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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cidadão acusado de incendiar três Mesquitas em Lichinga

O caso encontra-se sob investigação policial. Há já um indiciado sob suspeita de ter sido o autor material, e um membro sénior de uma comunidade católica a ser apontado como autor moral do alegado fogo posto. Ambos, até ontem, estavam detidos.
Pelo menos dois cidadãos encontravam-se detidos até ontem numa esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Lichinga, capital provincial de Niassa, sob suspeita de terem sido respectivamente autor material e autor moral de três acções de alegado fogo posto em três mesquitas islâmicas (MASJIDS) e em igual número de bairros, nos dias 27, 28 e 29 de Agosto último. Trata-se de Fernando Bernardo Arrone, sob suspeita de autoria material, e Fabião Domingos, secretário e animador da Paróquia "Nzige", uma comunidade católica da cidade de Lichinga, sob quem pesa a suposição de ter sido o instigador moral dos incêndios.
Ontem, em entrevista telefónica ao «Canal de Moçambique», Ahmad Mustafa, teólogo e membro da Comunidade Muçulmana de Lichinga, disse que "das primeiras investigações feitas no terreno Fernando Bernardo Arrone, confessou o crime e acusa a Igreja Católica de ter desenhado todo o esquema para a consumação dos factos mediante o pagamento de um total de oito mil Meticais (8000,00Mts) por cada Mesquita incendiada".
Entretanto, segundo a mesmo maulana, o indiciado "disse ter praticado o crime, a mando do Secretário e Animador da Paróquia da "Nzige", Fabião Domingos, que neste momento encontra-se à contas com a Polícia para averiguação dos factos".
Ainda de acordo com Ahamad Mustafa, os referidos incêndios foram provocados a troco de oito mil meticais (8000,00Mt), por cada mesquita queimada.
"Fabião Domingos é a pessoa acusada de fazer chegar os fundos às pessoas que praticam o crime", disse o maulana Mustafa acrescentando que "o dinheiro é cedido pela Irmã Tecla, proveniente de Angola e que actualmente reside em Lichinga em missão religiosa".
Ahamad Mustafa contou à reportagem do «Canal de Moçambique», por via telefónica, que o autor material do crime quando escalou a cidade de Lichinga, terá pedido a alguns membros da comunidade islamica para pernoitar numa mesquita, pedido que foi gentilmente aceite por aqueles membros.
Com efeito, refere a fonte, "como já houvesse desconfiança entre os membros da Mesquita, estes passaram a noite a vigiar os movimentos do seu "hóspede" sem que este se apercebesse das espias e, surpreendentemente o hóspede foi encontrado, após ter consumado o crime, com alguma palha na pasta e cerca de oito velas para além de algumas caixas de fósforos para praticar a sua acção, alegadamente encomendada pela Igreja Católica".
Até ao momento não se sabe ao certo qual terá sido a razão da tal comunidade católica, agora a ser acusada pelo maulana Ahamad Mustafa, ter encomendado o incêndio das tais três mesquitas.
O maulana Mustafa disse entretanto ao «Canal de Moçambique» que as relações de convivência entre as comunidades Muçulmana e Cristãs "são sãs", não se sabendo ao certo por isso mesmo, qual poderá ter sido o verdadeiro móbil do crime. O que é um facto, de acordo com Mustafa é que "o autor material atira as culpas à Comunidade Católica" de Lichinga e acusa objectiva e nominalmente certas pessoas.
"Ainda não temos efectivamente a razão deste crime, porque nas primeiras investigações o Animador da Comunidade Católica disse não conhecer o indivíduo que o acusa de lhe ter fornecido dinheiro para a prática daqueles crimes", disse Mustafa.
"Mas não temos problemas sociais com os cristãos, então só depois das investigações policiais é que teremos a realidade dos acontecimentos", ressalvou Mustafá – membro da comunidade Muçulmana e um dos Teólogos na província do Niassa.
Refira-se que todas as Mesquitas incendiadas eram feitas em material não convencional, segundo o nosso interlocutor, e "duas das três mesquitas" a que, segundo se alega, terá sido ateado fogo "arderam completamente e uma parcialmente dada a pronta intervenção dos membros do Templo e não só, que permitiu debelar o fogo".
De acordo com o Maulana Mustafa, "o autor material do crime, Fernando Arrone, revelou que outras acções para incendiar as Mesquitas estavam em curso em mais quatro distritos da província do Niassa, nomeadamente nos distritos de Metangula, Mavogo, Lipepe e Sanga".
Mustafa, afirmou ainda ao «Canal de Moçambique» que o cidadão que está a ser acusado "disse não conhecer os restantes membros da quadrilha".
A fonte que temos estado a citar informou que as três mesquitas que foram incendiadas são uma no 1º Bairro, outra no Bairro Samora Machel, e a terceira no bairro Maisengue, todas na cidade de Lichinga.
O maulana acrescentou que "o executor do crime é proveniente do distrito de Marrupa", que dista cerca de 315 quilómetros da capital provincial do Niassa, Lichinga.
Ainda segundo Ahamad Mustafa neste momento a Polícia de Investigação Criminal (PIC) encontra-se em investigações com vista esclarecer as reais razões que terão motivado ao cidadão Bernardo Arrone a incendiar as três Mesquitas.
Ainda nenhuma outra fonte foi ouvida pelo «Canal de Moçambique» sobre este assunto que foi trazido em primeira mão ao nosso conhecimento por um dirigente de uma comunidade islâmica de Maputo.
Contamos poder ouvir em seguimento desta notícia o que terá a dizer sobre as informações fornecidas pelo Maulana Ahamad Mustafa, a Igreja Católica e as autoridades policiais.
(Benedito Luís) 
 Fonte:Canal de Moçambique

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