duma alma enganada pelo tempo perdido
olhando cegamente o horizonte
sob fôlego duma vaga esperança
jamais cumprida senão mesmo insuprida.

Não é, pois, tanta a vontade que resta
dum dúbio protesto contra a impiedade
manifesta sob modesto olhar
envolto dum calvário quase perene,
presságio aos tempo novos que vêm.
Não é, enfim, tanta a vontade que ficou
cunhada ao fundo do nosso íntimo
cujo protesto ecoa contra o mal passado;
ápice uno dos olhos fitos
ao futuro que jamais cessa de chegar
carregado de paz sobre a iniquidade.
M. Matola
Maputo, 02.07.2007
MIRADOURO
Sem comentários:
Enviar um comentário