"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A propósito da revolta muçulmana

(...) há, neste caso, um grupo de pessoas com interesses inconfessáveis, prisioneiro de pensamentos maniqueistas, que queria servir-se da religião (...), para se vingar do Estado por outras querelas.
Ainda bem que as auto-intituladas sociedades muçulmana, hindú e ismaelita decidiram mudar de posição e não ir adiante com a sua ideia de paralisarem todas as actividades comerciais e sociais. A  tempo, e no limite, prevaleceu a sensatez e evitou-se uma conturbação social indesejável, nesta altura, e facilmente sanável dentro dos mecanismos institucionais existentes.

Imprensa

Angolanos elegem hoje presidente

Eleições gerais em Angola.
A UNITA alertou para irregularidades no processo eleitoral, afirmando ainda que “este é o pior processo de sempre....” no entanto, o partido do “Galo Negro” participou em toda a campanha eleitoral.
Hoje é dia de eleições em Angola. Pouco mais de 9.757.671 eleitores angolanos vão eleger na base do novo modelo em que o candidato que ocupa o primeiro lugar na lista do partido mais votado nas eleições legislativas será, automaticamente, eleito presidente.
Contudo, o dia de ontem foi marcado pela intenção da UNITA, na voz do seu líder e candidato a presidente, Isaías Samakuva, de ver as eleições adiadas, não obstante ter participado da campanha.
O porta-voz do MPLA, entretanto, afastou ontem a possibilidade de adiamento das eleições gerais ainda que Samakuva tenha advertido que não se responsabilizará pelo que vier a acontecer hoje.
A UNITA alertou para irregularidades no processo eleitoral, afirmando ainda que “este é o pior processo de sempre...”. Entretanto, Leonardo Simão, que chefia a equipa de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), avançou ontem que o ambiente vivido é de tranquilidade.
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Cortes de energia deixam a desejar no Ricatla

SR. DIRECTOR!
Agradeço antecipadamente, mais uma vez, a V. Excia por se dignar publicar esta carta na página reservada aos leitores do Jornal de maior circulação no País, onde é digno dirigente. O bairro Ricatla, no distrito de Marracuene, província de Maputo, é onde está instalado o recinto da FACIM, a maior feira multissectorial de produtos nacionais e estrangeiros, cuja cerimónia de abertura oficial foi dirigida pelo Presidente de República Armando Guebuza, na passa segunda-feira.
Maputo, Sexta-Feira, 31 de Agosto de 2012:: Notícias
 

Zambézia: o futuro celeiro de Moçambique

Com mais de 4.4 milhões de habitantes, a província da Zambézia tem potencialmente o segundo maior mercado para a venda de bens e produtos em Moçambique, e está na FACIM 2012 para mostrar as suas potencialidades económicas para o mundo.
Na Zambézia, há condições para o investimento no sector da agricultura, recursos minerais e pescas.
A província da Zambézia é tida como a mais pobre do país, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes ao Inquérito do Orçamento Familiar, mas, na FACIM, a segunda província mais extensa e populosa de Moçambique.
Com mais de 4.4 milhões de habitantes, a província da Zambézia tem, potencialmente, o segundo maior mercado para a venda de bens e produtos em Moçambique, e está na FACIM 2012 para mostrar as suas potencialidades económicas para o mundo.
“Estamos abertos ao investimento e garantimos segurança a todo o investidor”, assegurou o governador da província da Zambézia, Itai Meque, para quem há muito que se pode explorar em termos de investimentos e com garantia de retorno.
Aposta nos cereais para abastecer o país 
Itai Meque revelou que, nos próximos anos, a província de Zambézia deverá transformar-se numa grande referência na produção de cereais (arroz, milho, soja e feijões) com vista a abastecer o mercado nacional. Neste contexto, a província vai aproveitar grande parte dos oito milhões de hectares aráveis e dos regadios existentes.
A ideia da província é abastecer a todas as província do país em cereais, evitando que os grandes volumes de importação a que o país se submete em razão da fraca produção local destes produtos. Com a terra e os regadios que nós temos, há condições para produzir arroz para abastecer o país e até exportar. Mas, para isso, temos que passar de agricultura de subsistência para agricultura industrializada”, disse Itai Meque. 
Na Zambézia, produz-se algodão, tabaco, etc., mas o grande cartão-de-visita da província é o chá que é produzido nos seus vários distritos. Nesta área, duas fábricas serão reactivadas de modo a que a produção do chá volte aos níveis dos anos 70 e 80.  
«O PaísOnline»

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Moçambique com PIB superior à média recomendada pela ONU

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de recomendar ao Executivo moçambicano a realização de esforços suplementares visando criar mais postos de emprego, “porque o país tem condições excelentes para isso e não há razão de ter taxas mais altas de desemprego, enquanto tem um crescimento económico de 8%, contra 5% da ONU”, realçou Asan Diop, director executivo do Departamento de Protecção Social daquele organismo internacional.
“Tenho particular interesse de convidar o Presidente da República, Armando Guebuza, a colocar o emprego no centro das atenções do seu Governo para se combater a pobreza”, sublinhou Diop, falando, esta Segunda-feira (27), em Maputo, durante uma cerimónia que serviu para anúncio da concessão de cerca de oito milhões de dólares americanos ao Governo de Moçambique para a implementação de diversos projectos de geração de emprego.
O valor será investido nas províncias de Nampula, Sofala e Maputo, no quadro da implementação de um amplo programa de criação de mais postos de trabalho, esperando-se que até 2015 venha a ser criado um milhão de novos postos laborais para a camada juvenil, em especial, segundo ainda Diop.
Energia e vontade
Aquele dirigente da OIT destacou a performance da economia moçambicana, sublinhando que Moçambique reúne excelentes condições para atingir os seus objectivos, no que concerne ao combate contra o desemprego e pobreza absoluta por apresentar uma boa estabilidade política, situação que contribui para a atracção de mais investimento externo.
“A taxa moçambicana de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é das melhores a nível mundial, porque está estimada em cerca de 8%, uma taxa que é bem superior à recomendada pela Organização das Nações Unidas de 5%”, realçou o director executivo do Departamento de Protecção Social da OIT, em visita de trabalho a Moçambique.
Respondendo às preocupações de Diop, a ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, disse que o Governo tem vontade de criar mais postos de trabalho, “o que queremos são investimentos para que mais postos de trabalho venham a surgir e para aproveitamento integral dos recursos naturais disponíveis”.
De referir, entretanto, que Moçambique acaba de ser eleito membro do Conselho de Administração da OIT, em representação dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Botswana pretende formar seus oficiais na Academia Samora Machel

Defesa.
O Botswana está a ponderar a possibilidade de formar oficiais das suas forças armadas na Academia Samora Machel, em Nampula, no norte de Moçambique, disse na terça-feira um responsável militar moçambicano. 
De acordo com a Agência Angolana de Informação, Angop, as autoridades militares daquele país “estão muito interessadas em enviar os seus efectivos para frequentarem a Academia Marechal Samora Machel”, disse o vice-chefe do Estado-maior das Forças Armadas moçambicano, Olímpio Camboina, após uma visita àquele país.
“As autoridades tswanas estão apenas à espera da formalização da questão, porque é do seu interesse que seus militares frequentem a Academia Militar Marechal Samora Machel, em Nampula”, acrescentou, citado pelo “Diário de Moçambique”, da Beira.
O militar adiantou que a Academia Samora Machel tem condições para acolher outros alunos oriundos de Estados-membros da SADC. 

