"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

terça-feira, 30 de abril de 2013

Assembleia da República convoca ONP para esclarecimentos

 Sobre a candidatura fraudulenta de Leopoldo da Costa  

A presidente da ONP criou por despacho uma comissão de inquérito para apurar quem andou a falsificar assinaturas. Custódio Duma, proeminente jurista e presidente da Comissão Nacional dos Direitos Maputo, vai liderar a comissão de inquérito

“Estou ciente que estou a lidar com gente poderosa, mas nunca terei medo de defender a verdade, a justiça e a transparência. Só queremos transparência e justiça” – Beatriz Manjama. 



Maputo (Canalmoz) – A Assembleia da República (AR) enviou na tarde de ontem uma carta à presidência da Organização Nacional dos Professores (ONP) a convocá-la para esclarecimentos em sede da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade, sobre a polémica candidatura do actual presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) que é acusado por professores de ter falsificado assinaturas e propor a sua candidatura à revelia da classe.
Quem revelou o facto foi a própria presidente da ONP, Beatriz Manjama, que falava no princípio da noite de ontem em conferência de Imprensa, naquilo que constituiu a primeira aparição pública da ONP para reiterar o seu distanciamento da candidatura de Leopoldo da Costa e do grupo que falsificou assinaturas que suportaram tal candidatura.
Beatriz Manjama diz estar-se parente a um caso de falsificação de identidade que deve merecer tratamento criminal.

Leopoldo da Costa deve sair da CNE

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) é um órgão de consenso. O mérito dos seus membros reside no facto de pertencerem a um órgão de consenso, exigindo-se também que eles sejam de consenso.

O actual presidente da Comissão Nacional de Eleições, Leopordo da Costa, que pretende continuar no cargo, já deixou de ser elemento de consenso.
Não importa se foi ou não proposto pela Organização Nacional dos Professores (ONP) ou qual seja a organização, que é a polémica do dia. O que importa é que no processo da sua manutenção no cargo há uma rejeição. E havendo rejeição automaticamente o Leopoldo da Costa deixou de ser uma pessoa de consenso. Tendo deixado de ser pessoa de consenso naturalmente que perde o mérito para continuar a liderar um órgão de consenso. O que resta neste momento é a sua renuncia do cargo.

MDM adia anúncio de candidatos aos municípios

O MDM adiou o anúncio dos nomes dos seus candidatos às próximas eleições autárquicas, por alegadas falhas cometidas pelo seu gabinete de preparação das eleições. A Comissão política deste partido, que esteve reunida nos últimos três dias na cidade da Beira, socorreu-se duma suposta falha técnica dos seus membros durante o processo.
De acordo com Sande Carmona, dadas as falhas cometidas, à Comissão política julgou melhor devolver o trabalho feito pela comissão de eleições para o melhoramento técnico daquilo que é a lista dos candidatos de 20 de Novembro próximo.
Instando a pronunciar-se sobre o que é que, efectivamente, falhou no processo, Carmona limitou-se a dizer que são “questões técnicas que devem ser melhoradas com  vista a permitir que a participação dos colegas eleitos decorra sem sobressaltos no seio do partido e nas autarquias donde vem”.
 «Jornal O País»

segunda-feira, 29 de abril de 2013

"Camaradas vendem areas territoriais aos sul-africanos - para que serviu a nossa Independencia afinal?"

Dirigente sul-africano compra ilha no Arquipélago das Quirimbas por 70 milhões de dólares

 Ilha Quilálea que o político sul-africano, Tokyo Sexwale, comprou por 70 milhões de dólares norte-americanos em 2008.















Maputo (Canalmoz) – Tokyo Sexwale, destacado membro do ANC e membro do governo sul-africano, é proprietário da Ilha Quilálea, que integra o Arquipélago das Quirimbas no norte de Moçambique. De acordo com o semanário sul-africano, «Sunday Times», documentos apresentados num tribunal da África do Sul revelam que Sexwale tornou-se proprietário da ilha em 2008, tendo pago na altura cerca de 70 milhões de dólares norte-americanos, o equivalente a 2,135,000,000 meticais ao câmbio actual.
A fonte não refere a forma como o político sul-africano conseguiu contornar a Lei de Terras em vigor na República de Moçambique, ao abrigo da qual a terra é propriedade do Estado não podendo ser alienada. A mesma lei não prevê a emissão do DUAT (Direito de Uso e Aproveitamento de Terra) a título oneroso.
 A Ilha de Quilálea tem uma área de 35 hectares, sendo presentemente explorada para fins turísticos. A diária cobrada na estância turística de Quilálea varia entre os 4,320 e os 94,240 randes, o que na moeda nacional equivale a 14,466.90 e 315,592 meticais, respectivamente.
O facto foi revelado no decurso de um processo de divórcio litigioso instaurado pela esposa de Tokyo Sexwale. Tido como umas pessoas mais ricas na África do Sul pós-apartheid, Tokyo Sexwale é acusado de violência doméstica. Tokyo Sexwale e a esposa, Juddy Sexwale, são casados em regime de comunhão de bens. No processo movido contra o alto dirigente do ANC, Juddy Sexwale exige a partilha de bens do casal, que incluem um avião a jacto, «Learjet», avaliado em 11 milhões de dólares (335,500,000 meticais), uma mansão em Sadhurst, Joanesburgo, no valor de 60 milhões de randes (1,830,000,000 meticais),  e uma propriedade vinícola em Franschhoek, Província do Cabo Ocidental, avaliada em 20 milhões de randes (610,000,000 meticais), para além da Ilha Quilálea e outros avultados bens.

