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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CNE e CC terão outro processo na PGR

- afirma o presidente do Partido Unido de Moçambique e da Liberdade Democrática (PUMILD), Leonardo Francisco Cumbe, que excluído que foi ele e o seu partido, agora faz ainda apelo ao voto em Afonso Dhlakama nas Presidenciais

Maputo (Canalmoz) - O presidente do Partido Unido de Moçambique e da Liberdade Democrática (PUMILD), Leonardo Francisco Cumbe, cuja formação política foi excluída à corrida das eleições de 28 de Outubro próximo, inconformado com a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e depois com a do Conselho Constitucional à reclamação que interpôs, veio à nossa Redacção afirmar que caso a CNE e o Conselho Constitucional não indemnizarem aquela organização, pelos danos morais e financeiros causados pelo não apuramento às presidenciais e legislativas, irá, o seu partido, apresentar uma queixa à Procuradoria Geral da República (PGR).
Segundo ele, o PUMILD apresentou à CNE a sua candidatura para concorrer às presidenciais e a todos os círculos eleitorais para a eleição de deputados à Assembleia da República.
“As alegações apresentadas para a nossa exclusão são falsas. Alega-se que os nossos candidatos não possuem Bilhetes de Identidade e Registos Criminais. Isto é tudo falso porque os nossos candidatos possuem esses documentos e podemos provar”, disse esta fonte ao Canalmoz, e acrescentou: “Conseguimos suprir todas as irregularidades dentro do prazo estabelecido, que era de cinco dias. No meu caso, fui rejeitado como candidato à presidência da República. Isto é injusto. Apresentei uma lista de cerca de 14 mil apoiantes, o que é suficiente para a minha qualificação”, disse a nossa fonte acrescentando que o máximo exigido, por lei, era de dez mil apoiantes.
“ O Conselho Constitucional alega, ainda, nas suas falsas justificações que as assinaturas dos 14 mil apoiantes, em que nalguns eram candidatos à deputados da Assembleia da República são falsas. Isto é uma aberração por ser uma mentira para os moçambicanos e para o mundo em geral e em particular para os doadores que disponibilizaram cerca de 50 mil meticais”, disse Leonardo Francisco Cumbe, visivelmente agastado. Este disse ainda que será dentro da sua razão que o PUMILD exigirá às instâncias competentes Justiça.
“Temos todas as condições reunidas para os nossos candidatos às legislativas concorrerem em todos os círculos eleitorais e eu também nas presidenciais. Havemos de exigir cerca de 700 mil meticais da indemnização. O dinheiro que gastamos para fazer deslocar as nossas comissões para as províncias provém de dívidas contraídas a terceiros que querem vê-las restituídas”, disse Cumbe, apontando que muitas das candidaturas rejeitadas são das várias províncias do País.
A mesma fonte considera a decisão de exclusão do seu partido como “brutal”, “inconsistente” e diz que “neste processo o Governo, através de Armando Guebuza, actual Chefe de Estado, devia intervir, pois muitos partidos foram injustiçados pela Comissão Nacional de Eleições e Conselho Constitucional”.
A terminar o presidente do Partido Unido de Moçambique e da Liberdade Democrática (PUMILD), Leonardo Francisco Cumbe afirma: “por estarmos fora do processo, nós estamos agora a apelar o nosso eleitorado para que no acto da votação optem ao candidato às presidenciais do partido Renamo, Afonso Dhlakama”.

(Alexandre Luís)

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