Imprensa

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Renamo aprova acções de Araújo e deixa a Frelimo enterrada em Quelimane

Manuel de Araújo
O Conselho Municipal de Quelimane, sob gestão de Manuel de Araújo, eleito em Dezembro do ano passado, já completou seis meses da sua governação. Para o efeito e como mandam as regras, a edilidade remeteu ao órgão deliberativo, neste caso a Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ), o seu relatório de actividades referente ao período em alusão.
Neste relatório do Conselho Municipal, constam acções tais como a limpeza da urbe, recolha de resíduos sólidos, aquisição de semáforos (os problemáticos), tapamento de buracos na zona do cimento (actividade que o governador diz ser da sua autoria), organização da estrutura organizativa do município, neste caso a reabilitação do Posto Administrativo Urbano número 1, plantio de árvores, inicio da construção do muro de vedação do Cemitério da Dona Ana, entre outras actividades.
Estas e outras coisas fazem parte das acções desenvolvidas pela edilidade nos últimos seis meses da sua governação.
Entregue o documento para o respectivo debate e aprovação na AMQ, na sua XVII Sessão Ordinária realizada, última Sexta-feira (24), em Quelimane, eis que mais uma vez, a Frelimo votou contra, sob varias alegações.
Renamo vota a favor e “enterra” Frelimo
Quando se chegou a vez da votação do relatório, uma vez que o mesmo já estava nas mãos dos membros da AMQ, houve apenas pequenos esclarecimentos por parte do edil Manuel de Araújo, mas sem muita profundeza.
Na hora de levantar os boletins de votação na posse dos membros da Assembleia Municipal de Quelimane, eis que só a Renamo deu luz verde votando a favor do relatório do edil de Quelimane.
A Frelimo absteve-se e manteve os seus cartões de voto debaixo dos assentos.
“Votamos para encorajar o edil a trabalhar” - Noé Mavereca
Instando a pronunciar-se sobre o voto a favor que deram ao relatório de actividades da edilidade, Noé Mavereca, não pensou duas vezes, disse de viva voz que a votação a favor que a sua bancada fez ao relatório tem uma única missão, encorajar o edil a desenvolver mais acções para o bem-estar dos munícipes de Quelimane.
Aliás, Mavereca sublinhou que mesmo que uns não queiram aceitar, há muita coisa que está a mudar na cidade de Quelimane, tendo apontado, a limpeza da urbe, tapamento de buracos e entre outras acções que na óptica da sua bancada, só precisam de mais esforço, por isso, o voto a favor tem em vista ajudar na melhoria destas acções.
“Tudo aquilo faz parte do plano deixado por Pio Matos” - Armando Chagunda, chefe da bacncada da Frelimo
Por seu turno, Armando Chagunda, chefe da bancada da Frelimo na AMQ, disse que a sua bancada não votou por achar que as acções que o edil de Quelimane diz ter realizado nos últimos seis meses fazem parte do plano deixado pelo então edil de Quelimane, Pio Matos.
Na óptica de Chagunda, Araújo não tem capacidades suficientes para em seis meses tapar buracos, colocar semáforos e por ai em diante. Isso sim, resulta de um plano da Frelimo que havia sido desenhado, só que não teve a sua execução por causa daquela saída do Pio. Por isso, não vê motivos para votar a favor.
A ser assim?
Ora, com atitudes como estas que a bancada da Frelimo tem vindo a protagonizar, pelos vistos, o enterro está cada vez mais a ser algo visível.
Algumas correntes não compreendem como é que este partido segue esta maneira de agir, sabendo que os seus anseios a curto prazo são de reconquistar a cidade nas mãos da oposição. Mas enquanto as eleições não chegam haverá mais sessões e mais documentos para serem votados. @verdade

Petróleo e gás colocam Moçambique no mercado internacional

As recentes descobertas de petróleo, carvão e de gás natural em Moçambique espevitam o país para uma posição privilegiada no mercado internacional e criam condições favoráveis para sua preferência na economia e nas finanças internacionais.

Os poderes (supremos) do presidente da Frelimo

Decisão do Comité Central abre espaço para o debate.
Armando Guebuza, actual Presidente da República e do partido
A tradição, atestada pelos estatutos da Frelimo, mostra que o poder, na verdade, está no partido, mais do que no Governo. Isto é, o presidente do partido é mais poderoso do que o Presidente da República ou Chefe do Estado.
O Comité Central do Partido Frelimo decidiu, na última sessão, terminada no domingo passado, que Armando Guebuza, actual Presidente da República e do partido, é candidato à sua própria sucessão na liderança do partido governamental. Esta decisão confirma a tese de alguns membros do partido de que “Guebuza é candidato natural” para este cargo, que ocupa desde 2005. Se inicialmente esta ideia era encarada como especulação, agora já é um facto. O debate, há muito iniciado, deverá agora ganhar outros contornos, sobretudo no que se refere ao futuro do poder a nível do partido e do Presidência da República, caso o presidente seja proveniente da Frelimo. É que, a partir de 2014, caso o seu candidato ganhe eleições, a Frelimo passará a ter dois centros de poder: A presidência do partido, nas mãos de Armando Guebuza, e a da República, com uma outra figura. Quebrar-se-á, desta forma, a tradição do partido, alegada para afastar Joaquim Chissano da liderança máxima do partido, em 2005, de o presidente do partido ser, simultaneamente, Presidente da República.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Frelimo chumba desempenho de Arão Nancale

  Incompetência na gestão municipal na cidade da Matola  

- Edil nega que tal tenha acontecido

O partido Frelimo reuniu-se no passado mês de Julho, na cidade da Matola, com os presidentes dos Conselhos Municipais da região sul do país, todos membros do mesmo partido, para avaliar o seu desempenho, soube o Canalmoz de fontes que participaram do encontro. Na reunião, o desempenho do edil da Matola, Arão Nhancale foi desclassificado pelos camaradas, coincidindo assim com a avaliação negativa que a maioria dos munícipes da Matola faz à equipa do edil tenista.
“Na reunião, o nosso irmão Nhacale esteve mal, porque lhe mandaram sentar. Foi severamente criticado e disseram que ele não fez nada no município que possa merecer uma avaliação” disse a nossa fonte.
No encontro, dois municípios da província de Maputo, nomeadamente o da Namaacha e Manhiça, mereceram nota positiva do partido e no caso da Manhiça. Arão Nhancale, encontra-se mergulhado num mar de problemas naquele município, desde a questões de saneamento, estradas e sobretudo na gestão de conflitos de terras.

