|  Joanesburgo (Canal de Moçambique) - O antigo dirigente sindicalista sul-africano, Cyril Ramaphosa, desmentiu notícias divulgadas pelo semanário «Sunday Times», de que tencionava candidatar-se à liderança do actual partido no poder na África do Sul. A eleição de um novo líder do ANC está prevista para ter lugar durante a Conferencia Nacional do partido a ter lugar em Polokwane (ex-Pietersburg) nos finais do corrente ano.
De acordo com o «Sunday Times», um comité distrital do ANC na região de O.R. Tambo, na Província do Cabo Oriental, havia designado Ramaphosa como candidato à presidência daquela formação política, juntando assim o seu nome ao de Jacob Zuma e de Tokyo Sexwale. O referido comité considera Cyril Ramaphosa como "candidato unificador" em face das profundas clivagens em que o ANC se encontra de momento mergulhado.
Numa declaração emitida no fim-de-semana, Cyril Ramaphosa afirmou que "tal como já o havia afirmado no passado, não tenho qualquer interesse em candidatar-me a essa posição."
A concretizar-se a postura ora reiterada pelo antigo presidente do poderoso Sindicato Nacional dos Trabalhadores Mineiros (NUM), a sucessão de Thabo Mbeki como líder do ANC e, por inerência, da presidência da República, será disputada entre Zuma e o multimilionário, Tokyo Sexwale. O campo favorável a Sexwale, tenta a todo o custo destruir a credibilidade de Zuma, envolvendo-o em querelas judiciais sob a alegação de violação sexual e corrupção. Embora os casos até agora levados a tribunal tenham sido inconcludentes, está previsto um novo julgamento em Dezembro próximo, coincidindo com a conferência nacional do ANC.
Zuma conta com o apoio de importantes facções do Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu) e do Partido Comunista Sul-Africano (SACP), que, conjuntamente com o ANC formam a chamada aliança tripartida. Tais facções manifestam o seu desagrado pelo surgimento de uma elite empresarial no seio do regime sul-africano, considerada como se tendo distanciado do povo sul-africano e da qual Tokyo Sexwale é um dos mais mediáticos representantes.
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