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VOA News: África

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A moda começa a pegar no país


Jornalista do «Diário da Zambézia» escorraçado no exercício das suas funções

Desta vez a protagonista foi a chefe do gabinete de Pio Matos, edil da cidade de Quelimane

O jornalista do «Diário da Zambézia» (DZ), António Zefanias, diz que foi, na última sexta-feira, 10 de Agosto, escorraçado do gabinete da chefe do gabinete do presidente do Conselho Municipal de Quelimane, por ela própria e empurrado em jeito de agressão.
Eram 9 horas, quando o jornalista do «DZ», em plena actividade, diz ter sido escorraçado e agredido fisicamente do gabinete da Secretária do presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Pio Augusto Matos, pela respectiva chefe do gabinete que dá também pelo nome do Anabela Bila.
Tudo isto aconteceu depois do jornalista ter recebido informações segundo as quais havia um funcionário do Conselho Municipal, afecto ao ramo da Polícia Municipal, de nome Lima Domingos, que estava naquele local com tubos ligados a sacos de soro, como forma de pressionar o presidente da edilidade a pagar-lhe os seus vencimentos em atraso de três meses. Ele saíra do hospital para protestar nos exactos propósitos em que se encontrava internado.
Chegado ao local, segundo disse o jornalista Zefanias ao «Canal de Moçambique», ele estava acompanhado de um funcionário da edilidade. Pediu licença para entrar e dai foi autorizado, pelos funcionários que ali se encontravam. Confirmou que o doente estava lá sentado e ao seu lado estava um agente da polícia municipal que dá pelo nome de Félix. Já quando o paciente ia a começar a narrar os factos que o levara a abandonar o hospital e a dirigir-se ao Município, portanto, seu local de trabalho, para protestar os três meses de vencimentos em atraso, "eis que entrou a chefe do gabinete do presidente do Conselho Municipal" - conta o jornalista - "tendo logo de seguida questionado o que estava a fazer naquele local".
"Vinhas fazer o quê aqui? Especular?" terá dito a secretário de Pio Matos segundo Zefanias, para depois acrescentar: "Não te aproveites da ocasião. Retire-se desta sala porque eu é que mando aqui" – terá rematado a chefe do gabinete do edil de Quelimane. Na tentativa do jornalista explicar os motivos que o levara até aquele local, conta ele, "eis que a senhora me pôs as mãos empurrando-me para fora da sala e a dizer: «sai daqui, já disse que sou eu que mando neste local".
António Zefanias afirma que abandonou o local, tendo de seguida feito telefonemas para outros colegas da Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique "para que viessem ver in-loco este caso bárbaro". "O mais rápido destes órgãos foi a RM, que enviou um jornalista de nome Quim Monteiro". Segundo a fonte, ele e Quim dirigiram-se depois à viatura onde o doente já ia, entretanto, de volta ao Hospital. Na tentativa de obter a versão dos factos acima descritos "eis que mais um caso de espantar sucede", descreve Zacarias. "O agente da polícia municipal, que acompanhava o doente, portanto o Félix, vedou o caminho aos jornalistas para que não tivessem alguma informação do doente, por sinal colega, tendo logo de seguida fechado o vidro da porta do lado onde estava eu e o meu colega, do lado de fora da viatura". Mesmo assim, conta Zacarias, ainda conseguimos ter alguma informação do doente. Foi aí que repetiu que fora ao Conselho Municipal para exigir o pagamento dos seus salários. O doente contou que fez "uma carta aos recursos humanos e à contabilidade, para o senhor Sábado, mas até agora não me dizem nada".
"Nada mais pudemos saber. A viatura arrancou em direcção ao hospital".
Na tentativa de ouvir novamente a chefe do gabinete do presidente do Município de Quelimane sobre as possíveis soluções para este caso, a senhora continuou a fazer os dois jornalistas de pessoas que querem apenas "especular" e terá dito: "Eu não sei se querem entrevista ou outra coisa, porque se for sobre aquele caso... eu não falo porque o presidente não está". "Se quiserem façam uma carta pedido de entrevista" - sublinha entretanto a chefe do gabinete. Mas quando as coisas pareciam ter ficado sanadas, era mentira. "Saiam e depois peçam autorização de entrar. Dai serão ditos se devem ou não entrar", voltou a dizer a senhora, como conta Zefanias. Acto contínuo retiraram-se da sala.
António Zefanias garante que ambas as vezes entrou nas instalações com autorização da secretária de Pio Matos
"Dai em definitivo retirei-me da sala, depois deste cenário que levou pouco mais de meia hora do tempo".
António Zefanias comunicou já o sucedido à delegação provincial do MISA e do Sindicato Nacional de Jornalistas, para dar conta de mais um caso de uma instituição pública que viola por completo o princípio da Liberdade de Imprensa e do direito à Informação. E para também deixar anotada a "agressão" a um jornalista em plena actividade.

Fonte: Canal de Moçambique

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