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VOA News: África

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Monitoria da precipitação: Uso de radar e satélite supera insuficiência de estações terrenas - segundo Musa Mustafa, técnico do INAM que defendeu tese

O NOSSO país está em boas condições para monitorar a evolução da precipitação e outros eventos meteorológicos que ocorram nas províncias do centro e sul, com base na combinação do uso dos radares meteorológicos e imagens de satélite reduzindo as dificuldades impostas pela fraca cobertura em estações a nível local e particularmente ao longo das bacias hidrográficas.

De acordo com Mussa Mustafa, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia graças ao investimento governamental e com o apoio de parceiros, o nosso país já dispõe de dois radares meteorológicos, nomeadamente em Xai-Xai e na Beira que combinada com o uso de satélites permite que o país possa ter bons resultados em termos de monitoria da precipitação e outros eventos de natureza hidrometeorológica com impacto significativo na vida da população.
Mustafa que acaba de defender a sua tese de mestrado na Universidade do Zimbabwe sobre validação da estimativa de precipitação usando imagens satélite na bacia do Limpopo, tendo como base as cheias do ano 2000, deu como exemplo o facto de aquando do ciclone Fávio, terem sido tomadas medidas preventivas antecipadas porque o mesmo foi monitorado combinando os dois radares e imagens de satélite.

O uso destas tecnologias, segundo a nossa fonte, permitem ter uma ideia dos fenómenos que estão a acontecer em determinada região e o seu progresso, mesmo sem a presença física no local que é imprescindível no caso das estações meteorológicas.

Indicou que no caso do satélite, é possível obter imagens de quinze em quinze minutos num raio de cobertura global. O Instituto Nacional de Meteorologia está neste momento a usar o satélite meteorológico da segunda geração que tem uma maior resolução.

No que tange à bacia do Limpopo, segundo a nossa fonte, as imagens de satélite mostram vantagem por abarcar áreas remotas onde é difícil instalar estações. A tese se baseou no uso de imagens de satélite para o monitoreio de toda a bacia do Limpopo que compreende o Botswana, África do Sul, Zimbabwe e Moçambique que se encontra a jusante deste curso de água.

“Os resultados são bons no sentido de que é possível estimar a precipitação sem que seja necessário a presença física de uma infra-estrutura. A outra vantagem é que Moçambique está à altura de usar o mesmo padrão de estimativas que é usado em países desenvolvidos”, disse Mussa Mustafa. Acrescentou que em termos de padronização, significa que o país também está a falar a mesma língua no contexto da análise e previsão do tempo.

No que tange ao Limpopo em particular, Mustafa citou que a bacia está a servir de ponto de referência no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos e ambiente sendo necessário, por isso, que haja instrumentos que permitam a disponibilização de informação atempada sobre o que está a acontecer.A bacia do Limpopo, segundo sustentou, é vulnerável à ocorrência de secas e cheias com impactos negativos para os países que partilham a bacia.

Fonte: Notícias

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