MDM REUNIDO NA BEIRA PARA SELECCIONAR CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior parido da oposição em Moçambique, está reunido na cidade da Beira, província central de Sofala, para estudar a legislação eleitoral e aprovar os nomes dos candidatos às eleições autárquicas agendadas para Novembro próximo.
O presidente do MDM, Daviz Simango, disse que o encontro vai servir também para os quadros do seu partido, durante três dias, fazerem um estudo pormenorizado sobre a legislação para que possam liderar e dominar o esquema eleitoral.
Simango é citado pela TVM como tendo dito que, durante o evento, os quadros do seu partido irão aprovar os nomes dos candidatos para o cargo de presidente das 43 autarquias existentes no país nas próximas eleições.
“Alguns municípios serão deliberados e a Comissão Política poderá apresentar os candidatos”, disse Daviz Simango, vincando que no encontro os quadros deste partido vão analisar documentos e estudar a legislação eleitoral para conquistar maior número de municípios.

Actualmente, o MDM preside duas autarquias, nomeadamente o Município da Beira, a segunda maior cidade de Moçambique, dirigido por Daviz Simango, presidente deste partido, e o Município de Quelimane, a quarta maior cidade.
Este último município foi conquistado pelo MDM nas últimas eleições intercalares.
MAD/SG
AIM – 28.04.2013

domingo, 28 de abril de 2013

Afonso Dhlakama movimenta-se das matas da Gorongosa a cidade da Beira

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, movimentou-se nesta quinta-feira das matas da Gorongosa a cidade da Beira, em Sofala.
É a primeira movimentação do líder desde que fixou residência nas matas da Gorongosa em Setembro do ano passado e a seguir aos recentes ataques em Muxúnguè protagonizados pelos seus homens armados.
Afonso Dhlakama chegou a cidade da Beira a noite, escoltado pelos seus militares. É um aparato militar enorme, que está a criar forte impressão no seio dos citadinos da Beira.
Desde que o público tomou conhecimento da presença do líder da Renamo na cidade da Beira vive-se ambiente de agitação na urbe, incluindo no seio das forças de defesa e segurança. Assiste-se a uma movimentação invulgar da Força de Intervenção rápida na cidade.  
A cada lugar da cidade para onde o líder da Renamo desloca-se acompanhado de seus homens fortemente armados, estão presentes os elementos da FIR, num cenário que mostra que as duas forças estão prontas a confrontar-se, esperando apenas que um comece.
Dhlakama veio a Beira orientar as actividades políticas do seu partido.
O AUTARCA – 26.04.2013

Agenda cultural para o fim-de-semana


Maputo (Canalmoz) – Num final de semana marcado pelo festival zouk que decorre entre sexta-feira e sábado, há mais para a diversão. Confira aqui a agenda cultural para o fim-de-semana.

Sexta-Feira, 26 de Abril

·  Roteiro Turístico. 10h-12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala.Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
·  Festival de Zouk - Concerto.16h. Festival Tropical Zouk 2013. Parque Dos Continuadores
·  Concerto.18h. Luka Mukhavele. Museu Nacional de Arte
·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
·  Concerto. 22h. Noite de Jazz. Bar&Bar
·  Concerto.23h. Banda Wuchen. Gil Vicente

Sábado, 27 de Abril

·  Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala.Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
·  Roteiro Turístico. 15h. Swimming Pools. Hotel Cardozo. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
·  Concerto.18h. A Fúria da Kalashnikov. Gil Vicente 200Mts
·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
·  Concerto21h45. Moticoma. ModasKavalu
·  Concerto. 22h. Música ao Vivo. Bar&Bar
·  Concerto. 22h. Dj Marcel e Jay Jay Biancco –Percussion In Tha House. Dolce Vita
·  Concerto. 22h. Música ao Vivo. Complexo Mulombela
·  Concerto. 22h. Concerto ao Vivo. Jabulani
·  Concerto.23h. Dilon Djindji. Gil Vicente

Domingo, 28 de Abril

·  Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na Periferia de Maputo. Bairro da Mafalala.Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
·  Roteiro Turístico. 9h. Maputo Top Ten. Hotel Rovuma – Café Bula Bula . Jane Flood - Marcações:82 41 90 574
·  Matiné – Dançante.14h. Ilove chill out. Quintal da RM
·  Roteiro Turístico. 15h. Maputo Colonial. Hotel Polana. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
·  Concerto Acústico. 18h. VitAcustico. Dolce Vita
·  Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”.Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
·  Concerto.18h30. Música ao Vivo Núcleo de Arte. 100Mts (Redacção/Iverca)

Luísa Diogo exila-se em Washington ou Londres ou Polokwane

Toma que te dou

- Senhora Luísa Diogo, será verdade que vai abandonar Moçambique?
- Porquê? -
Diz-se, intramuros, nos cafés e nos corredores políticos, nacionais e internacionais, que a senhora está frustrada com a cúpula da Frelimo, em particular com o Presidente Armando Guebuza, que, segundo informações que temos, considera déspota.
- Não faz parte da minha formação usar adjectivos pessoais para classificar alguém, fui educada para respeitar os humanos independentemente da sua classe e porte e, por causa disso mesmo, nunca chamaria o Presidente Guebuza de déspota, jamais disse isso e nunca considerei que o Presidente Guebuza fosse um déspota.
- Mais vai exilar-se ou não?
- Onde? Gosto muito do meu país apesar de muitas injustiças que imperam por aqui. É muita pena, gostaria de dar o meu contributo a nível de outros patamares, mas há pessoas que se incomodam com aqueles que pensam verdadeiramente no povo, no desenvolvimento humano.
- Algumas figuras de peso na economia e política de Moçambique dizem que a senhora já falou em ir viver em Washington, Londres ou em Polokwane...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Governo e Renamo voltam à conversa segunda-feira

