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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pela paz e segurança nacional: Manhenje diz que não pode revelar tudo

O EX-MINISTRO do Interior, Almerino Manhenje, disse ontem em tribunal, em Maputo, que não iria revelar toda a verdade com relação as actividades operativas por si comandadas durante o exercício das suas funções, como titular daquele cargo, para não perigar o clima de paz e segurança que o país vive.
Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias
Manhenje explicou que, pelo interesse da tranquilidade e segurança nacionais, não iria revelar quem são as “pessoas estranhas e alheias ao MINT” que o Ministério Público acusa de terem beneficiado, de forma indevida, de somas avultadas em dinheiro, durante os dez anos em que exerceu o cargo de Ministro do Interior e o de Ministro na Presidência para os Assuntos da Segurança.
“Prefiro ficar prejudicado, mas para o bem do Estado, não vou revelar tudo. Nem para a minha própria sombra, não estou autorizado a falar de determinadas actividades ou despesas que realizávamos. Algumas respostas que for a dar até podem ser benéficas para a minha defesa, mas nefastas para o país. Há coisas que não podem ser do domínio público. Tenho um juramento profissional e tenho que preservá-lo.
 Aqueles que dirigiram este país sabem muito bem que as referidas pessoas estranhas não são, na verdade, o que se diz. A paz e reconciliação neste país tem o seu preço. Se o tribunal duvidar dos gastos feitos em actividades operativas, que solicite aos meus superiores hierárquicos para melhor esclarecimento. É fruto desse trabalho feito que o país goza hoje da estabilidade, porque a nossa missão não falhou” – disse. 
A acusação aponta que foram gastos, por ordem dele, um bilião, 178 milhões, 67 mil e 149 meticais da antiga família, para a compra de celulares que beneficiaram quadros seniores e funcionários, até mesmo pessoas estranhas ao MINT. Nas suas respostas ao tribunal, Manhenje negou que tenham sido despesas ilegais, mas sim de trabalho.
“A segurança nacional não se mede por quilo que não se vê, mas sim por aquilo que não acontece. Se hoje estamos sentados a falar (no tribunal), é porque trabalhamos para isso e nada falhou. As pessoas estranhas de que se refere a acusação são anónimas para muitos, mas determinantes para aquilo que era a nossa missão de garantir a segurança deste país. Foram essas pessoas anónimas que deram de tudo para que a paz até hoje vingasse. Se não tivéssemos contado com eles, teríamos sido condenados ao fracasso. Portanto, o dinheiro gasto foi solicitado às Finanças e foi usado dentro do previsto, tanto mais que o Tribunal Administrativo e a Assembleia da República aprovaram-no ” - afirmou o ex-governante.
Negou ainda ter ordenado pagamento de alguma despesa no MINT, desmentindo, assim, os co-réus Rosário Fidélis e Álvaro Carvalho, que nas suas respostas ao tribunal disseram ter retirado fundos a mando do ex-ministro.
Sublinhou que os oito milhões de meticais de telefone pagos a favor da sua esposa na sua ausência, não foram por si autorizados e tratou de repô-los quando regressou da viagem, tendo, por outro lado, a deslocação da esposa para o estrangeiro sido autorizada pelo Presidente da República, enquanto que a viagem da filha a Portugal, o protocolo do MINT tomou a iniciativa de pagar a passagem, mas que também em devido momento reembolsou o valor. 
Quanto aos pouco mais de 550 milhões de aquisição de produtos alimentares e de limpeza para a sua casa, disse que a referida despesa foi feita dentro da verba de bens e serviços. Segundo ele, os produtos não só destinavam-se a sua casa, mas também as outras onde trabalhava a bem da segurança do país.
  • Hélio Filimone

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