A ECONOMIA moçambicana cresceu, no primeiro semestre deste ano, 8.8 porcento, quando comparado com igual período do ano passado. Ainda no primeiro semestre de 2007, a taxa de inflação acumulada situou-se em 3.7 porcento. Contribuíram para este crescimento económico os sectores dos transportes e comunicações que tiveram um incremento de 16.1 porcento, a agricultura (8.8 porcento), comercialização agrária (9.6 porcento), recursos minerais (6.8 porcento), e indústria transformadora (2.0 porcento). Este resultado abre boas perspectivas para que se atinja a meta projectada para o final de 2007 (um crescimento económico de sete porcento), o que coloca o país numa situação privilegiada para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM), que, entre outros aspectos, defendem a redução da pobreza no mundo para níveis de até 50 porcento em 2015.
"Ao fazermos esta avaliação, constatámos, com muita satisfação, que os níveis de pobreza estão a reduzir. Se em 1997 tínhamos 70 porcento da população a viver abaixo da linha da pobreza (com menos de um dólar por dia), em 2003 baixámos para 54 porcento e, com estes indicadores de crescimento, há garantias de que vamos reduzir a pobreza para 45 porcento em 2009", afirmou.
O governante disse ainda que o balanço do Plano Económico e Social referente ao primeiro semestre de 2007 (PES), ontem aprovado pelo Governo, deverá ser submetido à apreciação da Assembleia da República.
Referiu-se igualmente a alguns sectores sociais que tiveram um impacto positivo para o crescimento da economia no período em análise, frisando que "na área da Educação, por exemplo, entraram em funcionamento 722 novas escolas, foi aprovada a Lei do Trabalho, concluímos 19 centros de Saúde e realizámos com elevado grau de sucesso o recenseamento dos funcionários e agentes do Estado".
Questionado pelo "Notícias" sobre o impacto da alta de preços do petróleo no mercado internacional e do peso dos megaprojectos na actual estrutura do crescimento económico, o porta-voz do Governo disse que o preço do petróleo está a comprometer o crescimento de alguns sectores. "Por exemplo, as pescas sofrem bastante com os custos que são requeridos para a aquisição de combustível", disse.
Relativamente aos megaprojectos, Covane disse que as projecções apontam que o seu peso será de cerca de 85 porcento, tendo em conta a extracção do carvão mineral em Moatize. "Antes era sempre a Mozal, mas agora temos também o carvão de Moatize. São projectos que contribuem grandemente para o crescimento da nossa economia e que continuam a ter um peso esmagador", disse
Fonte: Notícias
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