Ainda sem consenso quanto ao local do encontro.
O Governo propôs o Ministério da Agricultura para as negociações com a “perdiz”, mas esta recusou o local.
É já esta segunda-feira que retomam as negociações entre o Governo e a Renamo à volta da tensão política que se instalou no país, agudizada pelos recentes confrontos de Muxúnguè.
Até aqui, o Executivo diz que não existe uma agenda concreta para a sessão de negociação, e já agora nem local, e fala apenas de ir ouvir da Renamo, em resposta ao pedido de audiência formulado por este partido.
Acedendo às críticas, o executivo mudou do Indy Village e propôs uma das salas do Ministério da Agricultura, precisamente o local de trabalho do seu chefe negocial.
Renamo não negoceia no ministério da agricultura.
Os deputados da Renamo dizem que o seu partido não se vai reunir com o Governo no Ministério da Agricultura. E vão mais longe: se o Governo não apresentar uma proposta alternativa, não haverá conversa.
A Renamo entende que realizar negociações no “terreno” do adversário interfere no processo e minimiza as questões na mesa. “Eles propuseram o Ministério da Agricultura para minimizar ou desvalorizar as reivindicações da Renamo. A tensão política, a revisão da Lei Eleitoral, não são matérias para serem debatidas no ministério que fomenta o contrabando de madeira”, afirmou a deputada Ivone Soares.
O PAÍS – 26.04.2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Governo intensifica envio de militares para região Centro

  Sob espectro de conflito armado  

Maputo (Canalmoz) - Três autocarros da Companhia de Transportes Goupal Limitada (ETRAGO) deixaram este domingo a cidade de Maputo, transportando exclusivamente efectivos militares das Forçad Armadas da Defesa de Moçambique (FADM) e da Força de Intervenção Rápida (FIR) trajados de fardas militares e policial (ganga cinzento), boinas pretas e vermelhas, em direcção ao Centro do País, apurou o Canalmoz este domingo.
Até ao princípio da noite deste domingo, os três autocarros com 65 (sessenta e cinco lugares cada), tinham cruzado o rio Save e encontravam-se parados no cruzamento de Inchope, que liga as cidades de Chimoio, província de Manica, Beira, província de Sofala e o norte do País, em direcção ao Rio Zambeze, transportando a tropa e equipamento logístico militar.

Fontes militares do Canalmoz, informaram que o destino da expedição militar é o distrito de Gorongosa, onde se encontra o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e tem sido concentrados maior parte de efectivos militares desde os finais do ano passado.
A ETRAGO é uma empresa que tem a gestão de um antigo combatente ligado ao partido Frelimo, estando neste momento a beneficiar de contratos de transportes do pessoal dos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional, mormente forças no activo e mancebos para fora da cidade de Maputo e vice-versa.

Intensificação de treinos militares na KaTembe

Ainda no âmbito do fomento do espectro de guerra, o Governo está a treinar efectivos da FIR em artilharia pesada, no quartel das FADM no Djidjidji, no distrito municipal da KaTembe, a 20 quilómetros doutro lado da baía de Maputo.
Por outro lado, novos equipamentos militares com artilharia e metralhadoras do tipo RPD (que leve correntes de balas), carros de combate acabam de ser comprados pelo Governo, conforme pode ler noutra peça nesta edição.
O executivo moçambicano conta com apoio do Governo comunista chinês que já anunciou a entrega de equipamento militar avaliado em 1(um) milhão de euros.
Há dias, concretamente aquando dos incidentes de Muxungue, altos generais da Polícia moçambicana, numa delegação dirigida pelo vice-comandante-geral da PRM, Basílio Monteiro, visitaram Hanoi, em Vietname segundo foi informado na ocasião o Canalmoz por fontes bem seguras da corporação, para tratar de assuntos militares. (Bernardo Alvaro)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Verónica Macamo protege José Pacheco das perguntas dos deputados

 Evitando debate do tráfico de madeira no Parlamento  

Maputo (Canalmoz) – O Governo foi esta quinta-feira à Assembleia da República para responder às perguntas formuladas pelas bancadas parlamentares. A sessão ficou marcada por um episódio caricato que teve como figura de cartaz a presidente do Parlamento, Verónica Macamo, ao evitar que o ministro da Agricultura fosse questionado pelos deputados da oposição, relativamente o seu envolvimento no caso de tráfico de contrabando para China.
Da lista das perguntas formuladas ao Governo, pela bancada parlamentar da Renamo, constava o pedido directo de explicações ao ministro da Agricultura sobre o seu envolvimento no tráfico de madeira. 
Lembre-se que nos princípios deste ano a agência britânica do meio ambiente (EIA) publicou um relatório que concluía o envolvimento de figuras de proa na área da Agricultura na facilitação de contrabando de madeira a favor de empresas chinesas e em
lógico prejuízo do Estado.
José Pacheco, actual ministro da Agricultura, e Tomás Mandlate, ex-ministro do mesmo pelouro, são citados pelos chineses entrevistados pela EIA como sendo “irmãos” dos contrabandistas: uma relação de proximidade criada muito pelo apadrinhamento que estas figuras alegadamente fazem aos chineses na facilitação de contrabando de madeira. Um dos chineses chega mesmo a dizer no relatório que quando Pacheco quer dinheiro vai nele buscar!
Os deputados da Renamo quiseram saber da versão do ministro perante tão graves acusações. Como no Parlamento moçambicano não se debate com os ministros, José Pacheco foi ao pódio ler sobre os “sucessos” da política agrária e em nenhum momento falou do seu envolvimento na exportação ilegal de madeira nacional para a China. José Pacheco apenas mostrou fotos de plantações de alfaces e couves para sustentar o sucesso da “produção e produtividade”. Do tráfico de madeira em que, segundo a EIA, ele é o verdadeiro padrinho, nada disse. 