Nhancale nega avaliação negativa

Contactado pelo Canalmoz, Arão Nhancale disse que não ter conhecimento desse facto.
“Eu não tenho conhecimento disso. Vai ter com a pessoa que lhe disse. Vai procurar dele para te explicar melhor. Eu não tenho esse conhecimento” afirmou o presidente do Conselho Municipal da Cidade da Matola.
Visivelmente irritado com as questões, ele acrescentou dizendo que “o nosso desempenho o que eu saiba é bastante positivo, e estamos em mais de 70 por cento do cumprimento do nosso manifesto eleitoral”.
“Portanto isto ai, vai procurar a que te disse, para melhor te mostrar o documento. Se não há documento pergunta a pessoa que te disse para te explicar melhor” concluiu Arão Nhancale. (Bernardo Álvaro)

Simião Ponguane já não é director de Informação da TVM

Maputo (Canalmoz) – Os mecanismos de controlo sobre a TVM continuam e a ideia é afastar tudo e todos que representem perigo. O Conselho de Administração da Televisão de Moçambique (TVM), a televisão pública nacional, afastou esta segunda-feira Simião Ponguane do cargo de director de Informação daquela estação televisiva. Simião Ponguane confirmou ao Canalmoz o seu afastamento da direcção de Informação da TVM que remeteu qualquer explicação para o Presidente do Conselho de Administração (PCA), Armindo Chavana. Para o lugar de Ponguane, foi indicado Augusto Levy,  ex-apresentador do extinto e popular programa “Pela Lei e Ordem”, que até então exercia funções de delegado da TVM em Nampula.
Ponguane, tido como uma das pessoas que se batia por um verdadeiro serviço público de televisão, já era visto como incómodo. Foi exonerado das funções de director de Informação e foi nomeado como “assessor editorial do Conselho de Administração”, um burocrático cargo que foi inventado à última hora, exactamente para tirar do caminho um dos mais reputados jornalistas da TVM. Até porque o cargo para o qual foi nomeado não é executivo. “É um cargo para Ponguane não fazer mais nada e ficar sentado”, disse uma fonte da chefia da redacção da TVM em sinal de desabafo.
Entretanto, o Presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo Chavana, disse ao Canalmoz que Ponguane cessou funções como director de Informação para reforçar a cadeia de comando face aos desafios de crescimento da TVM. Chavana disse que a medida visa responder aos desafios de crescimento que surgiram com a introdução do Canal dois, a abertura das delegações distritais e a introdução de outras grelhas de programação. “Por causa dos desafios de crescimento decidimos acrescentar no quadro de direcção, a figura do Assessor Editorial do Conselho de Administração com funções não executivas”, disse o PCA da TVM. (Matias Guente)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Guebuza confirmado único candidato à sua sucessão no partido

 Apenas na presidência da Frelimo  

Maputo (Canalmoz) – No encerramento da VII Sessão Ordinária do Comité Central do Partido Frelimo, na noite de ontem na Matola, o secretário-geral do partido confirmou o que há muito tinha anunciado: Guebuza será o único candidato à sua própria sucessão na presidência do partido Frelimo.
Filipe Paúnde disse que pelo desempenho positivo que Guebuza teve à frente do partido, não havia outra alternativa que não fosse a sua recandidatura. Segundo Paúnde, a candidatura de Guebuza foi proposta pelo Comité Central e aceite por unanimidade pelo Comité Central e pelo própria candidato.
Não houve outro concorrente. No congresso a ter lugar entre 23 e 28 de Setembro deste ano, em Pemba, Guebuza será confirmado como único candidato à sua própria sucessão na presidência do partido.
Armando Guebuza, presidente da Frelimo vinha insistindo na “renovação na continuidade” – uma Máxixa de Marelo Caetano – o último português a governar Portugal – defendendo ser um mecanismo de geração de novas estratégias para enfrentar com sucesso, os desafios da actualidade.
«O principio de renovação na continuidade é a formula perfeita para combinar duas oportunidades no processo de desenvolvimento: o de injecção de sangue novo aliado a experiência e maturidade» referiu o presidente Frelimo, agora aprovado como candidato único à sua própria sucessão.
«O princípio de constante renovação na continuidade, permite que experiências geradas no passado sejam valorizadas, criando as condições em que todos ganhamos o sentido do que somos e podemos ser, a partir do que fomos, do fizemos e do que queremos fazer» insistiu Guebuza, dando a entender a sua intenção de querer se manter na liderança, através do partido, ainda que abdique da Presidência da Repúbliva
O plano de Guebuza para o futuro
Ao garantir a continuidade na presidência do partido Frelimo, Armando Guebuza espera continuar a controlar o poder estatal mesmo sem estar na presidência da República. O plano do actual chefe do Estado é pôr Aires Ali a concorrer à a presidência da República como candidato da Frelimo. Na eventualidade de ser eleito Aires Ali, Guebuza irá, então telecomanda-lo através da presidência do partido.
Segundo os estatutos da Frelimo, o presidente do partido Frelimo é que dirige a comissão política, enquanto o presidente da república, se for deste partido, é membro simples deste órgão, sem direito a voto. Porque todas as decisões de governação da Frelimo partem da comissão política, assim estarão criadas as condições para a subordinação do Presidente da República ao presidente do partido Frelimo.
Assim, a se confirmar o plano de Guebuza, ele irá continuar a presidir o partido Frelimo e por inerência a Comissão Política, enquanto Aires Ali irá presidir a República e sendo subordinado de Guebuza na comissão política. Este é o plano que foi cimentado com a confirmação da candidatura exclusiva de Guebuza à sua própria sucessão na presidência do partido.
Oposição interna
Este plano de Guebuza não colhe consenso dentro do partido. Há altos quadros partidários inconformado em ver Guebuza a se manter no poder. Por isso sabe-se que prepara-se oposição a Aires Ali, como candidato preferido pelo Chefe do Estado. E caso seja eleito outro candidato da ala contrária a da Guebuza, o chefe do Estado não irá obedecer as instruções de Guebuza. Mas também o chefe do Estado a sair das eleições presidenciais de 2014, pode ser doutro partido que não seja Frelimo. (Bernardo Álvaro e Borges Nhamirre)

Só o chefe do Estado conseguiu conter revolta dos muçulmanos

 Anulada paralisação da actividade comercial  

“Fomos recebidos hoje (ontem) pelo Chefe do Estado que prometeu se empenhar acima do normal no combate à criminalidade”, Ahmand Camal explicando ao Canalmoz porque a comunidade Muçulmana desistiu da desobediência civil

- No próximo sábado os Muçulmanos irão marchar até ao Gabinete do Primeiro Ministro

