A
agência de notações Standard & Poor (S&P) reduziu a
"perspetiva" da economia moçambicana de estável para negativO, face
ao aumento do défice da conta corrente, e admite reduzir ainda a classificação
do país nos próximos anos.
Citada
pelo diário eletrónico MediaFax na sua edição de hoje, a S&P refere que
chegou a esta conclusão depois de constatar que o défice da conta corrente em
Moçambique é muito mais alto do que anteriormente se pensava.
"Aquela
agência refere que a perspetiva negativa reflete a possibilidade de vir a
reduzir ainda mais a classificação dentro dos próximos anos, caso os progressos
nos grandes investimentos reduzam, caso os projetos pareçam insuficientes para
gerar o crescimento necessário para reduzir o défice fiscal e externo ou ainda
caso haja um aumento na dívida externa a título comercial para projetos do
setor público", afirma a publicação.
Na
semana passada, o parlamento moçambicano aprovou uma proposta de revisão do
Orçamento do Estado (OE) de 2013, com a necessidade de enfrentar o impacto das
inundações do início deste ano, bem como as despesas decorrentes do
reassentamento de população, devido à implementação de projetos de
infraestruturas, e as das eleições autárquicas de 20 de novembro, entre outras.
Com
a aprovação da revisão, a despesa total do OE moçambicano de 2013 é fixada em
cerca de 4,5 mil milhões de euros, contra 4,4 mil milhões de euros do gasto
autorizado no orçamento aprovado no ano passado.
Na
sexta-feira, a Autoridade Tributária de Moçambique anunciou o cumprimento de
56,2 por cento do Retificativo de 2013, correspondente a 1,7 mil milhões de
euros de encaixe fiscal já canalizados para a Conta Única do Tesouro.
O
presidente desta instituição governamental, Rosário Fernandes, garantiu que,
antes da aprovação do orçamento retificativo, em julho, a sua instituição
conseguiu ultrapassar a meta das receitas estabelecida para aquele mês.
Segundo
o presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, "em termos
cumulativos, de 01 de janeiro a 31 de julho de 2013, a meta da Lei Orçamental
foi cumprida rigorosamente em 102,93 por cento".
MMT
// MLL
Lusa
– 19.08.2013
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