Verónica Macamo entra em acção 

Renamo diz que encontros com Governo para diluir tensão sem resultados concretos

A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, disse hoje que os encontros com o Governo para o desanuviamento da tensão no país não produziram "resultados concretos", acusando o executivo de apostar numa opção que levará ao "suicídio militar".

A Renamo (Resistência Nacional de Moçambique) e os ministérios da Defesa e do Interior mantiveram na semana passada encontros, visando impedir que o país deslizasse para um conflito generalizado, após confrontos entre antigos guerrilheiros da Renamo e a polícia e outras situações de violência, no centro do país, terem provocado oito mortos e vários feridos e detidos.
Em conferência de imprensa realizada na sede do partido em Maputo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, afirmou que os encontros com o Governo não produziram resultados concretos.
"Não houve nada de concreto, porque o diferendo é político, mas o Governo quer torná-lo militar e as exigências do presidente da Renamo (Afonso Dhlakama) para que fosse retirada a força que o cerca em Gorongosa não foram respeitadas", afirmou Fernando Mazanga.

Polícia e município abortam manifestação do MDM em Maputo

Em Inhambane membros do MDM marcharam contra a vontade da edilidade 
Maputo – A Polícia da República de Moçambique (PRM) interditou nesta quinta-feira a realização da marcha que tinha sido programada pelo partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM), em repúdio contra a actuação da corporação nas eleições intercalares da cidade de Inhambane, a 18 de Abril de 2012, bem como em homenagem aos jovens do partido detidos na circunstância. 
O comunicado do MDM às autoridades municipais de Maputo teria sido submetido no passado dia 12 de Abril corrente. O Conselho Municipal e a PRM mantiveram-se no silêncio até que na manhã de ontem quando os membros daquele partido tinham iniciado a concentração no local da partida da marcha, junto à estátua de Eduardo Mondlane, no bairro do Alto-Maé, apareceu um forte dispositivo de policiais a dizer que tinham “ordens superiores para não deixar a marcha do MDM sair à rua”.
O Movimento Democrático de Moçambique havia marcado para o dia 18 de Abril uma manifestação popular que consistiria numa marcha pelas avenidas da cidade de Maputo e uma comissão faria a entrega de uma carta de repúdio ao Ministério do Interior devido ao recurso abusivo da força policial para reprimir a oposição.
Para o efeito, no dia 12 deste Abril o MDM mandou informar ao presidente do Conselho Municipal de Maputo sobre a sua intenção e pediu a protecção da Polícia, segundo recomendam as leis. 
Quando a concentração de militantes do MDM ia crescendo e chegada a hora do início da marcha, sem que tivesse aparecido qualquer elemento da Polícia para a protecção solicitada, a chefia do partido do MDM indigitou um membro seu para se deslocar ao Conselho Municipal para perceber o que estava a acontecer. 
Chegado lá, o enviado do MDM foi entregue uma carta, elaborada naquele preciso momento, com o seguinte despacho: “O substituto do Presidente do Conselho Municipal de Maputo indefere o pedido, em virtude da data e horário propostos coincidirem no meio da semana, período em que se regista tráfego intenso nas vias indicadas, podendo, no entanto, reprogramar para um fim-de-semana” – fim da citação. 
Depois apareceu um oficial superior do Comando da PRM a nível da Cidade de Maputo que disse ser o chefe da ordem que mandou os efectivos policiais fazer um cerco aos militantes do MDM que, no entanto, cantavam e dançavam enquanto aguardavam pela resolução da situação. Gerou-se uma grande confusão e a Polícia barrava a passagem e com armas em riste.
A presidente da Liga dos Direitos Humanos, Dra. Alice Mabota, que ontem em Maputo esteve presente não conseguiu demover a Polícia em relação às ordens recebidas para reprimir o MDM caso avançasse. Inconformado com a ilegalidade, os homens do MDM foram conduzidos, pela Polícia, à sua delegação. 

EM Inhambane houve manifestação



Na cidade de Inhamabe, apesar do município local ter recusado a reconhecer a marcha dos membros do MDM, estes prosseguiram com a marcha, conforme ilustram as imagens. (Bernardo Álvaro)

FIR deteve e soltou SG e deputado da Renamo

  Em Gorongosa  


Maputo (Canalmoz) - A Força de Intervenção Rápida (FIR) deteve na manhã desta quinta-feira na vila de Gorongosa, província de Sofala, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, e o deputado e homem de confiança de Afonso Dhlakama, Armindo Milaco, ambos acusados de incitação à violência devido aos discursos belicistas proferidos nos últimos dias.
Restituídos à liberdade
Entretanto, os dois membros da Renamo que são ambos deputados, foram restituídos à liberdade ao fim de três horas, encontrando-se agora em Vunduzi..
Segundo apurou o Canalmoz do chefe de Departamento de Administração Interna e Poder Local, Jeremias Pondeca, para além de terem sido detidos, os dois quadros superiores da Renamo foram espancados pela FIR. Pondeca não avançara as circunstâncias em que Manuel Bissopo e João Armindo Milaco foram detidos.
Sabe-se, porém, que o secretário-geral da Renamo tinha sido intimado pela Procuradoria-Geral da República, por alegadamente ter incitado os populares à violência durante a sua digressão pelas províncias do norte e centro do País, dias antes dos incidentes de Gôndola, província de Manica, e Muxúnguè, na província de Sofala.