Maputo (Canalmoz) – Já não haverá paralisação das actividades comerciais e industriais a partir de amanhã, como medida promovida pelos Muçulmanos, Hindus e Ismaelita em protesto contra a alegada inacção das autoridades governamentais no combate aos raptos no País. Foi preciso a intervenção do Presidente da República, Armando Guebuza, para conter a revolta dos Muçulmanos.
Reunidos na noite de ontem em Maputo, o grupo que anunciara medidas de desobediência civil dentre as quais o encerramento do comércio, a partir de hoje até a próxima quarta-feira, disse que já não vai avançar com estas medidas.
Lembre-se que este grupo havia reunido na sexta-feira com o Ministro do Interior, Alberto Mondlane, para discutir precisamente a questão dos raptos, mas não ficou satisfeito. Queria o topo da direcção da Administração Pública a dialogar com eles: o chefe do Estado,que teve que ceder.
O empresário Ahmad Camal foi o porta-voz do grupo que ele denominou “movimento islâmico”. Disse que na reunião da noite de ontem “decidimos que devíamos suspender as manifestações amanhã”.
Perguntamos porque razão houve recuo e Ahmad Camal explicou que foi devido à intervenção do chefe do Estado, Armando Guebuza.
“Na sequência das várias reuniões que tivemos com o Governo, hoje (ontem) fomos recebidos pelo Chefe do Estado, donde saiu um acordo e compromisso de que nós deveríamos suspender a greve. O chefe do estado iria se empenhar acima do normal no combate ao crime”, disse Ahmad Camal ao Canalmoz em contacto telefónico devidamente gravado.

Camal nega divisão no seio dos muçulmanos

Muitos representantes de membros das diversas comunidades Muçulmanas no país têm se distanciado da intenção da paralisação das actividades comerciais como pressão e protesto ao Governo, sendo isso interpretado como divisão no seio da comunidade. Questionado a respeito disso,  Ahmad Camal negou que haja tal desentendimento e disse que até os não muçulmanos apoiam a manifestação.
“Não é verdade. Há consenso. Tínhamos até consenso das massas, de norte a sul e centro do pais. É inequívoco que somos representantes de todos os muçulmanos”, disse Camal negando discordância nio seio do grupo.

Manifestação pacífica no dia 01 de Setembro

Apesar da reunião com Guebuza, os muçulmanos prometem marchar no próximo sábado, dia 01 de Setembro, até ao Gabinete do Primeiro Ministro, onde segundo disse o nosso interlocutor, irão entregar “um manifesto sobre as preocupações da comunidade Muçulmana” ao PM Aires Ali, que por coincidência é Muçulmano.

As medidas anunciadas, ora suspensas

“Entre as medidas discutidas esta manha e que serão objecto de melhor análise na reunião da tarde, foram propostas (i) manifestações pacíficas na cidade de Maputo e em todo país, (ii) Passeata em direcção ao Ministério de Interior, (iii) encerramento de todos estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços em TODO o país durante 03 (três) dias, (iv) eventualmente promoção de uma campanha de desobediência Fiscal e, em última instância, (v) caso o assunto não seja resolvido de imediato, orientação de voto de nas próximas eleições autárquicas e presidenciais”, lê-se no comunicado que fora publicado na sexta-feira passada. (Borges Nhamirre)

Bispos Catolicos dizem que a paz e democracia estão em perigo

 Devido ao autoritarismo de certos partidos politicos  

Maputo (Canalmoz) -  Os bispos Catolicos de Mocambique dizem que os partidos politicos mocambicanos sao autoritarios e que por via disso afirmam que a paz e a democracia estao em perido.
Segundo a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) ocorrem “práticas autoritárias” nos partidos moçambicanos devido à “intolerância” entre as duas principais formações políticas, Frelimo e Renamo.
Em Nota Pastoral emitida semana passada e dirigia “às Comunidades Cristãs e aos Homens e Mulheres de Boa Vontade”, a CEM alerta ainda para o risco de os recursos naturais que estão a ser descobertos no país se tornarem num pesadelo.
Segundo os bispos, o País vive o paradoxo de ter partidos que se declaram democráticos, mas que pautam pelo autoritarismo na sua vida interna.
“Não estaremos nós diante de um paradoxo de partidos que retoricamente se declaram defensores da democracia, mas efectivamente, na sua práxis interna e habitual, são autoritários?”, questiona o prelado católico moçambicano.
Para a CEM, a dinâmica dos partidos políticos moçambicanos, ou “uma boa parte deles”, é imposta pelas lideranças, em detrimento do livre pensamento da maioria dos membros.
“Não terão muitos membros dos partidos políticos medo de expressar a própria opinião, quando difere da elite dirigente? Serão consistentes e sustentáveis uma democracia e uma convivência pacífica assentes no medo de pensar diferente e expor publicamente o próprio pensamento?”, indagam os bispos católicos moçambicanos.
A CEM refere-se igualmente ao 20.º aniversário do Acordo Geral de Paz, que se assinala no próximo dia 04 de outubro, chamando a atenção para o facto de a intolerância entre a Frelimo, partido no poder, e a Renamo, principal partido da oposição, constituírem uma ameaça à paz.
“Sempre no desejo de contribuir para uma maior reflexão sobre a nossa convivência nestes 20 anos, após o Acordo Geral de Paz, podemos continuar a perguntar se não estarão ameaçadas a democracia e a paz”, lê-se na Nota Pastoral.

Recuros naturais podem virar pesadelo

Os bispos moçambicanos lançam também um olhar sobre a vaga de descobertas de recursos minerais em Moçambique e manifestam-se preocupados com o risco de essa riqueza poder converter-se em “pesadelo”.
“Se vierem a faltar a sabedoria, a prudência e políticas justas e clarividentes na sua exploração, os recursos naturais podem tornar-se em pesadelo”, chamam a atencao os bispos. (Bernardo Alvaro)

