MILHARES de famílias afectadas pelas cheias do vale do Zambeze continuam abrigadas em tendas e apesar do esforço do Governo, tudo indica que na próxima época chuvosa o processo de construção de habitações melhoradas não estará concluído segundo a avaliação do processo de reassentamento feito ontem, em Maputo. De acordo a mesma avaliação, há necessidade de imprimir maior celeridade ao processo de fabrico de tijolos e construção de casas no sentido de minimizar a situação.
O Ministro da Administração Estatal, Lucas Chomera, falando à imprensa à margem do encontro, disse que o processo de fabrico de blocos e das casas está a andar bem apesar de ser preciso imprimir uma nova dinâmica.Segundo dados apresentados na ocasião, são cerca de 21 mil famílias que carecem de tecto no âmbito do programa de reassentamento que consiste essencialmente na redução da vulnerabilidade da população a eventos como as cheias. Segundo Chomera, é preciso definir metas realísticas atendendo que será impossível ter todas estas famílias com casas melhoradas até ao início da época chuvosa em Outubro. "Não será possível fazer com que todas as famílias tenham abrigo melhorado antes das chuvas. Gostariámos que muitas famílias que ainda vivem em tendas tivessem casas definitivas até lá. Se não conseguirmos essa meta, pelo menos deveremos reduzir o número de famílias que vivam em tendas", disse a fonte.
O processo consiste no envolvimento das próprias famílias, agrupadas em dez, no fabrico de tijolos e na construção das suas habitações e o Estado apoia com o fornecimento de algum material entre os quais chapas de zinco e barrotes. Até ao momento, segundo Chomera, quatro porcento das necessidades de blocos em Sofala e Zambézia já estão fabricados e inclusive algumas casas já foram erguidas. "Estamos muito longe de atingir as necessidades. O total de tijolos disponíveis é muito pouco, em Sofala dá para 38 casas e na Zambézia para 50. Temos que intensificar a produção de tijolos para acelerar a construção das casas, senão levamos cinco anos a fazer as casas ", disse. Só na Zambézia são necessárias oito mil casas e para que o processo seja acelerado, será preciso contar com grande envolvimento das famílias e com uma liderança local muito forte. Chomera chamou a atenção para que este processo seja levado a cabo sem elevar os custos considerando que os recursos humanos estão lá e também o barro. "O custo vai ser do cimento, barrotes, das portas e etc. podemos fazer as casas a um custo barato", disse. O encontro de dois dias terminou ontem com a recomendação para que as autoridades locais tomem uma atitude proactiva na abordagem da questão da seca e do reassentamento da população por forma a minimizar possíveis impactos negativos.
Fonte: Notícias
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