Bissopo fala ao Canalmoz

Em contacto telefónico com o Canalmoz, Manuel Bissopo disse que ficaram detidos no Comando Distrital da PRM em Gorongosa por 3 horas.
De acordo com o secretário-geral da Renamo, a prisão ocorreu num dos postos de controlo da FIR, depois deles terem chegado ao local idos da base militar, e a Polícia não abriu a cancela limitando-se a vasculhar a viatura em que seguiam.

I M P R E N S A

A bancada da Renamo tinha razão!

Por: Matias Guente

Maputo (Canalmoz) – Ao recusar-se a fazer parte de qualquer processo que visasse a organização dos próximos pleitos eleitorais, a Renamo não poderia ser mais inteligente e coerente! O vilipêndio a que a Renamo foi vítima após ter tomado tão lúcida decisão é, digamos, uma espécie de manifestação inequívoca de que o embuste eleitoral que a Frelimo desenhou foi quase que perfeito e pegou os tais vilipendiadores em estado avançado de cegueira política. A Renamo descobriu, por força da experiência, que com a Frelimo tudo é às “trafulhices”. Ora vejamos: A nível das Comissões Provinciais de Eleições, a Frelimo, tal como noticiámos neste jornal, abocanhou tudo e montou seus lacaios todos disfarçados em sociedade civil, e que por razão da norma acabaram eleitos presidentes destas mesmas Comissões Provinciais.
Está garantido para a Frelimo a manipulação dos resultados nas províncias, porque estarão os ilustríssimos Presidentes das Comissões Provinciais travestidos de sociedade civil de punhais afiados e desembainhados para assassinar a vontade popular. Se a Frelimo não tem intenções de viciar resultados como é que se explica que tendo o direito de indicar seus representantes por via legal das Assembleias, queira ainda montar outros representantes travestidos de sociedade civil? Só a má-fé é que pode conduzir a tal feito! Um roteiro que o mais nojento esgoto da trafulhice pode confeccionar!
A nível Central, a jogatana é a mesma! Como a presidência da Comissão Nacional de Eleições deve estar, por força da Lei, nas mãos de um membro da sociedade civil, a Frelimo tratou de colocar suas Associações e Organizações em prontidão Combativa rigorosamente preparada para a burla. Entidades como a Organização Nacional de Professores foram mobilizadas para trazer seus “Leopoldos da Costa” e quejando! Todos de militância comprovada e travestidos de sociedade civil.
Mas, o mais interessante é como a Frelimo montou a sua máquina que será responsável por levar os “Leopoldos” e companhia à presidência da CNE. Segundo informações que colhi junto do presidente da Comissão ad-hoc mandatada para fazer a selecção dos membros da sociedade civil, o deputado (da Frelimo) Moreira Vasco, a comissão vai fazer triagem de todos os candidatos e escolher entre 12 e 16 candidatos. Destes 12 ou 16 é que sairão os três membros da CNE provenientes da sociedade civil e que irão juntar-se aos cinco da Frelimo, um do Movimento Democrático de Moçambique e dois magistrados, ora já indicados para a CNE. 
Mas antes disso, no dia 25 de Abril a comissão ad-hoc irá apresentar à presidente da Assembleia da República a lista dos 12 ou 16. A presidente, por sua vez, irá reunir a Comissão Permanente para se marcar uma data para em sessão plenária eleger-se dos 12 ou 16, os três futuros vogais da CNE, sendo que um deles será o presidente do órgão. Até aqui tudo bem!
Mas o problema está no método de eleição dessas três individualidades. Todos serão eleitos em sessão plenária por via do voto secreto. A Frelimo tem 191 deputados, o MDM tem oito, e a Renamo, que tem 51 deputados, sabiamente, desistiu do processo. Ou seja, sob todas as hipóteses, só membros da sociedade civil que a Frelimo quiser é que farão parte da Comissão Nacional de Eleições. Em outras palavras, os “Leopoldos da Costa” e companhia é que vão assaltar o órgão. O MDM só tem oito deputados e com voto vencido sob todas as hipóteses. A Frelimo, mais uma vez, jogou à mestre e depois de tomar as Comissões Provinciais vai tomar a Comissão Nacional. É caso para dizer que a Renamo conhece e bem o partido Frelimo! Mas mais do que isso, é preciso exigir que se mude esse método que claramente favorece o partido Frelimo. Esse método não pode ser aplicado sob o risco de estarmos a construir, com as nossas próprias mãos, e pedra a pedra, o monumento em que irá repousar a fraude eleitoral. Se quisermos credibilizar processos tão sérios como as eleições, é da mais elementar responsabilidade que se mudem os critérios!  

