MAIS de 30 países africanos deverão participar nas próximas semanas numa conferência em Washington para discutir o planeado Comando Africano (Africom) do Pentágono, disseram, ontem, fontes oficiais norte-americanas.
A reunião está ainda em "fase de planeamento".
O Comando Africano deverá começar a operar no âmbito do Comando Europeu, sediado em Estugarda, na Alemanha, em Outubro deste ano, passando a operar como um "comando unificado" até final de Setembro de 2008.
Nos últimos meses, tem-se registado uma crescente oposição de países africanos à presença deste comando em território africano, apesar de repetidas declarações das autoridades norte-americanas de que o Africom será diferente dos outros comandos regionais das forças norte-americanas.
O Africom terá como vice-comandante um funcionário do Departamento de Estado, será composto por militares e civis e terá como missão principal acções humanitárias e políticas de prevenção de conflitos..
O Africom não terá sob seu comando directo unidades das forças armadas norte-americanas, embora esteja previsto que no futuro cerca de três mil soldados actualmente estacionados no Djibuti possam passar a ser controlados pelo Africom.
Fontes oficiais norte-americanas disseram que a África do Sul rejeitou a possibilidade de o Comando Africano ter sede em África, manifestando "preocupação" quanto às implicações disso para o continente.
Contudo, contrariando o que parece ser a posição africana dominante, a Libéria tornou-se, entretanto, no primeiro país a afirmar publicamente que pretende que o Africom tenha a sua sede em território liberiano.
O embaixador liberiano em Washington, Charles Minor, disse a jornalistas na capital norte-americana que a Libéria defende que o estacionamento do Africom no continente serviria para fortalecer a segurança de África, através do treino, apoio logístico e outras iniciativas viradas para a manutenção de paz.
A Libéria vê também a presença do Africom no seu território como uma ajuda para a reconstrução das infra-estruturas do país, devastadas por anos de guerra civil e anarquia.
Entidades do Departamento de Defesa disseram que vários outros países africanos "comunicaram em privado que estariam interessados" em receber o Africom.
No passado, um dos países mencionados foi S. Tomé e Príncipe, devido à sua posição geográfica estratégica ao largo da zona rica em petróleo da África Ocidental.
A vice-secretária adjunta da Defesa norte-americana, Theresa Whelan, esteve em Angola há algumas semanas para discutir a questão, mas desconhecem-se pormenores dos contactos.
Em Julho, o presidente George W. Bush nomeou o general William Ward, o único general de quatro estrelas de raça negra, para ser o primeiro comandante do Comando Africano.
Fonte: Notícias
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