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sexta-feira, 9 de março de 2012

Observatório Eleitoral condena ataque da FIR à sede da Renamo e exige libertação imediata dos presos

Reunido de emergência em Maputo

A Renamo entrou em fase de absoluta prontidão combativa e nota-se que reforçou o armamento dos seus homens. Os “homens armados de Dhlakama” apresentam-se agora fortemente armados. O número de efectivos da guarnição da residência do líder foi substancialmente aumentado e o seu aparato de intervenção nota-se que foi reforçado com equipamento mais sofisticado. Dhlakama “aguarda resposta de Guebuza”. Quer saber “se foi ele (Guebuza) que mandou a operação do ataque à sede da Renamo”, para também ele (Dhlakama) poder dar ordens aos seus homens.

O sheik Abdul Carimo, do Observatório Eleitoral, em declarações exclusivas ao Canalmoz, considera o ataque da FIR à sede da Renamo de “uma vergonha que deve ser parada imediatamente” como forma de se poder avançar com o diálogo. Pede a libertação incondicional do 23 homens da Renamo detidos pela Polícia, e condena a operação da FIR, afirmando não haver razões neste momento para ataques armados. Por isso, adverte: “Parem com os ataques e contenham-se”.

Maputo (Canalmoz) - Na sequência do ataque perpetrado na madrugada desta quinta-feira pela Força de Intervenção Rápida (FIR) à sede da Renamo em Nampula, onde se encontravam alojados os ex-militares da guerrilha, o Observatório Eleitoral, órgão que nos últimos dias estava a tentar aproximar-se da liderança da Renamo, reuniu-se de emergência na manhã de ontem, em Maputo, para analisar a situação político-militar na cidade de Nampula.
O sheik Abdul Carimo, que deu a conhecer a reunião de emergência do Observatório ao Canalmoz, condena o ataque da Força de Intervenção Rápida (FIR) à delegação da Renamo e exigiu a libertação imediata e sem condições dos 23 membros daquele partido político ao serviço da guarda de Afonso Dhlakama, detidos no rescaldo do ataque policial.
O Observatório Eleitoral, segundo o sheik Carimo, convocou, ainda na manhã desta quinta-feira, os representantes da Frelimo e da Renamo, para o encontro de emergência, em Maputo.


“Bem, nós neste momento estamos reunidos para analisar o evoluir da situação no terreno, numa altura em que estávamos a tentar os encontros com as lideranças da Frelimo e da Renamo”, disse Abdul Carimo, adiantando que “neste momento convocámos as lideranças dos partidos políticos para esta reunião e estamos à espera que a qualquer momento chegue um representante de ambas as partes, aqui onde estamos reunidos, para os persuadir a pararem com esta vergonha e resolver-se o problema”.
O representante do Observatório Eleitoral manifestou-se preocupado com os últimos acontecimentos de Nampula, que dão conta do ataque à sede da Renamo e da prisão dos seus membros, na sua maioria ex-guerrilheiros que ali se encontravam há dois meses.
Abdul Carimo disse não ter informações precisas do rescaldo da operação policial em Nampula, sobre a existência de mortos, feridos e presos, a não ser das que foram avançadas pela PRM segundo as quais 23 ex-guerrilheiros da Renamo foram detidos na operação.
“Por isso mesmo, estamos aqui reunidos e chamamos os representantes da Frelimo e Renamo aqui em Maputo, para nos darem conta da situação, uma vez que os nossos colegas em Nampula não avançam informações precisas”, afirmou o sheik.
O sheik condenou o ataque da Polícia à delegação da Renamo. Disse que tal procedimento não se justifica porque não há razões de ser.
“Penso que não há razões neste momento para haver ataques a sedes de partidos políticos como está a acontecer. Devia haver mais contenção, porque qualquer ataque pode provocar uma reacção impossível de controlar e com consequências negativas”, advertiu Abdul Carimo no contacto que manteve com o Canalmoz.
“Parem com os ataques e contenham-se, para que esta situação seja resolvida a nível político”, apelou aquele líder religioso, concluindo que “na verdade nós achamos que tudo devia começar do zero, mesmo os homens da Renamo que estão detidos achamos que deviam ser libertos para amainar os ânimos”.

Igreja Católica ainda com escassas informações sobre o incidente

Já Dom Jaime Pedro Gonçalves, Arcebispo Emérito da Igreja Católica, na Beira, e um dos principais mediadores dos Acordos Gerais de Paz (AGP), assinados em Roma, Itália, em 1992, disse também que não tinha informações sobre o desenvolvimento dos acontecimentos.
“Eu ainda estava a estudar o que estava a acontecer. Sabia que desde que eles estão em Nampula, não houve diálogo. Mas vou procurar saber a partir de Nampula”, disse o prelado.

CCM insiste no apelo ao diálogo

“Há muito pouco que se possa acrescentar sobre os acontecimentos que estão a ocorrer. Sempre dissemos que este tipo de problemas se resolve através do diálogo”, disse, por seu turno, o Bispo Anglicano da Diocese dos Libombos, Dom Dinis Sengulane. “Precisamos de diálogo. Isso é urgente e apelamos ao diálogo”, insistiu o representante da Igreja Anglicana e do Conselho Cristão de Moçambique (CCM).

«Não comento», disse o coronel Bute, comandante da Segurança da Renamo e Deputado da AR

Em contacto com o Canalmoz, o homem forte da segurança da Renamo, Coronel Bute, dispensou comentários. Argumentou apenas que está a acompanhar a situação. “Os comentários estão entregues a Fernando Mazanga”. (Bernardo Álvaro)

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