Polícia sul-africana investiga acidente de aviação de Mbuzini

África do Sul  

(Nelspruit) – As novas investigações sobre o acidente de Mbuzini, prometidas pelo chefe de Estado sul-aficano, Jacob Zuma, durante uma visita efectuada a Moçambique de 13-14 de Dezembro de 2011, estão a cargo da Direcção para a Investigação Prioritária do Crime (DPCI), soube o Canalmoz de fonte segura em Nelspruit. Também conhecida por «Falcões» (ou Hawks), a DPCI tem vindo a entrevistar entidades moçambicanas, sul-africanas e suázis ligadas ao sector da aeronáutica, entre outras. A unidade policial, «Falcões», é chefiada por Anwa Dramat, antigo combatente na clandestinidade do Umkhonto weSizwe, braço armado do ANC.
Prevê-se que os investigadores da unidade Falcões interroguem membros da Comissão de Inquérito nomeada pelo governo moçambicano na sequência do desastre de Mbuzini, em particular o Major-General Jacinto Veloso.
A nossa fonte referiu que o Maj. Gen. Veloso ʺé certamente uma das figuras na lista dos Falcões, em virtude das revelações que fez num livroʺ recentemente editado na África do Sul pela Zebra Press (Memories at Low Altitude). no livro, Veloso dá conta de que a União Soviética impediu que investigadores da Comissão de Inquérito moçambicana entrevistassem um dos tripulantes do Tupolev presidencial que havia sobrevivido ao acidente de Mbuzini e que se encontrava na altura hospitalizado em Maputo. O autor de «Memories at Low Altitude» refere que a Embaixada da URSS na capital moçambicana  legou que o estado de saúde do tripulante, Vladimir Novoselov, não permitia que ele fosse interrogado a respeito do acidente, mas dias depois a missão diplomática soviética no nosso país tratou de evacuá-lo para Moscovo, sem disso ter notificado a Comissão de Inquérito moçambicana. A saída de Novoselov para Moscovo processou-se, porém, com o conhecimento do governo moçambicano.
Peritos sul-africanos e moçambicanos, que permaneceram na União Soviética entre Novembro e Dezembro de 1986 no âmbito das investigações sobre o acidente de Mbuzini, apresentaram um pedido formal à Comissão de Inquérito soviética para uma entrevista com Vladimir Novoselov, que havia partido de Maputo para Moscovo a 5 de Novembro, acompanhado da esposa, Nadja Novoselov. A Comissão de Inquérito soviética, presidida por Ivan Donstov, não satisfez o pedido, alegando a ʺinexistência de meios de transporte para uma viagem a Leninegradoʺ, cidade onde Novoselov residia. (Redacção)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Guebuza insiste na “renovação na continuidade”

 Durante a abertura da VII sessão do CC  

…fala de um Moçambique que quase entrou em colapso, se não fosse a sorte de ter sido e estar a ser dirigido por “uma Frelimo reinventada”

Maputo (Canalmoz) – Arrancou omtem, quinta-feira, na Escola Central do Partido Frelimo, na Matola, a VII sessão ordinária daquela formação política. Deverá decorre até ao próximo domingo, dia 26 de Agosto corrente.
A reunião começou com um equívoco: o hino da Frelimo revolucionária que já não tem nada a ver com a Frelimo actual. É que o hino diz que com a Frelimo “o socialismo triunfará”, enquanto os actuais dirigentes da Frelimo são o exemplo do capitalismo selvagem e anti-ético, onde o Estado é usado para fins empresariais em benefício próprio, e ser dirigente passou a ser sinónimo de ser empresário.

Colapso não fosse a Frelimo

O presidente do partido Frelimo que é simultaneamente presidente da República, Armando Guebuza, foi quem procedeu à abertura da sessão. No seu discurso disse que Moçambique entraria em colapso depois da independência, “não fosse a sorte de ser dirigido pela Frelimo que se reinventou para superar esse desafio”.
“Aí tivemos que começar de zero e a vida económica e social em Moçambique só não entrou em colapso porque a nossa pátria amada tem a sorte de ser dirigida pela Frelimo que se reinventou para superar esse desafio”, afirmou Armando Guebuza em alusão ao período logo após a independência.

Renovação na continuidade

Num outro desenvolvimento, o presidente da Frelimo insistiu na “renovação na continuidade” defendendo ser um mecanismo de geração de novas estratégias para enfrentar, com sucesso, os desafios da actualidade.
Segundo Armando Guebuza, um dos princípios fundamentais que deve orientar o funcionamento da Frelimo, deve ser o compromisso com o princípio de que a constituição dos órgãos deve ser o de “constante renovação na continuidade”.
Guebuza disse ainda que este princípio representa o renascimento contínuo do “nosso pensamento  e a reinvenção da Frelimo para enfrentar os desafios de cada etapa”.
“O princípio de renovação na continuidade é a fórmula perfeita para combinar duas oportunidades no processo de desenvolvimento: o de injecção de um sangue novo aliado a experiência e maturidade”, referiu o presidente da Frelimo e “candidato natural” à sua própria sucessão no partido apesar de haver fortes correntes internas que não concordam que ele sucede a si mesmo na direcção do partido já que não pode continuar a candidatar-se a presidente da República por força da Constituição da República.
Guebuza justificou que “colocar a questão nestes termos” em que colocou “significa que há aqui ruptura com o passado, porque é justamente a presença do passado que garante a continuidade no presente”.
“É neste processo que se realiza a passagem do testemunho, porque ele não se realizaria com sucesso rompendo com o passado ou vilipendiando os que construíram esse passado, um passado que nutre o presente”, disse o também o presidente do Partido Frelimo na sessão do comité central em curso.
Ele concluiu dizendo que “os membros que fazem parte da continuidade assumem a missão de transmitir a nossa história de muitas vitórias, honras e glórias”.
“O princípio de constante renovação na continuidade permite que experiências geradas no passado sejam valorizadas, criando condições em que todos ganhamos o sentido do que somos e podemos ser a partir do que fomos, do que fizemos e do que queremos fazer”, insistiu Guebuza, dando a entender a sua intenção de querer se manter na liderança do partido.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Concorrentes de Guebuza à presidência da Frelimo continuam sem se revelar

 À presidência da Frelimo  

Tem hoje início a última sessão do Comité Central da Frelimo a ser dirigida pelo actual elenco presidido por Guebuza. A próxima sessão será depois do X Congresso e com nova direcção

Maputo (Canalmoz) – O Comité Central do partido Frelimo reúne-se a partir de hoje, quinta-feira, dia 23 de Agosto, até ao próximo domingo dia 26, na cidade da Matola, capital da província de Maputo, na sua VII sessão ordinária no âmbito da preparação do X Congresso a ter lugar de 23 a 28 do próximo mês de Setembro, na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, que faz fronteira com a Tanzania. O tema da sucessão na presidência do partido continua a ser o topo da agenda para a opinião pública que quer saber quem irá enfrentar “o todo poderoso” Armando Guebuza. Tudo indica que há concorrentes ao “candidato natural”, mas eles continuam sem se revelar, pelo menos publicamente.
O secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda e porta-voz da Frelimo, o deputado Edson Macuácua, convocou na manhã de ontem uma Conferência de Imprensa para dizer que a referida sessão ordinária que será dirigida pelo presidente daquela formação política, Armando Guebuza, vai ser a última do mandato da actual direcção do partido.
Edson Macuácua anunciou que “esta sessão é fundamental para preparar o X Congresso”. Acrescentou que da agenda desta VII sessão ordinária do Comité Central, que vai ter lugar na Escola do Partido Frelimo, se centrará na discussão e aprovação da proposta da agenda do X Congresso.
“Isso significa que esperamos a partir desta VII sessão, termos aprovada a proposta concreta dos pontos que vão corporizar a proposta da agenda para o décimo congresso”, disse o porta-voz do partido Frelimo.
Ainda de acordo com Macuácua, nesta sessão o CC vai debruçar-se sobre a proposta de relatório do Comité Central ao X Congresso, que constitui o documento que faz a radiografia da situação actual do País e o balanço das conquistas e realizações do partido Frelimo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Quem são os donos?


