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VOA News: África

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Combate cerrado a orgia política ou "Vandalismo lírico"


Combate cerrado contra a orgia politica nesta 'perola do Indico'protagonizada pelo jovem musico volta a surpreender com as suas recentes líricas. 

Só alguém ligado ao establishiment, ao poder do dia, a vaidade ociosa, ao lambebotismo, ao engodo do bem alheio, a profanação aventureira do estado que se crê democrático vai se incomodar... porque este 'maravilhoso povo' [chamam-no odioso e mau] só lhe apetece coisas dessas que Azagaia nos traz: A boa nova! "Arriii!!!".

E mais, com o azedume das recentes manifestações e as que os combatentes teem na manga a festa fica completa. Olhem o que o Canal de Moçambique escreve quanto ao assunto....
O barrulho vai ser tanto Maputo (Canalmoz) – O jovem rapper moçambicano, Edson da Luz, de seu nome artístico Azagaia, volta a surpreender com a temática das suas músicas. Um crítico confesso do regime no poder em Moçambique, Azagaia já foi alvo de censura dos órgãos públicos de comunicação social e tem sido perseguido, inclusivamente pela Procuradoria Geral da República que já o tentou silenciar intimidando-o com audições judiciais.
Foi indicado à Comissão Nacional de Eleições como cabeça de lista do MDM pela Província de Maputo, com capital na Matola, nas últimas eleições gerais a que o movimento liderado por Daviz Simango viria a ser impedido de concorrer em 9 círculos eleitorais. Desse modo foi afastado de mostrar a sua popularidade também no exercício da cidadania.
No extremo da censura, foi chamado para depor em autos de perguntas e respostas na Procuradoria Geral da República, alegadamente por ter interpretado uma música que incitava à violência. Mas o jovem não parou. Insistiu com o tema, cujo título é “Combatentes da Fortuna”. Hoje trazemos a letra da sua última obra rappe, VADALISMO LÍRICO, ainda fresca e a prometer fazer furor como aliás todas as outras:


Vandalismo lírico

(freestyle deixado no programa Impulso da Rádio Cidade)

Eu tenho a virilidade de Machel a pesar-me nos testículos
General do meu quartel, vou fornicar inimigos (2X)

Gaia!
Tu reconheces o moço
Pelo número de Maçarocas que arrotei no almoço
Perdizes que depenei e esfolei até o osso
E estrangularei esse Galo se não despertar o meu povo
Deram-me botas pra engraxar, mas eu apenas cospi
Disseram-me que não tinha escolha, e foi quando escolhi
Falsos! Agora sabem o que é ser um Mc
Não Roger, a minha alma ainda não a vendi
Cara bonita, mas eu cuspo feio
Nessas caras de latrina, com discurso cheio
De palavras bonitas, mas é de c* o cheiro
Abriram a boca e um milhão de moscas logo veio
Eu dei o…nome aos bois e nem sequer fui pastor como Mondlane
A cabras sabem disso, mas querem que eu mande no rebanho
E p´ra esses Mc´s que pensam em beefar o mano
Será na Casa Mortuária, o vosso próximo banho
Não adianta teres swagger se a tua mente não enxerga
Um palmo à frente do cap Gucci que te cega
Nem tudo que é m**da cheira à m**da, aprenda
…America embrulha bosta em papel de prenda
Tu és gangster? Nah, tu és moço direito
Gangsters mandam parar o vandalismo no gueto
Crianças rebeldes levam com chumbo no peito
E vão contar-te a estória das balas de borracha
Até tu acreditares no crime perfeito
Até acreditarmos no crime perfeito!!!

Auuuu
Azagaia é muito maaau
Até o Bin Laden fica tipo: uaaauu!!!

Disseram que não sou moçambicano porque o meu pai é de Cabo Verde
Eu sou muito africano, dois países, um continente
Queres saber quais são os meus fins,
Então estuda os meus princípios
Eu já não faço rap, bro, eu faço comícios
Cuspo discursos vitalícios
Com efeitos pró-activos
Que vais morrer e deixar pra os filhos dos teus filhos
Amaldiçoou-te a ti e toda tua descendência
Teus tataranetos vão envergonhar-se da tua incompetência
Verbal pra disputares com o Gaia
Cotonete Record got my back on fire
Rage, Izlo, Pitcho, Ivete não pára
Convida os niggas para ajoelharem-se e colocarem-te a tiara
Isto é violência gratuita pa todos que falam barato
Vestido pa matar, subo ao palco fardado
Vais querer ser pé descalço se eu for pedra no teu sapato
E só aceito que me bifes se um dia foste palhaço

Fred Jossias e Manos Azagaia
Os únicos que continuam reis por trás das barras

Mc´s paninas, nem com licença de parto
Terão tempo suficiente pra responder a este recado
Governo do povo não precisa de mandato
Povo no poder, o slogan tá gravado
Eles vieram com engenhocas
Pra acabar com os xiconhocas
Mas meia volta transformaram-se em xiconhocas
Por isso piso essa gente com versos mata-cobras
E deixo-te sem graça com esse rap de anedotas
Se tivéssemos no Japão teu cérebro era um pénis
Huh, pequeno demais, por isso não me entendes
Quando me vês na rua, tu te escondes, tu tremes
Porque sabes que carrego a revolução nos meus genes
Arrrrriiiii!!!!!
(a itálico, na própria letra, todos os calões/palavrões/palavras em Inglês)

(Redacção)

2010-10-14 06:08:00

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