Algumas brigadas continuam a recusar documentos como
a cédula pessoal, carta de condução e testemunhas para o recenseamento
O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, em
Nampula, diz ter descoberto, num dos postos de recenseamento eleitoral em
Nampula, um caderno supostamente viciado pelos responsáveis do Secretariado
Técnico de Administração Eleitoral (STAE) a nível daquela parcela do país.
O caso despoletado pela fiscal daquele movimento
político, Alzira Alfredo Cláudio, ocorreu no posto de recenseamento eleitoral
número0039, localizadonaEscolaPrimária Samora Machel, na Unidade de Napacala,
cerca de 13 quilómetros do centro da cidade de Nampula.
O MDM afirma que tudo começou na última terça-feira,
2 de Julho, quando o director do STAE a nível da cidade, Joaquim Venla, decidiu retirar o mobile(computador
portátil) ali instalado, supostamente para mandari mprimir o caderno no seu gabinete
de trabalho. Dois dias depois, o director ordenou a devolução do referido
computador, mas com o caderno com nomes completamente diferentes dos que se
recensearam naquele posto.
Como prova deste ilícito eleitoral, supostamente,
protagonizado pelo director do STAE, de acordo com a denunciante, o caderno ora
impresso não apresenta os nomes de todos os 800 potenciais eleitores inscritos
naquela mesa de recenseamento, incluindo o seu próprio e de outros membros do
Movimento Democrático de Moçambique.
Depois da reclamação, segundo avança o MDM, o STAE
teria imprimido uma página, e a anexado ao caderno, que já contém nomes dos
fiscais do MDM ali recenseados, mas os outros dados de mais de 790 eleitores
estão viciados.
Contactado pela nossa reportagem, o director do STAE
a nível da cidade de Nampula, Joaquim Nvela desqualificou as acusações do MDM,
tendo referido que a recolha do equipamento informático, sempre que regista
avaria não possível de reparar no posto de recenseamento, é um procedimento normal.
Em relação aos eleitores fictícios, supostamente introduzidos no caderno,
Nvenla diz ser tudo invenção do MDM.
Refira-se
que, em Nampula, já foram inscritos cento e treze mil e duzentos eleitores
contra uma estimativa de trezentos mil e cento e cinquenta eleitores até ao
final do processo.
FRELIMO E STAE INVIABILIZAM RECENSEAMENTO
Na
cidade da Beira, o MDM acusou, ontem, o partido Frelimo e o Secretariado
Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Sofala, de estarem a inviabilizar
o processo de recenseamento nas quatro autarquias daquela província.
De
acordo com o chefe de Mobilização e Propaganda do MDM, Matateu Fernandes, as
brigadas de recenseamento, sobretudo no município do Dondo, continuam a negar
documentos como a cédula pessoal, carta de condução e testemunhas para o
recenseamento.
O PAÍS – 11.07.2013
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