A POLÍCIA sul-africana avisou os farmeiros da área de Messina e Beit Bridge, junto à fronteira com o Zimbabwe, que poderão ser presos se actuarem como vigilantes e detiverem zimbabweanos que entram no país a salto, milhares deles através de propriedades privadas.
Forças da oposição parlamentar sul-africana, como a Frente da Liberdade, juntaram-se à polémica em torno dos refugiados zimbabweanos, defendendo o direito de os agricultores em deter imigrantes ilegais que passam através da fronteira comum e entregá-los às autoridades para repatriamento.
Na quinta-feira, o Governo sul-africano reconheceu que o influxo de refugiados, através da sua fronteira norte com o Zimbabwe, é um problema sério e a exigir acções concreta. O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros sul-africano, Aziz Pahad, disse à comunicação social em Pretória que "é do interesse nacional e moral da África do Sul" explorar avenidas que permitam ajudar os zimbabweanos a resolver a crise.
"Se não começarmos rapidamente a ajudar os zimbabweanos a resolver os seus problemas, o fluxo de refugiados para países vizinhos, como a África do Sul, Zâmbia e Moçambique irá aumentar de proporções", referiu aquele membro do Governo.
Aziz Pahad foi confrontado com a troca de acusações entre o seu Governo, a oposição e fazendeiros da província do Limpopo sobre a crescente ameaça que os refugiados do Zimbabwe constituem para a segurança interna.
No encontro com jornalistas, Pahad recordou que o Presidente Thabo Mbeki deverá apresentar um relatório final sobre os seus esforços de mediação entre o Governo do Presidente Robert Mugabe e a oposição (o MDC) na próxima cimeira de chefes de Estado da SADC que terá lugar próxima semana em Lusaka, a capital da Zâmbia.
Em apenas duas semanas de Julho, mais de seis mil zimbabweanos foram repatriados pelas autoridades sul-africanas mas parece que muitos deles voltam a tentar repetidamente entrar em território sul-africano pela calada da noite, escapando eventualmente às patrulhas policiais.
Fonte: Notícias
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