Regime de Harare pretende assumir controlo de empresas estrangeiras
O comité para os assuntos legais do Parlamento do Zimbabwe está presentemente a analisar um projecto-lei que, caso seja aprovado, irá forçar as empresas estrangeiras a transferir a maioria do seu capital social para as mãos de cidadãos zimbabueanos. O projecto-lei, que se enquadra no âmbito da política de capacitação económica da maioria da população do Zimbabwe, deverá ser remetido ao Parlamento para aprovação, em Setembro próximo.
Comentadores consideram que uma vez implementado, o projecto-lei irá agravar a já crítica situação económica em que o Zimbabwe se encontra mergulhado, mercê da política ruinosa seguida pelo regime da ZANU-PF. Para John Robertson, economista zimbabweano, o projecto-lei "surge numa altura de grande desconfiança em relação ao governo de Mugabe, levantando dúvidas quanto à segurança do investimento estrangeiro e ao respeito pelos direitos de propriedade, especialmente depois da forma como o regime de Harare lidou com a questão das terras".
O economista sul-africano, Mike Schüssler, considera que o projecto-lei é "absurdo", constituindo "a pior política de intervenção que o governo zimbabweano poderá fazer." Schüssler salientou que "presentemente, o PIB zimbabueano é equivalente a metade do da cidade sul-africana de Durban, e que naquele país não há um clima de investimento para além do facto do Zimbabwe se encontrar à beira da catástrofe." Aquele economista destacou o facto de "já existir a percepção internacional de que o governo zimbabweano não tem qualquer respeito pelo conceito de propriedade privada." O projecto-lei, caso seja aprovado pelo Parlamento dominado pela ZANU-PF, "acabará por reforçar essa percepção."
Dan Brown, director executivo de uma empresa mineira sul-africana que opera no Zimbabwe, é da opinião que o projecto-lei "afectará de forma negativa" a confiança dos investidores, frisando que a iniciativa do governo zimbabweano "não promove um clima estável de investimentos".
Fonte:Canal de Moçambique/Sunday Times/Reuters) Comentadores consideram que uma vez implementado, o projecto-lei irá agravar a já crítica situação económica em que o Zimbabwe se encontra mergulhado, mercê da política ruinosa seguida pelo regime da ZANU-PF. Para John Robertson, economista zimbabweano, o projecto-lei "surge numa altura de grande desconfiança em relação ao governo de Mugabe, levantando dúvidas quanto à segurança do investimento estrangeiro e ao respeito pelos direitos de propriedade, especialmente depois da forma como o regime de Harare lidou com a questão das terras".
O economista sul-africano, Mike Schüssler, considera que o projecto-lei é "absurdo", constituindo "a pior política de intervenção que o governo zimbabweano poderá fazer." Schüssler salientou que "presentemente, o PIB zimbabueano é equivalente a metade do da cidade sul-africana de Durban, e que naquele país não há um clima de investimento para além do facto do Zimbabwe se encontrar à beira da catástrofe." Aquele economista destacou o facto de "já existir a percepção internacional de que o governo zimbabweano não tem qualquer respeito pelo conceito de propriedade privada." O projecto-lei, caso seja aprovado pelo Parlamento dominado pela ZANU-PF, "acabará por reforçar essa percepção."
Dan Brown, director executivo de uma empresa mineira sul-africana que opera no Zimbabwe, é da opinião que o projecto-lei "afectará de forma negativa" a confiança dos investidores, frisando que a iniciativa do governo zimbabweano "não promove um clima estável de investimentos".
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