Partidos políticos importam viaturas de luxo para terceiros.
Mais uma frota de viaturas de luxo foi apreendida pelas Alfândegas de Moçambique. E a marca Range Rover continua a liderar a lista das viaturas preferidas pelos partidos políticos, num negócio que promete ainda desvendar muitos esquemas.
A campanha das Alfândegas de Moçambique contra o negócio de importação  de viaturas de luxo, sob pretexto de pertencerem a partidos políticos, continua e com novas apreensões. E a marca Range Rover continua a liderar a lista das viaturas preferidas pelos partidos, aliás, pelos “patrões” dos partidos, que em nome destes mandam importar viaturas para gozar de isenção aduaneira.

Manuel de Araújo trata Itai Meque de ‘Hóspede’

O governador da Zambézia, Itai Meque e o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, que no passado se desentenderam, mesmo antes da eleição autárquica de Dezembro, acabaram por protagonizar uma nova fricção, que resvalou para pronunciamentos do cunho tribal.
As celebrações do 70º aniversário da elevação de Quelimane à categoria de cidade, assim, acabaram por ter essa nódoa, aparentemente em conexão com a reivindicação de protagonismo político, segundo escreve o Diário de Moçambique, na sua edição de hoje.
O jornal, que se publica na cidade da Beira, refere que de Araújo até teve que se socorrer da sua língua materna, “chuabo”, para dar ênfase às suas expressões que, de simples disputas políticas, ganharam contornos tribais.

O jovem edil terá afirmado que “Queremos avisar aos hóspedes para que sejam educados, porque um hóspede, quando é servido água, depois de beber, não pode abusar o seu hospitaleiro”. Palavras citadas pelo jornal e que terão sido proferidas em língua local chuabo e em português.
“A nós não intimida porque realmente a terra é nossa, há muito tempo pisavam-nos, agora que a cidade é nossa, não permitimos que hóspedes venham fustigar a nossa cultura e abusar-nos”.

Imprensa - Capa de jornal

Sociedade civil procura alternativas viáveis de protecção social básica em Moçambique


Maputo (Canalmoz) - A criação de um fundo de pensões é uma alternativa viável para o financiamento autónomo e regular da Protecção Social Básica em Moçambique, defendeu ontem em Maputo o director de Investigação do Instituto dos Estudos Económicos e Sociais (IESE), António Francisco.
O professor António Francisco defende que iniciativas de género estão a funcionar convenientemente em países como Chile e Cuba e, no seu entender, em Moçambique o fundo de pensões é possível funcionar desde que haja uma abertura por parte do Estado em criar-se mecanismo para que tal exista.
O académico e investigador falava durante o encontro da Plataforma da Sociedade Civil Moçambicana para Protecção Social (PSM-PS). Explicou a certa altura que a iniciativa deve partir da sociedade civil, tendo em conta que o sistema actual de protecção social é falido.
“O Estado deve concertar-se nos seus deveres e direitos e deixar a sociedade civil fazer o que lhe compete”, apontou o economista, tendo criticado o Governo do dia pela gestão desregulada das contribuições por parte das pessoas colectivas e singulares ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Moçambique é o terceiro destino de investimentos em África

  Depois de Angola e Zâmbia  

Maputo (Canalmoz) – Segundo aponta um estudo do First National Bank (FNB), Moçambique é o terceiro país africano que mais investimento estrangeiro recebe, sendo apenas ultrapassado por Angola (1º) e Zâmbia.
Os dados do ¬FNB analisam um total de 18 países de África Subsahariana. Foram apresentados em Maputo na noite da quinta-feira última, num evento realizado anualmente pelo banco sul-africano com representação em Moçambique, denominado “Economic Briefing”.
O FNB justifica que Moçambique conseguiu esta posição graças a boas marcas de robustez das contas externas, uma boa consolidação fiscal, associada a uma relativa estabilidade do sistema financeiro e a redução da inflação.
Porém, os recursos naturais ainda se assumem como uma componente chave do crescimento da economia, facto que poderá influenciar ainda mais no crescimento acelerado do investimento estrangeiro no país, na leitura deste banco.
Segundo Lucas Chachine, administrador do FNB, as constatações que o banco apresentou resultam de um trabalho que a sua instituição fez exactamente para apurar qual é o crescimento da economia Subsahariana, e a moçambicana em particular.
Para Lucas Chachine, Moçambique tem registado uma grande evolução nas questões essenciais da macro economia.
Para este administrador do First Nacional Bank, o ranking apresentado pela sua corporação significa que o país tem melhorado significativamente os parâmetros como a inflação, e controlo cambial. Segundo Chachine, estes dois pontos vêm a favorecer a posição de Moçambique entre os países que são mais propícios a investimentos a nível da África Subsahariana, na medida em que ninguém apostaria se estes pontos não fossem salutares. “Ninguém arriscaria em investir num país onde a inflação é aguda, ou que a relação cambial não é propícia para investimentos”, declarou. (António Frades)

Polícia ordena prisão de delegado político da Renamo

Situação política conturbada em Angoche  

Nampula (Canalmoz) – Na noite de ontem, quando estava prestes a fechar esta edição do Canalmoz, chegou-nos notícia da detenção do delegado político da Renamo, no distrito de Angoche, província de Nampula.
Segundo apurou o Canalmoz de diversas fontes, a detenção foi ordenada pelo comandante da PRM no distrito.
O membro da Renamo é acusado de ter agredido fisicamente o secretário do Partido Frelimo na localidade de Sangage, António Wachapo.
A informação sobre este caso ainda é escassa, mas o certo é que o delegado da Renamo está detido e o partido liderado por Afonso Dhlakama acusa a policia de ter feito uma detenção política.
A Renamo exige a libertação imediata do detido e ameaça recorrer à força para retirar o seu membro dos calabouços. (Aunício da Silva, em Nampula)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Servilismo

"Falo-te da outra reunião, paralela à Cimeira: a reunião das primeiras damas da região"

MARCO DO CORREIO, por Machado da Graça
Meu caro Aníbal
Espero que estejas de saúde. Do meu lado está tudo bem, felizmente.
Mas com certa curiosidade em saber como vai decorrer uma das reuniões marcadas para hoje em Maputo.
Não, não estou a falar da Cimeira da SADC. Essa já se sabe, mais ou menos, como vai decorrer.
Falo-te da outra reunião, paralela à Cimeira: a reunião das primeiras damas da região.

