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VOA News: África

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

No próximo ano económico: Com importações Moçambique vai gastar quase o dobro do que exporta


Governo volta a omitir dados sobre o desemprego no país Governo prevê gastar aproximadamente 4 mil milhões de dólares em compras no estrangeiro, enquanto as vendas, para os mercados externos, são estimadas em pouco mais de 2 mil milhões de USD
Maputo (Canalmoz) – A Balança de Pagamentos continua um verdadeiro dilema. De ano para ano, o país está a importar mais do que produz e exporta. De acordo com a proposta do governo de Plano Económico e Social (PES) para 2011, as importações aumentarão em cerca de 10 porcento, comparativamente ao projectado para o corrente ano de 2010, podendo atingir 3.948 milhões de dólares. Enquanto as exportações atingirão 2.402 milhões de dólares, o que representará um crescimento de 15 porcento em relação às projecções de 2010 de que ainda não se conhece o real.
A previsão do crescimento em 15 porcento das exportações é muito graças aos grandes projectos, que economistas de renome e a oposição defendem que não têm impacto na vida dos moçambicanos, e gozam de grandes isenções fiscais, daí a necessidade da renegociação dos contratos.
De acordo com a proposta do PES para 2011, as exportações dos grandes projectos poderão crescer 20 porcento. Assim, prevê-se que as mesmas aumentem para 1.768 milhões de dólares, impulsionados pelo início das exportações de carvão, aumento do volume exportado de ilmenite e gás natural e melhoria dos preços de alumínio e de energia eléctrica.
Segundo a proposta do PES, as projecções apontam ainda para um ganho de peso das exportações dos grandes projectos em 3 pontos percentuais, ao passar 74 porcento do total das exportações.
O peso das importações dos sectores que não fazem parte da categoria dos grandes projectos, poderá manter-se em cerca de 78 porcento do total das importações. Isso quer dizer que a importação de bens de necessidade (principalmente de consumo) dos cidadãos manter-se-á inalterado. Em outras palavras, o arroz o açúcar, o trigo, entre outros, continuará a vir de fora nas mesmas quantidades. Em suma, o país não está a produzir.
Na proposta do PES, o Governo explica que a previsão do aumento do valor das importações é sustentada pela prevista subida das importações de bens de capital e dos bens de consumo em 7 porcento e 5 porcento, respectivamente.

Não há dados do (des)emprego

Tal como no PES de 2010, para 2011 os dados sobre o nível de (des)emprego não são espelhados. Na verdade, continua-se a trabalhar com uma base de há 5 anos atrás. Não há esforço para sua actualização. O PES para 2011 cita dados de Inquérito à Força de Trabalho (IFTRAB) de 2004/2005. A taxa de emprego era de 18,7 porcento em 2005. Não existem outros dados, o Governo apenas diz que há uma contínua subida de empregos que vão sendo gerados anualmente pela economia nacional. Não demonstra.
E mais: não se afere o enquadramento desses empregos quanto ao padrão de decência (emprego decente). O documento da proposta do PES explica que esse dado passa pela monitoria da qualidade de emprego. O que não existe até ao momento.
Refira-se que a proposta do Plano Económico e Social para 2011 define como principais objectivos os seguintes: alcançar um crescimento económico de 7,2 porcento, conter a taxa de inflação média anual em cerca de 8 porcento, atingir um nível de 2.402 milhões de dólares em exportações de bens, o que representará um crescimento de 15 porcento em relação às projecções de 2010, atingir um nível de reservas internacionais líquidas que financiem cerca de 4,3 meses de importações de bens e serviços não factoriais, incluindo os grandes projectos.
(Matias Guente)
2010-11-15 05:58:00

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