Nenhuma democracia pode sobreviver com essas jogadas que roçam ao insulto ao nosso intelecto. A Renamo tem razões de sobra para não fazer parte dessa fraude democrática. A decisão da Renamo de desistir do processo, exigindo transparência, deve ser entendida como um gesto nobre ao serviço do patriotismo, da responsabilidade política e, em última análise, da própria democracia. Fazer parte dessa jogada que a Frelimo montou é ser cúmplice da marcha contra a democracia. É entregar o punhal para que a democracia seja esfolada no altar da sacanice. E quem se mete nestas coisas não deve depois vir reclamar que a Frelimo cometeu fraude. O discurso mais recomendável nessa altura, e se ainda provavelmente houver fôlego, seria: ajudamos a Frelimo a enganar-nos! Tal como diria o Prof. Kwesi Kwa Prah, é muito perigoso reduzir a democracia ao acto de colocar o voto numa urna. A democracia é um estado de coisas e inclui a forma como falamos, como olhamos para as pessoas à nossa volta e, sobretudo, como organizamos os processos! Quer parecer-me que a Renamo dever ter sido o primeiro partido a perceber isso e nada mais acertado que afastar-se de processos mafiosos para a saúde do bom senso!(Matias Guente)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Município de Inhambane aborta marcha de homenagem a “presos políticos” do MDM

 Que estava prevista para hoje  

Entretanto a  marcha vai acontecer em Maputo
 
 Maputo (Canalmoz) - O Conselho Municipal da Cidade de Inhambane inviabilizou uma manifestação pacífica do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que estava prevista para hoje, quinta-feira, dia 18 de Abril corrente, em homenagem aos jovens “presos políticos” do MDM em Inhambane.
Segundo apurou o Canalmoz, a delegação do MDM na província de Inhambane, através da sua Liga da Juventude, informou no dia 12 deste mês de Abril ao presidente do município daquela urbe, Benedito Guimino, e às autoridades policiais que havia agendado uma ronda pelas artérias da autarquia, no dia 18 de Abril, por ocasião da passagem de um ano após a prisão dos jovens membros daquele partido, na sequência da eleições intercalares ali realizadas devido no dia 18 de Abril do ano passado, para substituir o finado edil Lourenço da Silva Macul.
Na carta dirigida ao edil da cidade de Inhambane, com a referência n.º 005/MDM/DPPI/LJP/GP/013, o MDM dizia que  a marcha devia sair da Delegação Provincial do MDM passando pela rotunda, Barclays, Conselho Municipal, Mercado Central, Escola de Condução Luz Verde, Mercado Gilo, Rua Branca, 1.º de Maio, Fonte Azul, Centro dos Mutilados, Pista, Desportivo, Ponte, para finalmente retornar à delegação, no bairro Balane 3.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Governo de Guebuza em armas reconhece que perdeu a legitimidade

Imagine-se uma das últimas terças-feiras. Seis horas da manhã. Três viaturas blindadas atravessam a cidade de Maputo, da zona alta para a baixa, em direcção ao gabinete de primeiro-ministro, na Avenida 10 de Novembro. Não é simples missão de patrulha policial. Não faria sentido viaturas bélicas percorrerem artérias de uma cidade em period de paz se o Governo que se vai reunir em mais uma sessão do Conselho de Ministros não estivesse com medo do povo. Só um governo com medo do Povo. mobiliza arsenais de guerrapara garantir a sua protecção. E numademocracia que o seja de facto um governo com medo do povo é um governo que reconhece a sua ilegitimidade.A 1200 quilómetros de Maputo, na segunda mais importante cidade do País, Beira, agentes da Força de Protecção de Altas Individualidades (FPAI) empunham armas de Guerra e granadas às portas de mansões--residências dos membros do Governo provincial de Sofala, nomeadamente directoresprovinciais.
O segurança reforçada por todos os lados mostra que o Governo está realmente apavorado com o que o Povo possa fazer. É assim um pouco por todo o país. Armas de guerra garantem neste momento a “estabilidade” e “segurança” dos governantes.Quando um grupo de cidadãos se junta em qualquer esquina para noexercício do seu direito constitucional se reunir, nem que sejam inofensivosestudantes universitários, fortes batelões da sarcástica Força de IntervençãoRápida (FIR) são enviados para o local para reprimir o Povo.São armas e polícia que neste momento governam. E se ninguém acalmaros ânimos um dia destes poderemos acordar com o País a arder. 

O gancho de Dhlakama

Contra as convicções e vaticínios de quase tudo e todos, Afonso Dhlakama renasceu para a política esta semana, nas faldas verdejantes da Gorongoza, depois de não ter conseguido o mesmo no seu auto-exílio de Nampula.
Mas para tal tiverem que morrer nove moçambicanos.
Depois de Muxúnguè, o local fatídico no escalar de tensão entre a Renamo e o governo, Dhlakama aparece na liderança da agenda política, subalternizando o executivo e o seu chefe, e com um notável apoio de opinião pública, que não
quer abrir mão do capital de esperança que foram os 20 anos de paz alcançados.
O que o governo e os seus apoiantes ouviram no rescaldo de Muxúnguè, não foi a condenação da Renamo, mas um apelo veemente à paz e ao fim da violência.
Em cima da mesa, estão de novos os pontos cruciais da Renamo: as eleições, a marginalização dos seus membros nas forças de defesa e segurança, a partidarização do Aparelho de Estado.
Dhlakama sabe que não está a exigir o impossível. Instâncias várias, incluindo o Conselho Constitucional, confirmaram fraudes e ilícitos eleitorais ao longo dos vários pleitos nacionais. À excepção do célere julgamento dos membros do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), todos os outros casos permanecem no âmbito da habitual apatia do judiciário, o que nos leva a partir para outro estágio de questionamentos, que têm a haver com a sua parcialidade e um punhal nas costas da nossa imberbe democracia.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

