Medida visa fazer reparos nas lacunas deixadas pela falência das unidades industriais
A província da Zambézia, no centro do país, pretende apostar mais nos sectores de recursos minerais, agricultura e florestal, de modo a poder competir no mercado livre da região da África Austral, cuja entrada em vigor está prevista para o próximo ano de 2008, anunciou ao «Canal de Moçambique, uma fonte do Governo local.
A aposta nos referidos sectores surge como resposta à actual falência a que estão votadas as unidades industriais daquela província, sobretudo as transformadoras, que se pensava que deviam constituir um enorme potencial para encaixar melhor aquela parcela do país, na concorrência a que o Governo moçambicano decidiu aderir, através de um protocolo assinado com os outros Estados da região.
De acordo com Beatriz Rodrigues de Sousa, directora provincial da Indústria e Comércio na Zambézia, esta província no âmbito da zona do comércio livre nos países da Comunidade do Desenvolvimento da África Austral (SADC), a entrar em vigor no próximo ano, vai competir com produtos agrícolas, mineiros e florestais, nomeadamente, o milho, recursos minerais e madeira.
Segundo a nossa entrevistada, as prioridades do Governo neste momento, estão direccionadas para as potencialidades que a região oferece, como seja a exploração de minérios, madeiras, que nos últimos anos contribuíram em grande medida para o volume das exportações.
Nas palavras desta interlocutora do «Canal», a província da Zambézia possui um grande parque industrial, mas muitas unidades estão neste momento paralisadas. Questionada sobre o futuro das fabricas que estão moribundas, Beatriz de Sousa disse que o melhor "é neste momento esquecermos o que Zambézia era e, repararmos no que é agora".
Muitas unidades industriais daquela província, como por exemplo, a Fábrica de Cobertores da Zambézia (FACOZA), Fábrica de Vestuários da Zambézia (FAVEZAL), Fábrica de Descasque de Arroz, a Carpintaria Moderna, Patial de Moçambique, entre outras, estão totalmente paralisadas, tendo os seus antigos trabalhadores sido atirados para os olhos da rua.
Apesar do mau momento que atravessa a indústria naquele ponto do país, a directora provincial da Indústria e Comércio da Zambézia, mostrou-se optimista, tendo falado da existência de novos projectos industriais na província, designadamente de produção de óleo de algodão. Acrescentou que num futuro breve, vai ser igualmente instalada uma unidade de produção de óleo de amendoim naquele ponto do país.
Falando concretamente nas actuais apostas do Governo nas áreas da agricultura, disse ser o distrito de Morrumbala o que maior potencial oferece para a produção do algodão, que tem servido para a exportação, e outra pequena parte processada localmente.
"O distrito de Morrumbala, é um dos potenciais produtores do algodão na província. Vamos deixar de pensar no passado, porque a Zambézia já não é apenas de fábricas paralisadas de que tanto se fala", afirmou a fonte.
O «Canal de Moçambique» questionou igualmente Beatriz de Sousa sobre o propalado abate indiscriminado de árvores para a exploração da madeira, designadamente por estrangeiros, particularmente chineses, a maior parte ilegais, em conexão com os funcionários do Governo. Ela respondeu não serem verdadeiras tais alegações, tendo afirmado que as autorizações são acompanhadas por um processo de inventariação. Contudo não soube dizer qual o potencial que a sua província tem em termos de árvores de produção de madeira ou toros alegando que isso é com a agricultura.
"Não é verdade que existem abates indiscriminados de madeiras na nossa província, porque nós damos as autorizações a partir do inventário florestal de que dispomos", disse Beatriz de Sousa ao «Canal de Moçambique». Perante a nossa insistência, se tinha conhecimento da existência de postos ilegais de armazenamento de toros de madeira em Sopinho e Maquival, no distrito de Nicoadala, que posteriormente são contrabandeados para o exterior, a directora da Indústria e Comércio na Zambézia, preferiu dizer que desconhece da existência desses esconderijos, tendo por outro lado afirmado que a área das madeiras não é do seu sector.
Receitas de madeira
Ainda de acordo com Beatriz de Sousa, em 2006, aquela província exportou cerca de 19 mil metros cúbicos (m3) de madeira em torro e 3.220 metros quadrados de madeira serrada. Em termos de receitas para os cofres do Estado, diz que foram arrecadados cento e trinta e dois milhões quinhentos e vinte e nove mil e vinte quatro (132.529.045,00) meticais resultantes das exportações da madeira em toro e, 82.014.024,00 meticais da madeira serrada, para países asiáticos.
Para além das potencialidades na agricultura, minas, recursos florestais, a província da Zambézia, tem outras áreas em que é rica, como o turismo, a pesca, tendo igualmente um grande número de unidades da indústria transformadora, cuja matéria prima é de origem local, que seria capaz de atrair mais investimentos.
Sobre as razões da não exploração das potencialidades turísticas que a província oferece, no caso concreto na praia de Zalala por causa das precárias condições da estrada que liga a capital provincial, Quelimane, com aquele ponto turístico, a nossa entrevistada disse-nos que não estão claramente definidas as responsabilidades de quem deve reabilitar a referida via, uma vez que Zalala pertence à área jurisdicional do Governo provincial, enquanto que o Conselho Municipal de Quelimane "tem uma grande parte da responsabilidade do mesmo troço".
Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE
M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII
____________________________________________________________________________________
Luggage? GPS? Comic books?
Check out fitting gifts for grads at Yahoo! Search
http://search.yahoo.com/search?fr=oni_on_mail&p=graduation+gifts&cs=bz
Sem comentários:
Enviar um comentário