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VOA News: África

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cadávers à venda no HCM


- em conluio com as funerárias
Ernesto Martins assina um artigo (de 10/8) no jornal “Escorpião” de levantar as sobrancelhas narra a ‘estória’ de como as funerárias de Maputo compram cadáveres a funcionários das morgues. Na lead da notícia pode-se ler que “a prática de eutanásia ilegal nos nossos hospitais para alimentar parte das 21 agências existentes está atingir contornos cada vez mais alarmantes sob olhar silencioso e incompetente das instituições de Estado, enquanto que o cidadão que não consegue ir às clínicas privadas da África do Sul receber tratamento, pagando interinamente porque vezes sem conta a maioria dos doentes que entram nos hospitais moçambicanos dificilmente regressam à casa, pois morrem. Um facto testemunhado pelos montões de corpos que diariamente vão para os cemitérios.
Conforme Martins, “o número de mortes triplicou nos últimos anos na Cidade de Maputo, pois diariamente são realizados entre 30 e 40 funerais, sendo média mensal de 1000 pessoas e 12 mil almas que se vão para sempre.” E a juntar a isto, Martins trás ao de cima uma entrevista com Isaías Mulungo, do Núcleo do Fundo Lutuoso de Maputo que denuncia que as autoridades governamentais de Moçambique têm conhecimento do que se passa nos nossos hospitais mas “ignoram tomar medidas ou falar sobre o negócio de cadáveres nas morgues dos hospitais onde as funerárias pagam dinheiro para terem mais cadáveres”. Chega-se a pagar uns 500 Meticais ou mais por mais corpos.
Mulundo denuncia ainda que “o negócio propicia a prática ilegal da eutanásia para alimentar agências funerárias que entram nos hospitais, como familiares de alguns de baixa enquanto vão à procura de doentes em estado grave para encomendar a sua morte.”
Outrossim, assiste-se a um processo de categorização, rotulagem desta prática ilegal. Se há um ano se falava do “carapau grande” ou “carapau pequeno” para distinguir corpos nas morgues, hoje fala-se do “ku hissa makhala” (queimar carvão) para “dar mercadoria às agências funerárias.” Este acto macabro (!!! ) na óptica Martins observa (in-conclusivamente) uma “escala triangular” que envolve médicos, enfermeiros ou serventes (que praticam eutanásia), agente da morgue, o familiar do óbito e as funerárias.

2 comentários:

  1. Dédé, pelos relatos que narras e que de boca cheia se ouvem às portas da Morgue de Maputo, nao da para duvirar não.

    Ja ouvi, inumeras vezes, familiares incredulos perante a morte de alguém que "hora do almoço até pediu sobremesa" e que na visita de 4h depois passou desta para outra, quanto mais os que pareciam estar nas ultimas...

    E essa atitude "impavida e serena" de "quem de direito" simplesmente me enjoam!

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  2. Certamente Ximbitane. Bigada pelo comentario. Tal deve interressar uma clique de gente que nao olha os meios para ter dinheiros ou se enriquecer.
    Todo o cuidado agora e' pouco quando calhas numa das enfermarias do HCM. Que pena que ningue'm "de direito" esteja a dar ouvidos aos clamores populares!!! Ja' ouvi tb de uma pessoa amiga a sugerir que o Estado devia po^r termo a privatizacao das agencias funerarias porque na verdade eles estao metidos no negocio. E quanto mais te^m os corpses, melhor e'. Onde anda a moral, o humanismo e a e'tica? Meu Deus!

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