POLÍCIA DIZ QUE NÃO VAI ABANDONAR SUAS POSIÇÕES EM SATUNJIRA

 Polícia da República de Moçambique (PRM), na voz do seu comandante provincial em Sofala, Joaquim Nido, diz que a corporação que dirige não vai abandonar as suas posições em Satunjira, na serra da Gorongosa e em Muxúnguè, porque a sua presença naquelas regiões visa garantir a ordem e segurança públicas.
Joaquim Nido é citado pelo jornal “O Pais” como tendo dito que cabe à polícia garantir a ordem e segurança de quem quer que seja, em todo o território nacional, por essa razão, não há espaço para a corporação abandonar as suas actuais posições.
Refira-se que Afonso Dhlakama, apesar de ter dito, em conferência de imprensa que “nunca mais haveria guerra em Moçambique”, deu um prazo de 48 horas para que sejam retirados os agentes da FIR estacionados em Satunjira, avançando que caso esta ordem não fosse respeitada, haveria de os mandar atacar.
Na mesma conferência de imprensa, o líder da Renamo confirmou ter sido ele quem deu ordens para os seus homens armados para atacarem o posto polícia de Muxúnguè a 4 de Abril corrente, que resultou na morte de quatro agentes e ferimento de 13 outros.

Governo de Guebuza em armas reconhece que perdeu a legitimidade

Editorial

Maputo (Canalmoz) – Imagine-se uma das últimas terças-feiras. Seis horas da manhã. Três viaturas blindadas atravessam a cidade de Maputo, da zona alta para a baixa, em direcção ao gabinete de primeiro-ministro, na Avenida 10 de Novembro. Não é simples missão de patrulha policial. Não faria sentido viaturas bélicas percorrerem artérias de uma cidade em período de paz se o Governo que se vai reunir em mais uma sessão do Conselho de Ministros não estivesse com medo do povo. Só um governo com medo do Povo mobiliza arsenais de guerra para garantir a sua protecção. E numa democracia que o seja de facto um governo com medo do povo é um governo que reconhece a sua ilegitimidade.
A 1200 quilómetros de Maputo, na segunda mais importante cidade do País, Beira, agentes da Força de Protecção de Altas Individualidades (FPAI) empunham armas de guerra e granadas às portas de mansões-residências dos membros do Governo provincial de Sofala, nomeadamente directores provinciais. 
O segurança reforçada por todos os lados mostra que o Governo está realmente apavorado com o que o Povo possa fazer.
É assim um pouco por todo o país. Armas de guerra garantem neste momento a “estabilidade” e “segurança” dos governantes.
Quando um grupo de cidadãos se junta em qualquer esquina para no exercício do seu direito constitucional se reunir, nem que sejam inofensivos estudantes universitários, fortes batelões da sarcástica Força de Intervenção Rápida (FIR) são enviados para o local para reprimir o Povo.
São armas e polícia que neste momento governam. E se ninguém acalmar os ânimos um dia destes poderemos acordar com o País a arder.
É preciso semear Paz para colher Paz.

Funcionários mestrados falam em “marginalização e frustração profissional”

Mais um grupo frustrado com o Governo  

Maputo (Canalmoz) – Mais uma classe social descontente com o Governo de Armando Guebuza acaba de se revelar. Depois dos médicos, desmobilizados de guerra, desmobilizados do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), enfermeiros, agora são os funcionários públicos com nível de mestrado que se revelam “frustrados” com o regime. Exigem uma tabela salarial destinada a pagar a este grupo com formação superior e dizem que a espera já vai longa…
“Nós, identificados como mestres na função pública, viemos por este meio manifestar e pedir uma urgente intervenção de V. Excias e do Concelho de Ministros sobre o actual cenário de marginalização a que a classe de profissionais formados com o título de mestres afectos à função pública está sujeita”, lê-se na carta assinada por J. Alito Mausse, endereçada ao primeiro-ministro, à ministra da Função Pública, à ministra do Trabalho e à Organização dos Trabalhadores Moçambicanos- Central Sindical (OTM-CS).
“Excelências, passam longos anos de lamentações e lamúrias individuais e colectivas sobre a situação que a classe dos mestres na função pública vive em Moçambique. Lamentavelmente, sentimos a cada dia a “ausência absoluta” das nossas entidades públicas, como o Ministério do Trabalho e o mais recente criado Ministério da Função Pública, engajados em defender os mais elementares interesses da massa laboral, apesar do pleno conhecimento desta e de outras inquietações visíveis ao “olho nu”. Lembrando que as reclamações sobre esta particular situação vêm sendo colocadas há quase uma década às entidades de direito, quer individualmente ou de forma colectiva pelas pessoas movidas pelo sentimento de injustiça laboral crónica”, lê-se na missiva exarada no dia 28 de Março de 2013 cuja cópia está na posse do Canalmoz.
Os mestres na função pública exigem que a sua situação salarial no aparelho do Estado seja revista ainda este ano, ou seja, este mês de Abril que como se sabe o Governo irá aprovar as novas tabelas salariais.
“Estando próximos da aprovação dos novos salários mínimos nacionais, aproveitamos este meio para pedir a intervenção de V. Excias e exortar a quem de direito que na mesma ocasião seja cautelada a pertinente inclusão da tabela salarial dos mestres na função pública (incluindo educação e saúde) ou a aprovação da proposta salarial para esta classe profissional no país”, lê-se na carta.

 Ameaça de greve

“Não é nossa vontade que precisemos de terças-feiras dos desmobilizados para fazermos chegar o nosso clamor de tomada urgente de medidas justas para esta classe profissional; não é nossa vontade a mobilização de uma greve colectiva ou parcial para que tenhamos um salário que em nossa opinião é de direito ou já devia ser de direito.

