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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vereador do Município da Beira detido às ordem da PGR provincial


Beira (Canal de Moçambique) – António Obadias Simango, um dos vereadores do Conselho Municipal da Beira, foi ontem detido por ordem da procuradora provincial da República em Sofala.
Embora careça de confirmação da
PGR, temos informação que Obadias Simango terá sido detido devido a ter tido durante uns dias na sua conta pessoal um valor equivalente a pouco mais de vinte mil meticais (1 USD = 24,00 MT) proveniente de cobranças aos devedores de um empréstimo na ordem dos cento e cinquenta mil meticais contraído por armazenistas junto do Conselho Municipal da Beira e que suscitou já a exoneração de Arnaldo Tivane, director de Feiras e Mercados.
Contaram-nos que os armazenistas assumiram o compromisso de liquidar o empréstimo em prestações mas sempre que lhes era perguntado se já o teriam feito, informavam que sim, mas, no entretanto, depois de concluído o processo burocrático que implicava várias assinaturas autorizadas de pessoas do município que permitisse ao banco informar sobre os movimentos da conta do Município e constar-se que de facto os depósitos teriam sido feitos, a operação acabava por permitir apurar que nada havia dado entrada na conta da edilidade. Tendo isso ocorrido alegadamente mais do que uma vez, o vereador terá combinado com os devedores que passassem a depositar os valores na sua conta pessoal para ele não ter de se sujeitar a tanta burocracia indispensável para que o banco informasse se os depósitos na conta do município teriam sido feitos. Tratando-se de uma conta pessoal o vereador entendera que podia tratar de saber ele próprio junto do seu banco se o dinheiro tinha dado entrada. E confirmando-se, entenderam-se as partes que se levantaria o dinheiro para que cada um depositasse de novo, então na conta do município. Ora se isto funcionou, porque existe a alegação de que "não ficou nada por depositar na conta do município", o facto é que parece que uma importância de cerca de 20 mil meticais chegou a estar cerca de dez dias na conta de Obadias. E isso está agora a levá-lo a passar pelos calabouços.

Consta que o denunciante foi Arnaldo Tivane, que era o director de Feiras e Mercados sob tutela da vereação a cargo de Obadias. A zanga foi devida à ruptura na Renamo quando o presidente Afonso Dhlakama decidiu que o candidato oficial do seu partido seria Manuel Pereira e não mais o eng.º Faviz Mbepo Simango que acabou por avançar como independente. Tivane ficou do outro lado da barricada e agora a vítima é o familiar do edil, o vereador, como acusa a Renamo.

De acordo com uma fonte do «Canal de Moçambique» na Beira, o vereador António Obadias foi detido ontem ao princípio da tarde, na Beira. Ele encontra-se às ordens da Polícia de Investigação Criminal (
PIC). Algumas fontes dizem-nos que a acção admite caução pelo que Obadias "poderá ser libertado amanhã" – hoje, mediante caução.

O facto está a suscitar na Beira grande celeuma pelo facto de haver há cerca de cinco anos um processo na
PGR contra o último presidente do Município eleito pelas listas da Frelimo, Chivavice Muchangage, que envolve ainda um empresário local que é membro do Comité Central da Frelimo, em que o móbil é corrupção activa com aparelhos de comunicação Motorola e viaturas usadas, e tanto quanto se sabe ninguém foi detido, para além do processo estar pura e simplesmente "emperrado". "Dois pesos e duas medidas", comenta-se agora pelas esquinas da cidade. Embora se defenda o funcionamento da Justiça comenta-se que nesta altura eleitoral pretende-se com esta detenção promover desgaste de imagem ao candidato à sua própria sucessão como edil, o eng.º Daviz Simango.(Fernando Veloso)

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