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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A nação na radiografia da Renamo

Dhlakama chama Guebuza à consciência

O Conselho de Estado desde que foi instituído por imperativo da Constitucional da República que entrou em vigor em 2005 só esteve reunido uma vez apenas para acertos de regulamento interno. Perante a instabilidade que se vive no país, Dhlakama é de opinião que este órgão já se devia ter reunido mais vezes e subscreve a tese de Sérgio Viera, segundo a qual a Frelimo e a Renamo devem assinar um pacto a bem da pátria.

 O líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, chamou, na ultima sexta-feira, a comunicação social, para dar a radiografia que a sua organização fez sobre o estado da nação. De acordo com Afonso Dhlakama, o país está às avessas derivado de uma avalanche de inconstitucionalidades, partidarização da função pública, aumento do crime e da corrupção, dai que tenha feito questão de dizer ser seu dever "manifestar" o seu "repúdio público devido à inércia que assiste por parte do presidente da Republica e do Governo".
O líder da oposição também comentou as cheias do Vale do Zambeze, os rebentamentos do paiol, o desemprego, o crime organizado e a nomeação do juiz Augusto Paulino para o cargo de Procurador-Geral da Republica (PGR) em substituição do Dr. Joaquim Madeira.
Sobre a onda de inconstitucionalidades, o líder da Renamo, disse que "O Presidente da Republica já devia ter feito um pronunciamento à nação", tendo de seguida, a título ilustrativo, citado a Autoridade Nacional da Função Publica (ANFP) para dizer que "está a funcionar ilegalmente".
Para Dhlakama o Conselho Constitucional "deve pronunciar-se para o bem do Estado de Direito", pois, opinou, de contrário "o Tribunal Administrativo terá dificuldades de enquadrar a ANFP na Conta Geral do Estado".
Afonso Dhlakama fez questão de lembrar que o presidente da Republica é o garante da Lei Fundamental e que "cabe a ele respeitar a Constituição" embora ele seja hoje "o primeiro a atropelar a Constituição".

"Há que dignificar a PRM"

Referindo-se aos preocupantes níveis de criminalidade que ultimamente se vêm registando principalmente nas cidades de Maputo e Matola – o também chamado «Grande Maputo» – o líder da Renamo disse que é chegado o momento de se dignificar a Polícia da República de Moçambique (PRM), pois, segundo Dhlakama a Corporação "além de alvo dos criminosos, foi esquecida pelo governo" e "as condições de trabalho da nossa polícia são precárias".

Nomeação do novo PGR

Para Afonso Dhlakama a nomeação do juiz Augusto Paulino para Procurador-geral da República não vai trazer nada de novo. Argumentou que o que poderá acontecer nos tempos mas próximo é Paulino passar a gozar do benefício da dúvida. Mas fez questão de lembrar que o PGR cessante, Dr. Joaquim Madeira, na hora em que pretendia imprimir uma dinâmica mais audaz e célere, foi afastado, admitindo que com o Dr. Augusto Raul Paulino possa vir a suceder o mesmo.
"Quando o Dr Joaquim Madeira disse que não lhe estavam a deixar trabalhar, que recebia chamadas ameaçadoras no seu telefone referia-se a gente colocada na Frelimo", recordou Dhlakama.
Quando lhe foi perguntado se a nomeação de Augusto Paulino iria permitir que se dê seguimento ao processo autónomo, onde a figura de relevo é Nyimpine Chissano, primogénito do antigo chefe de Estado e presidente honorário da Frelimo Joaquim Alberto Chissano, Afonso Dhlakama disse acreditar que Joaquim Madeira estava para levar avante a acusação mas isso deverá ter-lhe custado caro. Sobre o que imagina que possa fazer agora o mais alto magistrado do ministério público recém nomeado o presidente do maior partido de oposição disse: "Vamos ver! O Dr Madeira estava para faze-lo andar".

O País está a arder e o Conselho de Estado não é convocado

O líder da Renamo revelou que o Conselho de Estado, órgão de que ele próprio é membro de pleno direito, apenas se reuniu uma única vez para acertos de "regulamento interno". Na óptica do presidente do maior partido da oposição tal facto não passa de puro surrealismo: "Houve cheias no vale do Zambeze, o paiol ardeu e explodiu duas vezes, o crime está a subir, o desemprego também, e o Conselho de Estado não é convocado".
"É normal isto meus irmãos?" indaga Afonso Dhlakama perante os jornalistas presentes.

Pacto Frelimo-Renamo

O líder da «Perdiz» a certo passo diria ainda que concorda com a proposta do actual director do GPZ, Sérgio Viera, de as duas maiores forças políticas nacionais subscreverem um pacto, não para acertos da agenda eleitoral, mas para salvaguardar interesses nacionais. "Este país não é da Frelimo, não é Renamo, mas sim, de todos os moçambicanos. Penso que este pacto iria ajudar o governo a chegar ao final do seu mandato com alguma dignidade", disse Afonso Dhlakama.

(Luís Nhachote)

Fonte:Canal de Moçambique

 M I R A D O U R O - bloge noticioso-MMVII



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