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VOA News: África

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Edilidade de Alto-Molócuè recua e retira multas aos 7 estabelecimentos comerciais

Aplicadas aos comerciantes por terem faltado ao comício de Itai Meque

A bancada da Frelimo, na Assembleia Municipal de Alto-Molócuè, aconselhou a vereação de Helton Paulo a recuar, como forma de contornar a polémica lançada pela comunicação social.

O Conselho Municipal de Alto-Molócuè recuou e decidiu retirar as multas de 3 mil meticais aplicadas a cada um dos sete comerciantes daquela edilidade, alegadamente por terem faltado ao comício popular do governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, aquando da sua última visita àquela urbe.

O caso, inicialmente despoletado pelo delegado da Renamo ao nível do distrito de Alto-Molócuè, na província de Zambézia, Fernando Manapalo, referia-se a um e único comerciante, mas, neste momento, segundo a fonte, existem sete comerciantes abrangidos pelas multas por terem violado a circular do Conselho Municipal que ordenava o encerramento dos seus estabelecimentos comerciais para participarem no comício popular.

Três dias após a publicação da notícia, pela STV e "O país", do alegado "abuso de poder" no município de Alto-Molócuè, conforme disse Manapalo, parte dos sete comerciantes sancionados pela edilidade contactou a Renamo, na Assembleia Municipal de Alto-Molócuè, na pessoa de José Gonçalves, vice-chefe da bancada da Renamo naquele município. Conforme conta Manapalo, a ideia era que o caso das multas aos comerciantes fosse debatido numa das sessões da Assembleia Municipal.

Entretanto, os nove membros da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal, apercebendo-se desse facto, aconselharam a Vereação municipal de Urbanização, Construção e Saneamento, dirigida por Helton Paulo, a retirar as multas aplicadas aos sete munícipes comerciantes.

Assim, de acordo com Manapalo, foi convocada uma reunião com os comerciantes, na qual foi anunciada a retirada da multa. Na mesma ocasião, a vereação ordenou que os comerciantes destruíssem os documentos que emanam a ordem de pagamento de multa.

Contudo, pelo menos três comerciantes, suspeitando que a edilidade apenas quisesse destruir os vestígios que provam que  a autarquia havia multado os comerciantes de Alto-Molócuè, esconderam os documentos, alegando tê-los perdido.

 "O País" contactou, via telefone, o presidente do Conselho Municipal de Alto-Molócuè, Sertório Fernando, para ouvir a sua reacção em torno da última decisão tomada pela autarquia, porém, o mesmo não confirmou nem desmentiu a informação, mas adiou a conversa, alegando sobrecarga de agenda.

Por seu turno, o delegado distrital da Renamo em Alto-Molócuè diz não ter certeza se realmente as multas foram anuladas.

 "Nós ainda não temos certeza plena se o Conselho Municipal retirou as multas, daí que decidimos passar por alguns estabelecimentos comerciais dos lesados. Alguns confirmaram já ter rasgado as notas de multa," disse Manapalo.

Apesar dessa dúvida, o delegado da Renamo disse que o município acabou respeitando a vontade do povo. "Se realmente foi decidida a anulação das multas, então, nós dizemos: vencemos, pois o povo não foi roubado", disse Manapalo.Opais/--

(MiradourOnline)

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