E a minha curiosidade vem do facto de a nossa região ser fértil em primeiras damas. Imagina que, só na Suazilândia, o rei Mswati III é casado com 12 ou 13 esposas, já lhe perdi a conta. Se vierem todas à reunião podes imaginar a cena.
Mas esse tipo de problema não é só da Suazi­lândia.
Como te recordarás, o nosso outro vizinho, o Presidente Jacob Zuma, da África do Sul, também é casado com quatro esposas. As más línguas dizem que ele ainda tem mais umas namoradas, por fora, mas essas não contam. Ficamos só com as oficiais, casadas de papel passado.
Estás a ver que só dois países já nos brindam com quase duas dezenas de primeiras damas. Uma inflação.
Mas as dificuldades não ficam por aqui.
Temos também o caso do Malaui. Eu não sei se a Presidente Joyce Banda é casada. Mas, caso seja, o Malaui não será representado, nesse encontro, por uma primeira dama mas sim por um primeiro cavalheiro.
Não tens pena dele, sozinho no meio daquele mulherio todo? Eu tenho. Repara quando chegar o momento dos intervalos das sessões de trabalho, quando as primeiras damas aproveitam para mos­trar, umas às outras, os crochets que andam a fazer ou a última moda de penteados, como se sentirá o pobre coitado?
E esperemos que as coisas não dêem para o torto e não tenhamos a Primeira Dama da Tanzânia a arranhá-lo e a tentar arrancar-lhe os cabelos, rei­vindicando o direito a tomar banho nas praias do lado tanzaniano do Lago Niassa.
A ver vamos.
Um abraço para ti do
Machado da Graça
CORREIO DA MANHÃ – 17.08.2012

Cartas ao Presidente da República (26)

LEVIATÃ
Por Laurindos Macuácua
Esta sexta-feira, Presidente, nem consigo raciocinar melhor. Escrevo-lhe desolado. Sinto um frio interior e as pernas bambas. O meu estômago está às voltas. Tenho náuseas em abundância na minha boca famélica. Está assustado, excelência? Deixa passar. Já estou acostumado. Fazer o quê?! O povo não sente dores. Não é isso que se diz por ai?
Sabe, Presidente: eu vivo longe. Lá mesmo nos arrabaldes. Para ver o “chapa” é difícil. Só aqueles mesmo de caixa-aberta.
Aqueles apropriados para transportar gado prestes a abater. Empurramo-nos. Gritamos uns aos outros. Mas acabamos chegando ao nosso destino. Pode ser com roupa amarfanhada, rasgada, suja. Mas chegamos. Nem imagino o verão que se avizinha. É só catinga no “chapa”. Chiça! Vida de pobre é pobreza absoluta. Nem apanha nada dos sete milhões para desenvolver a sua família. Primeiro tem que comer não é, para depois ter planos!?
Sabe, Presidente, que não tenho plano nenhum para o salário deste mês? O que havia pensado se esfumou. Havia pensado em comprar dois quilos de peixe, um frango, um pouco de arroz e alguma bebida- dessas de Tentação mesmo para alegrar os convidados. É que no fim-de-mês terei uma visita familiar. Vem ver o meu primeiro filho que acaba de nascer. Recém-nascido tem que ser, primeiro, visitado pela família para lhe dar sorte. Mas, como dizia, tudo se esfumou.
É que, o TPM que, de quando em vez nos transporta para a cidade, não veio à minha zona esta semana. Consequência: faltei alguns dias e outros atrasei. O patrão não quis nem saber. Sentenciou: cortar o salário. Se já é magro, afinal, vai cortar o quê?
Dizem que o TPM não veio por falta de gás natural. Ouvi do meu vizinho que estudou muito e tem televisor lá em casa e energia eléctrica. Eu ainda continuo com aquele meu xiphefo. Às vezes tenho velas. Mas fazer o quê. Estou acostumado. A família também.
Diga-me uma coisa, Presidente: afinal como é que vocês dirigem a nação? Basta faltar gás não há transporte? Para que serve o gás nos autocarros? É que o carro do vizinho, apesar de ser um pouco podre, ainda anda e ele nem se preocupa com gás.
Bom, vou parar aqui. Não posso abusar do seu tempo excelência. É mau exemplo. O que vai dizer o meu chefe de quarteirão quando souber que ando a lhe incomodar? Escapou uma coisa, excelência. Desculpa. Lá na escola onde estudam as crianças dos meus vizinhos estão a cobrar aos pais e encarregados de educação 150 meticais por aluno. Dizem que é para a construção de casas de banho. A população diz que não tem dinheiro. Não será para esse X Congresso da Frelimo de que tanto se fala? Adeus.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 17.08.2012

Sociedade civil exige despartidarização e transparência da CNE e do STAE

Além do controlo na gestão dos cadernos eleitorais.
A sociedade civil defende a necessidade de se despartidarizar a Comissão Nacional de Eleições (CNE), além da criação da transparência no Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e do controlo e gestão dos cadernos eleitorais.
“A sociedade civil entende que, de facto, a Comissão Nacional de Eleições deve prosseguir com a sua despartidarização e que a sociedade civil deve ter maior protagonismo nessa questão. Em relação ao STAE, a questão consiste na necessidade de haver mais transparência em termos de contratação de técnicos e dos membros das mesas para, por um lado, evitar problemas de fraco domínio dos actos e procedimentos eleitorais na mesa de voto e, por outro, esses membros das mesas de voto devem também ter um cunho menos partidarizado”, disse Guilherme Nbilana, porta-voz do encontro.
Nbilana acrescentou ainda que os partidos políticos queixam-se da falta do acesso às cópias dos cadernos eleitorais e, como tal, a ideia é que deve haver um maior controlo na gestão dos cadernos eleitorais, deixando-os à disposição dos partidos políticos.
As dificuldades na designação dos membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) vindos da sociedade civil, a falta de actualização do recenseamento eleitoral com a devida antecedência, a ausência de financiamento das Eleições Autárquicas e a dificuldade de exercício do direito a voto pelos observadores nacionais constituem parte dos problemas identificados na legislação eleitoral.
«O País»

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Guebuza reconhece fracasso do seu Governo

Em relatório divulgado ontem em Maputo  

São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas…

Maputo (Canalmoz) - O presidente da República, Armando Guebuza, reconhece haver graves problemas na governação do país.
O reconhecimento do fracasso das políticas do Governo está expresso no “Relatório do Balanço da Terceira Edição da Presidência Aberta e Inclusiva”, divulgado ontem em Maputo pela ministra da Administração Estatal, Carmelita Namaschilua.
Neste documento, o chefe de Estado que é simultaneamente chefe do Governo onde é coadjuvado por Aires Ali, primeiro-ministro, diz ter constatado fragilidades gritantes da sua governação.
São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas, exiguidade de unidades sanitárias sobretudo nas zonas fronteiriças, onde a população é obrigada a se deslocar para os países vizinhos para poder ter acesso aos cuidados médicos, até à deterioração de produtos agrícolas nas mãos dos produtores, devido, primeiro, à intransitabilidade das vias de acesso para o escoamento das mesmas, das zonas de produção para as zonas de consumo, segundo, devido à falta de um sistema eficaz no país para a comercialização da produção agrícola.

