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VOA News: África

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Assaltantes roubam com a Polícia a ver!...

Na centrais de transportes semi-colectivos

Cidadãos auscultados pelo «Canal de Moçambique» desconfiam que há negócios obscuros entre ladrões e agentes da PRM “A polícia tem estado a fazer patrulhas por aqui, mas o que temos visto demais é que não consegue pôr a mão nos assaltantes. Caso consiga eles não ficam muito tempo nas celas e voltam ao terreno para infernizar a vida dos cidadãos. Eu pessoalmente estou a desconfiar de que há algum negócio obscuro entre os assaltantes e a Polícia porque eles roubam, às vezes, com a Polícia a ver” – Ana Maria Mudumissa, vendedora no Jardim. “Está cada vez mais difícil lidar com os assaltantes nesta terminal. Temos acompanhado cenas tristes com as pessoas a serem-lhes arrancados diversos bens, como telemóveis. O mais estranho é que há assaltos que acontecem na presença de alguns agentes da PRM que raramente têm feito alguma coisa. Eu penso que a solução para isso seria extinguir esta terminal para trazer sossego aos cidadãos” – Saugina Parruque, vendedora de comidas na Junta.

Os utentes das paragens da «Junta», «Jardim», «Romos», de entre outras escaladas pela reportagem do «Canal de Moçambique» acusam a Polícia da República de Moçambique de estar a colaborar com os assaltantes que têm estado a tirar o sossego de muitos citadinos que se fazem circular ou passar por aqueles pontos da cidade de Maputo. Segundo eles “é estranha a forma como muitos assaltos têm acontecido porque a Polícia tem estado por perto” mas “não tem demonstrado interesse em capturar os assaltantes que, às vezes, roubam mesmo na presença da Polícia”. Aqueles utentes assim como alguns citadinos bem identificados que aceitaram trazer ao público as suas preocupações através do «Canal de Moçambique» afirmam ainda que “da forma como muitos assaltos têm acontecido, principalmente na paragem da Junta, com alguns agentes da PRM a fingirem que estão a patrulhar só dá para concluir que há alguns negócios obscuros por trás de todo o esforço empreendido pelos malfeitores”.


De acordo com Ana Maria Mudumissa, vendedeira no «Jardim», “a Policia tem estado a fazer patrulhas por aqui, mas o que temos visto demais é que não consegue pôr a mão nos assaltantes”. “Caso consiga eles não ficam muito tempo nas celas e voltam ao terreno para infernizar a vida dos cidadãos”. “Só para ver que são estranhos os assaltos que acontecem a poucos metros da esquadra, há alguns assaltantes que mesmo vendo que a Polícia está por perto não hesitam em meter a mão na bolsa ou nos bolsos de alguém. Não será isto caso para dizer que a Polícia não está interessada em capturar esses assaltantes?”, indaga a fonte. “Nas horas da ponta nós temos assistido a cenas tristes”, diz Ana Maria Mudumissa e acrescenta: “As pessoas são roubadas, nós a vermos, mas temos medo de denunciar porque os assaltantes depois viram-se contra nós”. “Eu pessoalmente estou a desconfiar de há algum negócio obscuro entre os assaltantes e a Polícia porque não se explica que alguém seja apanhado em flagrante a assaltar e nada lhe é feito”. “Caso seja preso, horas depois está fora das celas. É tudo muito estanho.”

Por outro lado, Saugina Parruque, vendedeira de comidas na «Junta» disse que “está cada vez mais difícil lidar com os assaltantes nesta terminal. Temos acompanhado cenas tristes de pessoas que lhes são arrancados diversos bens, como telemóveis. Os assaltos que eu tenho acompanhado acontecem mesmo na presença de alguns agentes da Polícia que raramente têm feito alguma coisa”. Saugina inicialmente demonstrou receio em falar para a reportagem deste diário. Disse estar muito indignada com a forma como a Polícia da República de Moçambique (PRM) tem exercido as suas funções de protecção ao cidadão e manutenção da ordem naquela paragem na medida em que “têm estado a circular no local mas sem na verdade capturar os malfeitores que andam ali escondidos como se fosse gente com uma boa conduta”. “Quase todos os dias há pessoas que choram porque lhes foi arrancado qualquer coisa. As pessoas que viajam nos semi-colectivos é que tem sofrido muito. Deixam as janelas abertas com o telefone na mão ou mesmo pendurado ao pescoço e roubam-lhes”. “Eu penso que a solução para isso seria extinguir esta terminal para trazer sossego aos cidadãos”. Altino Fabião, residente no Bairro de Chamanculo, quando interpelado pela reportagem do «Canal» na paragem da «Romos» disse que “naquela paragem há tempo que ocorrem assaltos”. “Algumas assaltantes que têm vasculhado os bolsos das pessoas nos transportes sem-colectivos são residentes do bairro de Chamanculo.

Mas esses assaltantes não trabalham sozinhos, conhecem-se com os de outros bairros”. O mesmo interlocutor solicitado a comentar os assaltos que acontecem nas paragens de autocarros do «Jardim» e «Junta» disse que “o assunto não é novo”. “Há tempo que tenho ouvido as pessoas a reclamarem, principalmente por causa do que tem sucedido na «Junta». Até já ouvi dizer que há assaltos praticados na presença da Polícia”. Entretanto, Altino Fabião disse “não entender porque a Polícia não consegue recolher os assaltantes nos calabouços e meter na cadeia todo o grupo de malfeitores que tem estado a causar desmandos na «Junta», «Jardim», de entre outras paragens dos semi-colectivos com grandes enchentes”.

Assaltos com a Polícia a ver

Dando a sua opinião, Altino Fabião disse “pensar que o que tem acontecido nas paragens dos semi-colectvos não está fora do conhecimento da Polícia. Eu já vi assaltos que aconteceram a escassos metros de agentes da Polícia que só intervêm para não serem mal vistos naquele local e naquele mesmo instante. E até há vezes, na Baixa da cidade, por exemplo, a Polícia trata do assunto como se fosse algo natural”. “Em locais vários, como o Mercado Estrela e Xiquelene, por exemplo, acontecem assaltos terríveis que ninguém pode explicar para além dos próprios agentes da Polícia que têm estado a fazer patrulhas nos mesmos locais”. “Às vezes há que pensar se vale a pena ou não ter Policia nesses locais, porque os polícias, quando estão no terreno, a preocupação tem sido fazer da sua obrigação, que devia ser manter a tranquilidade, uma chance para atender a outros interesses, seus, pessoais”.

“A Polícia está cansada”

Orlando Chilengue, um outro interlocutor também residente no bairro de Chamanculo disse que os referidos assaltos que acontecem na presença da Polícia se devem ao facto de que a Polícia está cansada com as solturas sistemáticas de alguns gatunos. “Na minha óptica a Polícia cansou-se de andar atrás de pessoas que hoje são presas enquanto que na verdade há no seu seio sempre alguém para soltar”, disse Chilengue ao «Canal de Moçambique». “Ninguém pode nos dizer que a Polícia não tem conhecimento de pessoas bem vestidas que estão aqui na «Junta», «Baixa» e noutro lugares de maior concentração do público a caçar um cidadão que esteja no chapa, por exemplo a mexer um telemóvel de um passageiro distraído mas que só vai despertar depois quando descobre que já não o tem na mão porque pura e simplesmente foi-lhe arrancado”. “Se as coisas forem bem analisadas havemos de descobrir que esse grupo todo de assaltantes tem a mesma origem: os bairros de Chamanculo, Xipamanine, entre outros”, disse a terminar.
(Emildo Sambo)

Fonte: Canal de Mocambique

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