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VOA News: África

terça-feira, 28 de agosto de 2007

No local destinado às vitimas do Paiol de Malhazine

Membros da Assembleia Municipal exigem terrenos para eles
"Está tudo nas mãos do vereador Silva Magaia. Devemos depositar a nossa confiança nele. Ele saberá dar conta do recado" – defendeu um membro na Assembleia do município da Cidade de Maputo
Os membros da Assembleia Municipal da Cidade de Maputo (AM) estão de há algum tempo a esta parte a pressionar sobremaneira o Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) no sentido deste lhes conceder terrenos para habitação. O local que está a criar enorme cobiça por parte dos membros da (AM) é o bairro de Zimpeto, por sinal até numa zona recentemente parcelada pela edilidade de Eneas Comiche, em coordenação com o Gabinete de Apoio e Reconstrução especialmente criado para atender as vítimas de Paiol de Malhazine (GARE), depois de perderem os seus bens devido às explosões que causaram enormes danos humanos e materiais. Como se sabe muitos populares viram, num abrir e fechar de olhos as suas habitações e outros haveres reduzidos a entulho em consequência do desastre militar no referido paio da capital do país. Pois agora também os membros da assembleia querem aproveitar-se dos terrenos a eles destinados.
Foi durante a apresentação dos pontos prévios naquela que foi a XVIII Sessão da Ordinária da Assembleia Municipal da cidade de Maputo, que alguns membros, tidos como representantes dos munícipes, se revelaram bastante inconformados com a demora do CMCM na concessão de terrenos que segundo eles vem sendo solicitados "já faz muito tempo".
Um destes membros que como se sabe poderão estar para abandonar os Paços do Município com o fim do mandato no próximo ano, chegou mesmo a dizer, num tom bastante sério, que "está tudo nas mãos do vereador Magaia". "Devemos depositar a nossa confiança nele. Ele saberá dar a conta do recado", disse em tom de quem ainda não perdeu a esperança de que uma solução venha aí para satisfazer quem deveria estar para fiscalizar o Município e não se envolver em exigências que tocam as raias da corrupção.
Durante as comemorações do dia da Juventude, que se assinalou no passado dia 12 de Agosto, inúmeros jovens queixaram-se de diversos entraves na concessão de terrenos para a construção das suas habitações. São jovens que votaram nestes mesmos membros da Assembleia Municipal para que supostamente eles melhor defendessem os seus interesses como munícipes. Contudo, o que hoje se verifica é que esses ditos deputados municipais em vez de defenderem os munícipes parece que estão antes mais preocupados em tratar dos seus casos pessoais.
De recordar a propósito e ainda que desde o longínquo ano de 2004 o Conselho Municipal da Cidade de Maputo decidiu oficialmente não fazer concessões de terrenos alegando motivos de vária ordem, designadamente "falta de espaço".
À margem da XVIII Sessão Ordinária o «Canal de Moçambique» contactou o vereador do Ambiente e Urbanização, o engenheiro Silva Magaia. Questionado sobre a alegada atribuição de terrenos àqueles membros da «AM», o nosso interlocutor confirmou a existência de casos e avançou que "a solicitação dos terrenos pelos membros da Assembleia Municipal está a ser devidamente analisada na medida em que não se trata de um pedido novo".
"Alguns destes membros solicitaram a concessão de terrenos no anterior mandato, mas não tiveram uma resposta positiva", disse Magaia ao «Canal de Moçambique». Acrescenta, entretanto: "Estamos a ponderar o pedido". "Iremos abrir uma excepção para eles", garante.
Quando solicitado a comentar a relação que possa existir entre os terrenos do bairro do Zimpeto, destinados às vítimas daquele fatídico dia de Março causado pelas explosões no Paiol de Mahlazine, a fonte disse tratar-se de caso antigo. "É uma solicitação bastante antiga". Eles querem que o CMCM aproveite a oportunidade que surgiu com o parcelamento daquela zona e lhes ofereça os terrenos", revela Magaia avançando de seguida que "nós já recebemos a lista dos membros que solicitaram os terrenos, pelo que assim iremos submete-lo ao CMCM. Este irá fazer a apreciação do caso". Ainda de acordo com a fonte é necessário "esperarmos até que o processo de concessão dos terrenos às vítimas esteja já consolidado". Isto para que "não sucedam situações em que distribuímos terrenos aos membros da AM e depois os mais directos intervenientes fiquem de fora", frisa Magaia. Ver-se-á o que vai acontecer. Só a prática o dirá.
Caso o CMCM avance com esta medida, tal como tudo indica, alguns membros poderão sem muito fazer adquirirem mais um terreno quiçá para construção de uma quinta tal como sucede com outros tantos dirigentes desta dita "Pátria Amada". Questionado sobre que medidas seriam tomadas para evitar que este cenário aconteça, Magaia, sem muita convicção, falou nestes termos: "Nós temos que analisar um conjunto de coisas para que tal não aconteça". Mas a terminar garantiu que está tudo bem encaminhado para que os membros da AM tenham os terrenos.

(Jorge Matavel & Emildo Sambo)
Fonte:Canal de Moçambique

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