Imprensa - Capa de jornal

Luís Mondlane deve suspender o exercício da magistratura

O Centro de Integridade Pública considera que o Juiz Conselheiro Luís Mondlane, antigo Presidente do Conselho Constitucional, cargo ao qual renunciou após denúncias de gestão danosa apresentadas pela Imprensa, deve suspender imediatamente o exercício da magistratura.
É que, após ter-lhe instaurado um processo de inquérito pelo Conselho Constitucional, ficou concluído que as acusações que foram levantadas contra ele eram procedentes e configuravam ilícito criminal passível de investigação/instrução do respectivo processo pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tendo em conta que ele exerce as funções de Juiz Conselheiro no Tribunal Supremo, que é o mais alto órgão na hierarquia dos tribunais judiciais em Moçambique.
O resultado do inquérito indicava a existência de indícios que deviam ser averiguados a fundo pela instância competente, neste caso a PGR, uma vez que o Conselho Constitucional investigou apenas os actos de gestão danosa para verificar se as suspeitas eram de natureza criminal ou se se estava perante actos de improbidade administrativa passíveis de tratamento ao nível do Tribunal Administrativo, cuja função é velar pela conformidade da gestão das contas públicas com o plasmado na lei.

“Solicitamos ao Governo que esclareça a sua interpretação da laicidade do Estado”

“Islâmicos” indignados com comunicados do MINED. Na carta, o Movimento Islâmico de Moçambique refere que “não faz sentido que o Governo, através do Ministério da Educação, não saiba interpretar artigos da constituição tão básicos”...
Comunicados do MINED preocupam o Movimento Islâmico
O Movimento Islâmico de Moçambique emitiu uma carta-reacção aos contraditórios comunicados do Ministério da Educação, na qual se mostra indignado com a forma como o Governo interpreta a Constituição da República.
Na carta, o Movimento Islâmico de Moçambique refere que “não faz sentido que o Governo, através do Ministério da Educação, não saiba interpretar artigos da constituição tão básicos”, realçando que “este assunto é recorrente e o próprio ministério já teve posições reconciliatórias no passado, o que significa que esta trapalhada de comunicados é um retrocesso inaceitável e profundamente ilegal.”
Na mesma carta, assinada por Amade Camal, o Movimento Islâmico de Moçambique solicita o Governo a esclarecer o significado de laicidade.
“Solicitamos ao Governo de Moçambique que esclareça a sua interpretação da laicidade do estado, já que este tem sido o argumento para sustentar o seu anti-islamismo”.
 «O País»

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Não há máquina partidária que seja invencível ou inamovível

A democracia faz-se todos os dias
Por Noé Nhantumbo
Urge travar a impetuosidade dos promotores de ilicitudes. Quem espera pelos pleitos eleitorais para denunciar ilicitudes condena-se à derrota. Combater pela democracia é hoje, amanhã, todos os dias…
Não se pode adiar o combate pela democracia em Moçambique.
Não se pode ter medo de supostos colossos. Não há máquina partidária que seja invencível ou de algum modo inamovível.
O fatalismo que certas correntes pretendem fazer passar à sociedade e levar a vingar no seio dos moçambicanos é falsa retórica dos que afinal são de facto contra a democracia.
Esses querem fazer crer que os moçambicanos estão contentes e satisfeitos com a fraude generalizada, com a manipulação, com a compra de votos, com a invalidação de votos válidos de adversários políticos, com a utilização abusiva e contra a lei de meios do Estado, com a recolha de dinheiros do Estado nas empresas públicas e privadas para financiar campanhas de quem está no poder. Parece que algumas correntes do pensamento político moçambicano praticam o provérbio “enquanto os cães ladram a caravana passa”.
Mas isso não só é grave como de consequências profundamente prejudiciais ao projecto de construção de uma nação forte, equilibrada e desenvolvida.

Imprensa

TVM suspende programa “A Semana” que era considerado crítico ao Governo

Director de Informação da TVM confirma a suspensão do programa, mas diz que “é algo normal numa televisão”. PCA da TVM está no Brasil

Maputo (Canalmoz) - O Programa “A semana”, que vinha passando na televisão de Moçambique (TVM) aos domingos na hora nobre, acaba de ser suspenso, segundo apurou o Canalmoz, por “ordens superiores”. Coube ao director de Informação da TVM, Simião Ponguane, anunciar a suspensão do programa por tempo indeterminado.
Os jornalistas Alexandre Chiúre, delegado do Diário de Moçambique em Maputo, e Daniel Cuambe, editor de Economia do jornal Notícias, que eram comentadores residentes do programa “A Semana” foram reunidos esta terça-feira, 14 de Agosto, e informados, pelo director de Informação da TVM, Simião Ponguane, que o programa não mais irá para o AR.
O Canalmoz apurou que quando questionado sobre as razões da suspensão do programa “A Semana”, Simião Ponguane disse que estava a cumprir ordens emanadas pelo presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo Chavane.
Porém, sabe-se que a suspensão do “A Semana” emanou do Partido Frelimo que não estava a gostar do teor crítico do programa, principalmente pelo que dizia o jornalista Alexandre Chiúre que não tinha papas na língua para falar abertamente sobre as políticas erradas e correctas do Governo do dia.
O Canalmoz apurou que o porta-voz e deputado da Frelimo, Edson Macuácua, foi uma das pessoas que travou acérrima discussão com um dos comentadores residentes do programa “A Semana” dias antes do anúncio da sua suspensão. Depois dessa discussão o Partido Frelimo ordenou que o programa não mais fosse para o AR.

“É algo normal na televisão”

O Canalmoz contactou o director de Informação da TVM, Simião Ponguane, para saber o que terá levado a que se ordenasse a suspensão do programa. Ponguane diz que não houve um motivo especial. Observou que numa televisão ou rádio a suspensão de um programa é algo normal.
“Este não é o primeiro programa que parámos. É normal numa televisão os programas pararem. Já tivemos muitos programas que pararam”, disse. Citou os programas África Magazine, Justiça e Ordem, que, segundo disse, deixaram de ir para o ar este ano.
“Por que razão não perguntaram porquê estes programas já não vão para o AR?...só falam de “A Semana”? questiona Panguana para demonstrar que o programa chegou ao fim, naturalmente.
“Fazemos refrescamento do programa. Isso é normal numa televisão. O África Magazine também parou. Eu entrei na televisão em 1988. Encontrei este programa a ir para o AR, mas este ano parou”, explica Panguana.
Sobre o período de antena em que aos domingos, após o telejornal, ia para o ar o programa ora suspenso, Ponguane explicou que será preenchido por entrevistas no telejornal. Aos domingos passará a haver um convidado para ser entrevistado.
O presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo Chavana, encontra-se actualmente fora do país, concretamente no Brasil. (Borges Nhamirre e Bernardo Álvaro)

Anselmo Ralph sofre de doença que o pode impedir de continuar a cantar

O astro do RnB em Angola "Anselmo Ralph" revelou em entrevista, que sofre de uma doença que o pode impedir de cantar num futuro próximo, segundo informações dos médicos.

Os médicos aconselharam-no a abrandar o rítmo com o qual se dedica à música, pelo que o cantor receia que tenha mesmo de vir a deixar de cantar.

Anselmo Ralph é actualmente um dos músicos angolanos de maior popularidade, contando com mais de 153.000 seguidores no Facebook e milhares de visualizações na rede Youtube.



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