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VOA News: África

sexta-feira, 2 de março de 2012

Compulsando sobre os decadentes serviços de Transportes Públicos de Maputo

- Corrupção, nepotismo e tráfico de influências minam o desenvolvimento do sector
[Miradouronline, 02.03.12] Em tempos não idos, pareceu que o Governo tivesse acertado na equação de devolver a sanidade financeira, patrimonial e do pessoal dos TPM, para melhor servir os usuários deste tipo de transportes de Maputo. Mas enganamo-nos por assim pensar.
Precipitados pela greve geral da população do Maputo e Matola, os TPM beneficiaram de uma inusitada injecção financeira e de remessas de novos autocarros especialmente encomendados ora da China (Yutongs) e da RSA (VW). Viemos então e mais tarde a saber que estava ao encalço dessas compras expeditas fora e continua a ser uma Holding (TATA Moçambique) pertencente ao Presidente da República, Armando Guebuza, com 25% de acções e seus amigo F. Sunbana (Chefe lá na Presidência da República). Não é pouco tantos mais que já nos provou que o Presidente lá manda quando parte desses autocarros foram direccionados para o campo de Turismo, o que não é a vocação dos TPM e, ter querido mostrar aos moçambicanos, em plena recordação do passamento de Samora Machel, ao se fazer transportar dum desses autocarros na praça de Independência ao olhar de estadistas homólogos, como os do Botsuana e da Africa do Sul.
Indo ao fundo das coisas, permeia-se uns TPM hoje acusando retocamentos aos seus verdadeiros problemas que se prendem com a planificação criteriosa e gestão sã da frota de autocarros que dispõe. Essa camuflada intervenção do Chefe do Estado levanta preocupações aos moçambicanos porque para além que trazer a agiotagem que se pratica na Presidência da República, ela vem imbuída do manto da corrupção, nepotismo e tráfico de influências, tornando os TPM quase que ingovernáveis.
O último ensaio de passar os TPM da alçada do Governo aos aposentos das autoridades municipais de Maputo e Matola não foi senão uma estratégia para entreter o público como que a indicar uma solução aos graves problemas de planificação e gestão desta. Agora perguntamos: Será que os Municípios de Maputo e da Matola terão a perícia e astúcia para arcar com estes problemas dos TPM fora dos que já têm? Quase que impossível.
A nosso ver, enquanto esta empresa pública não for expurgada do domínio que o Partidão (Frelimo) sobre ela fazendo-a um cavalo de troia quando nos aproximamos aos pleitos eleitorais;  enquanto a Frelimo permitir que só os camaradas que nada sabem de transporte ou que só estragam quando estão em frente desse tipo de actividades; enquanto se permitir que holdings (criminosos) apareçam do nada e venham não para prestar serviços e investindo seriamente na modernização dos TPM, continuaremos a chorar e lamentar dos TPM. Resta saber se há vontade política para essas mudança nos decadentes serviços de Transportes Públicos de Maputo.

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