Rice: Israel vai discutir estado palestiniano

EUA assinam acordo de 80 milhões de dólares para reformarem serviços de segurança palestinianos.

A Secretária de Estado norte-americana, Condolezza Rice, encontrou-se com os líderes palestinianos na Cisjordânia.

Ela disse-lhes que o Primeiro Ministro israelita, Ehud Olmert, tinha afirmado que está preparado para discutir questões fundamentais conducentes à criação de um estado palestiniano.
Condolezza Rice recebeu as garantias que queria do governo palestiniano, que também se mostrou disponível para dar início às conversações de paz.

Em troca do apoio à sua iniciativa, Rice assinou um acordo de 80 milhões de dólares em assistência à reforma dos serviços de segurança palestinianos.

A Secretária de Estado norte-americana salientou repetidas vezes ao longo da sua visita ao Médio Oriente que agora é possível avançar em direcção à paz.

[EUA assinam acordo de 80 milhões de dólares para reformarem serviços de segurança palestinianos.]

Rice não vai encontrar-se com ninguém do Hamas, o movimento islamita que assumiu o controlo da Faixa de Gaza em Junho.
Ao falar numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente palestiniano, Rice explicou porquê.

"O Presidente Abbas representa todo o povo palestiniano. É reconhecido, não só pelos Estados Unidos como internacionalmente, como o Presidente de todo o povo palestiniano."

Hamas

Um porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que Rice tinha vindo à região para aumentar a divisão entre os grupos palestinianos e não para ajudar a estabelecer o estado da Palestina.
Mas os americanos, tal como os israelitas, acreditam que agora existe um governo palestiniano com quem podem negociar ao contrário do Hamas que se desacreditou através da violência quando se recusou a reconhecer Israel.

Mas alguns especialistas consideram que as novas esperanças são inapropriadas.
Um relatório do International Crisis Group, que coincide com a altura da visita de Rice à Cisjordânia, argumenta que não pode haver progresso, paz nem segurança.
O relatório condena as divisões entre as duas principais facções palestinianas, a Fatah e critica os intervenientes internacionais.

O relatório refere que ao apoiar a Fatah contra o Hamas e ao rejeitar negociar com o breve governo de unidade nacional, os Estados Unidos e a União Europeia contribuiram para o resultado que agora lamentam publicamente.