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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Afonso Dhlakama vai permanecer em Gorongosa


Bernardo Álvaro

A Renamo diz que o seu presidente, Afonso Dhlakama, vai manter-se no quartel militar da Serra de Gorongosa até que o Governo da Frelimo satisfaça as suas reivindicações, não significando com isso que “ele esteja preso e não possa de lá sair para dar um passeio pelas vilas e outros quartéis”, disse em exclusivo ao Canal de Moçambique o assessor político do líder daquele partido, Rahil Khan.
A decisão, segundo apurou a nossa Reportagem, foi tomada no passado dia 18 de Dezembro na reunião de Gorongosa, que reuniu mais de 150 quadros provenientes de todo o país para analisar os contornos das falhadas negociações com o Governo da Frelimo.
Governo de “cómicos e ridículos”

Rahil Khan considerou de “cómicas, divertidas e acima de tudo de ridículas” as afirmações de Filipe Paúnde e de Teodato Hunguana (ex-negociador do Governo dos Acordos de Paz), dois quadros seniores da Frelimo que afirmaram que “as exigências da Renamo são inconsistentes” e de “cómica e divertida, a exigência da Renamo da revisão dos Acordos Gerais de Paz”, assinados na capital italiana, Roma, entre o Governo da Frelimo e o então movimento de guerrilha, a Renamo.
“Ridículo e cómico é andar a dizer que não a partidarização do Aparelho do Estado, o país está a desenvolver quando as pessoas nas principais cidades andam em camiões, quando famílias se alimentam de frutos silvestres.
Divertido é quando esperamos pelas chuvas para o povo ter de comer”, disse Rahil Khan.
De acordo com o assessor político do líder da Renamo, “todos os acordos precisam de serem revisitados, tal como agora está para acontecer com os mega-projectos, com as fronteiras africanas desenhadas na Conferência de Berlim, o conflito entre Malawi-Tanzania em torno do Lago Niassa, entre outros”, cuja validade se arrasta há bastante tempo. Acusou o Governo de estar a entreter os moçambicanos quando nega a existência de toda a maldade inclusive a criminalidade.
Disse, por outro lado, que o ano de 2012 foi negativo do ponto de vista político, económico e social, tendo em conta os vários estudos que foram apontando que a pobreza continua cada vez mais a afectar as populações moçambicanas.
“O país continua a regredir do ponto de vista político, económico e social, devido às políticas de exclusão social, as perseguições políticas, falta de respeito e abertura ao diálogo”, considerou Khan acrescentando que o seu partido vai continuar a lutar por todos os meios de modo a conseguir impor uma nova ordem política.
Apesar de ter dito que as próximas acções da Renamo para forçar o Governo vão visar os objectos económicos, não adiantou nada de concreto que possa vir a acontecer. Reafirmou que a Renamo jamais voltará a pegar em armas para reivindicar, “mas acções contundentes serão levadas a cabo para terminar com os actuais abusos”.
Por outro lado, para aquele dirigente da Renamo, o ano de 2012 registou uma nova linha política e a maneira de actuar daquele partido que doravante deixa de ser diferente da que se estava habituado há 20 anos.
Acrescentou que durante o ano de 2012, o seu partido sentiu-se satisfeito pelo facto dos moçambicanos se identificarem com a causa da Renamo e os apoios que tem vindo a receber.
Como corolário desses apoios, Rahil Khan disse que a Renamo recebe mensalmente 77 toneladas de alimentos, provenientes de todas as províncias para o apoio logístico do partido.
“Estamos satisfeitos com esses apoios. Cada província contribui mensalmente com sete toneladas de alimentos para a logística em Gorongosa” disse o assessor político da Renamo.
Canal de Moçambique – 31.12.2012

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