Fazendo uso da minha prerrogativa de académico inútil para os sérios problemas que o país enfrenta, acho mais interessante reflectir sobre o significado que esta forma de articular o interesse pelo problema da corrupção documenta. Porque é que colocamos o problema quase sempre desta maneira? Ainda podemos mesmo obter uma resposta útil em algum sentido?
Suponhamos que eu dissesse que não há corrupção em Moçambique, e depois? De certeza que recebia acusações de estar a proteger o “status quo” como, aliás, já foi dito. E se eu dissesse que sim, há corrupção? Aí teria de aturar aqueles que dizem que estou a comprometer a imagem do país bem como teria de tentar disfarçar o meu embaraço por ser tão circular na minha argumentação.
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