Quadros da Renamo e Governo discutem hoje a crise político-militar

  Depois de serem adiados ontem  

Maputo (Canalmoz) - O deputado Saimone Macuiana, presidente do conselho jurisdicional do partido Renamo, vai liderar o grupo de “contactos ou choque” deste partido que integra Jeremias Pondeca, Augusto Mateus e Elisa Silvestre, nos encontros solicitados no âmbito da crise político-militar com os quadros dos ministérios da Defesa e do Interior.
O primeiro encontro com os quadros do Ministério da Defesa estava marcado para esta quinta-feira na sede daquele ministério, mas à última hora ficou adiado por “questões de agenda” a pedido da Renamo, segundo apurou o Canalmoz de fontes daquele partido.
O segundo encontro estava previsto para esta sexta-feira, nas instalações da Messe da Polícia da República de Moçambique (PRM), com quadros do Ministério do Interior.
Na sequência, todos os encontros serão realizados esta sexta-feira, sendo de manhã com o Ministério da Defesa Nacional e no período da tarde com o Ministério do Interior.
Jeremias Pondeca, um dos integrantes da comissão da Renamo, disse ao Canalmoz que o adiamento foi a pedido do seu partido, “dado que o Governo respondeu o nosso pedido no meio da semana, quando tínhamos já outros encontros marcados”.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dhlakama diz que já foi contactado por Guebuza

- ...E assegura que não haverá guerra no país, mas qualquer ato provocatório será respondido à medida
- Reinício das negociações fica condicionado a resposta positiva de algumas questões pontuais como a libertação dos 15 elementos da Renamo detidos no quartel da polícia em Muxúnguè, assim como a libertação das sedes da Renamo ocupadas pela FIR
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, convocou na tarde de ontem a imprensa para dar a sua versão em torno dos últimos acontecimentos de Muxúnguè, distrito de Chibabava, província de Sofala, onde inicialmente elementos da FIR invadiram e expulsaram membros da Renamo que estavam concentrados na sua sede naquele posto administrativo. É Naita Ussene esta situação que gerou uma pronta resposta dos elementos da Renamo. Dias depois, autocarros de transporte de passageiros e camiões de transporte de carga foram emboscados na Estrada Nacional Número Um (EN1). No total 8 pessoas perderam a vida.
Afonso Dhlakama assegurou que, de facto, foi ele que mandou os homens reagir ao ataque ao quartel da FIR em Muxúnguè, isto em retaliação ao ataque e detenção que os seus homens foram vítimas um dia antes.
Entretanto,negou redondamente qualquer ligação com os homens que atacaram as viaturas de transporte de passageiros e carga.
Em relação ao que pode vir a acontecer nos próximos tempos tendo em conta a tensa situação que se assiste em Muxúnguè e a agitação que se verifica um pouco por todo o país, Afonso Dhlakama deu a conhecer uma boa nova:que já foicontactado pelo Presidente da República por via de uma equipa de mediação, constituída por académicos moçambicanos.Segundo ele, a referida missão de mediação contactou a sede da Renamo em Maputo, através da entrega de um documento escrito, segundo Dhlakama, pelo Presidente da República. Isto aconteceu esta segunda-feira.
Na carta, explicou Dhlakama, o Presidente da República pede ao líder da Renamo para que ordene os seus homens a não avançar em confrontação militar, ao mesmo tempo que pede o reinício das negociações com a Renamo em torno das preocupações que vem sendo colocadas por este partido há já algum tempo.
Dhlakama diz ter respondido a carta colocando pré condições para que efectivamente se reinicie o processo negocial com o governo moçambicano. Uma das condições que diz ter imposto tem a ver com a necessidade de os agentes da FIR posicionados nas sedes do partido em vários pontos do país abandonarem imediatamente os locais e libertarem as sedes da Renamo para o reinício das actividades político partidárias.
Não foi claro sobre quando concretamente enviou a carta para o Presidente da República mas assegurou que a carta a si dirigida chegou-lhe as mãos esta segunda-feira.
Em relação a resposta do PR, diz Dhlakama, ter recebido indicações positivas. Mas como conhece o Chefe de Estado moçambicano, diz que só vai avançar em qualquer sentido depois de ver acções concretas a serem desenvolvidas por Guebuza no âmbito das suas exigências.(José Chirinza)
MEDIA FAX  - 11.04.2013

Hoje: Renamo vai ser recebida pelo Governo

 
Quadros seniores dos Ministérios da Defesa Nacional e do Interior recebem, em audiências separadas, hoje e amanhã, respectivamente, uma delegação da Renamo que solicitou encontros de cortesia com estas duas instituições para discutir a situação tensa que se vive no centro do país devido aos incidentes de Muxúnguè.
O primeiro encontro tem lugar hoje nas instalações do MDN, quando oficiais seniores receberem um grupo indicado pela Renamo, chefiado pelo presidente do Conselho Jurisdicional do Partido Renamo, Saimone Macuiana (na imagem). Já amanhã, nas instalações da messe da PRM, quadros do Ministério do Interior, recebem o mesmo grupo.
Recorde-se que Afonso Dhlakama disse ontem, numa antiga base da Renamo na Gorongosa, que estão a ocorrer contactos com o Presidente Armando Guebuza, intermediados por um académico moçambicano, na sequência dos ataques da semana passada, que provocaram pelo menos oito mortos.
Nas negociações que estão a decorrer com o Governo, o líder da Renamo revelou que exigiu a retirada dos efectivos policiais que, disse, o estão a cercar na serra da Gorongosa e a libertação de 15 militantes da Renamo detidos na última semana em Muxunguè.
Dhlakama disse ainda que haveria abertura da Frelimo para uma alteração à lei eleitoral, que a Renamo contesta.
"As coisas estão a andar", disse.

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