a considerou “sábia”.
“A Renamo não vê problema em um partido da oposição apoiar o outro, pois isto fortifica a própria democracia, numa altura que se tenta asfixia-la, numa tentativa de retorno ao sistema de partido único” disse Mazanga acrescentando que “o mau e perigoso é formar supostos partidos da para combater a verdadeira oposição”.
(Borges Nhamirre Matias Guente)
(Borges Nhamirre Matias Guente)
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